O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu sei que o Senador Botelho está com pressa e eu pedi a ele ali que me desse um minuto para fazer aqui uma manifestação que eu não pude fazer na hora certa.

            Quando o Senador Mão Santa estava falando, eu não estava presente, estava numa reunião no almoço, que durou um pouco mais.

            Mas eu queria deixar aqui registrada, fora do discurso dele, como se fosse um aparte, essa minha fala “pela ordem” para dizer do meu respeito, do meu carinho, da minha admiração pelo tempo em que fiquei aqui com Mão Santa e da falta que eu pessoalmente vou sentir dele quando ele não estiver aqui, porque está de volta ao Piauí.

            O Senador Mão Santa conseguiu algo notável: transformar-se em uma figura nacional falando do Piauí, defendendo o seu Estado. E a constância dele aqui, a permanência dele aqui, os assuntos de que ele falava, sempre se referindo ao Piauí, a sua inclusive erudição ao citar história, filosofia, grandes autores, vai fazer uma grande falta para nós.

            O Mão Santa era um dos Senadores mais simpáticos na opinião pública nacional, e eu considero uma pena que não vamos mais tê-lo aqui no próximo ano.

            Ficam aqui meus parabéns para ele pelo mandato desempenhado, pelo direito de entrar no Guinness, pelos recordes que ele cumpriu aqui, não apenas no número de discursos, mas também no número de palavras que ele falou, porque, além de fazer muitos discursos, seus discursos eram sempre muito cheios, e portanto ele merece o nosso respeito como um Senador recordista.

            Fica aqui registrada minha opinião sobre o Senador Mão Santa, pelo respeito no presente e pela falta no futuro.