Pronunciamento de José Nery em 21/12/2010
Fala da Presidência durante a 216ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Solicita à segurança da Casa que receba os estudantes que se manifestam contra o reajuste do salário dos parlamentares.
- Autor
- José Nery (PSOL - Partido Socialismo e Liberdade/PA)
- Nome completo: José Nery Azevedo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Fala da Presidência
- Resumo por assunto
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MANIFESTAÇÃO COLETIVA.:
- Solicita à segurança da Casa que receba os estudantes que se manifestam contra o reajuste do salário dos parlamentares.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/12/2010 - Página 60216
- Assunto
- Outros > MANIFESTAÇÃO COLETIVA.
- Indexação
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- INFORMAÇÃO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, ESTUDANTE, ENTRADA, CONGRESSO NACIONAL, PROTESTO, REAJUSTE, SALARIO, CONGRESSISTA, SOLICITAÇÃO, ATENÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, SENADO, AUSENCIA, VIOLENCIA, RESPEITO, DEMOCRACIA.
O SR. PRESIDENTE (José Nery. PSOL - PA) - Entendemos o gesto, o grito, a exigência de Dom Edmilson da Cruz. Em sua fala, S. Exª Revma também diz que, em um gesto, veio aqui, compareceu, mas recusará a comenda. E também exige que o Congresso Nacional reavalie a decisão que tomou em relação ao salário de seus parlamentares.
Neste momento, Senador Inácio Arruda, tomei conhecimento, Senador Cristovam Buarque, de que um grupo expressivo de estudantes se dirigiu à entrada do Congresso Nacional, na mesma linha do que faz Dom Edmilson da Cruz. Há essa intercomunicação que a gente às vezes não vê, mas que acontece. Neste momento acontece um protesto de estudantes de Brasília, de algumas organizações estudantis, contra o reajuste do salário dos parlamentares para o próximo período.
Fui informado de que há uma espécie de confronto e conflito. Quero, na condição de Presidente desta sessão, Senador Inácio Arruda, Senador Cristovam Buarque, exortar a segurança da Casa a procurar tratar bem os estudantes, que estão aqui usando o livre direito de protestar, para que nenhuma violência seja cometida. Afinal de contas, a democracia, pela qual lutamos - e muitos a defenderam com a própria vida -, não permite que sejamos intolerantes com aqueles que se manifestam. Pelo contrário, o direito à livre manifestação está assegurado na Constituição brasileira. O problema é que alguns só acham que ela deve ser respeitada quanto aos seus próprios interesses.
Neste sentido, quero dizer à segurança da Casa, nesta condição de quem dirige esta sessão que trata de direitos humanos, que trate de recebê-los. Se os estudantes querem conversar com os membros da Direção da Casa, que eles tenham o direito de dialogar, conversar e expressar livremente o seu pensamento. (Palmas.)
Quero convidar, como último orador desta sessão, também representando os agraciados, o Dr. Antônio Roberto de Figueiredo Cardoso, para que use da palavra, se desejar, da tribuna do Senado Federal.