Discurso durante a 21ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com o alto índice de crescimento do País, creditado por S.Exa. ao acerto do Governo Federal em adotar uma gestão macroeconômica voltada para a distribuição de renda.

Autor
Gleisi Hoffmann (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
Nome completo: Gleisi Helena Hoffmann
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Satisfação com o alto índice de crescimento do País, creditado por S.Exa. ao acerto do Governo Federal em adotar uma gestão macroeconômica voltada para a distribuição de renda.
Publicação
Publicação no DSF de 04/03/2011 - Página 6042
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), EFEITO, QUALIDADE, GESTÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, CONTINUAÇÃO, INVESTIMENTO PUBLICO, BOLSA FAMILIA, PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC), ATENÇÃO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            A SRª GLEISI HOFFMANN (Bloco/PT - PR. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com grande alegria que subo à tribuna hoje para comemorar o índice de crescimento do nosso País, o maior em 24 anos. Vinte e quatro anos, Senadora Vanessa! Vinte e quatro anos para atingir 7,5% de crescimento da nossa economia. Só tivemos esse crescimento em 1986, no Governo do Presidente Sarney, na época do Plano Cruzado, e, assim mesmo, não conseguimos sustentar o crescimento, o que é diferente hoje, porque viemos de crescimentos maiores de anos anteriores, 5,1% em 2009, mesmo sendo um ano de crise. Nosso Produto Interno Bruto é de R$3.675.000.000,00 (três trilhões, seiscentos e setenta e cinco bilhões de reais).

            E isso, Sr. Presidente, devemos ao resultado de políticas acertadas do Governo Federal, do Governo do Presidente Lula. Em 2008, tivemos uma das maiores crises econômicas mundiais, e, ainda assim, o Brasil, que poderia ter crescido esses 7,5% em 2008, porque já vinha com políticas expansionistas, cresceu 5,1%. E por que cresceu tudo isso? Porque investiu, porque fez uma política de gestão macroeconômica voltada para a distribuição de renda.

            Enfrentamos a crise com o aumento do crédito - crédito para a indústria, crédito para a pessoa física, crédito para a construção civil -, com a baixa das taxas de juros, com os investimentos bem-sucedidos, investimentos de Governo, mas também investimentos da área privada. E muitos desses investimentos da área privada foram sustentados por uma política expansionista de Governo, em que se capitalizou o BNDES para que pudesse emprestar a taxas mais baratas para o setor produtivo do País.

            Tivemos uma política de salário mínimo, pela primeira vez na história deste País. Uma política sustentável de salário mínimo, em que o salário mínimo, desde 2005, é reajustado pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto. E tivemos um grande investimento em programa sociais, que retirou da miséria e colocou como consumidores milhões de pessoas.

            Aliás, Presidenta Vanessa, que assume a Presidência da Mesa agora, é exatamente o consumo das famílias que garantiu um dos maiores aumentos do nosso Produto Interno Bruto. Sessenta por cento do PIB de 2010 vem do consumo da família brasileira, que teve uma alta de 7% em relação ao que consumiu no mesmo período de 2009. Aliás, o PIB da agropecuária subiu 6,5%; o PIB de serviços, 5,4%; e o da indústria, 10,1%. Aliás, um crescimento recorde, o maior desde 1996.

            E um dado muitíssimo importante: a expansão do consumo do Governo foi de apenas 3%. Então, não houve gastança de Governo, como se quer dizer, como ouvimos dizer durante a semana passada aqui nesta tribuna.

            O Governo teve uma expansão, repito, de despesa de consumo de apenas 3%. Antes, 7% das famílias; 6,5% do setor agropecuário; 5,4% dos serviços; e 10,1% da indústria.

            A formação bruta de capital fixo, que é o que atesta o interesse de investimento na produção, ou seja, o gasto com compra de máquinas, equipamentos, o aumento da capacidade produtiva ou então a renovação de bens de capital, teve uma expansão de 21,8%, mostrando que quem produz está acreditando neste País, mostrando que quem produz está realmente investindo para manter o nível de produção. E não tenho dúvidas de que um grande responsável por isso foi o programa de sustentação de investimentos do BNDES, com financiamento de máquinas e equipamentos por meio de um banco que está cada vez mais fortalecido. Aliás, temos discutido aqui, reiteradas vezes, ações do Governo Federal através de medidas provisórias ou de projetos de lei para a capitalização do BNDES, para dinheiro do Tesouro no BNDES, para que possa continuar essa política de financiamento ao capital produtivo neste País. E hoje, com alegria, vemos exatamente o resultado acertado dessa política, um país que, depois de 24 anos, cresceu 7,5%.

            Portanto, eu queria aqui ressaltar a política econômica desenvolvida pelo Presidente Lula, mantida pela Presidenta Dilma. É a política econômica que está dando certo para o Brasil. Aumentou-se a renda dos trabalhadores. Saiu agora o histórico do IBGE para o mês de janeiro. É o maior da história desde que começou a ser medido esse resultado. É o maior da história o índice que temos de renda do trabalhador, o maior. É o quarto melhor índice de resultado desde 2002.

            Assim também é com o desemprego. Temos um dos índices mais baixos da nossa história e o menor para o mês de janeiro, 6,1%. E nunca é demais lembrar que, em 2010, criamos 2,5 milhões de vagas de novos empregos no nosso mercado de trabalho.

            E esta semana tivemos uma boa notícia, que foi o aumento do Bolsa Família. Quem achava que o Governo deixaria de investir ou de ter despesas naquilo que é essencial, que é vital para o ser humano e para o desenvolvimento do nosso País, estava errado. Fizemos cortes, sim, Senadora Vanessa, em nosso Orçamento, cortes necessários. Não sei se V. Exª sabe, mas precisamos de uma política contracíclica. Tivemos grandes investimentos, uma expansão muito grande, e isso fez com que a demanda aumentasse muito. É o que falei: 7% de aumento na demanda das famílias, diante de 3% apenas na demanda do Governo. Portanto, precisamos reequilibrar nossas contas. O que não podemos admitir é que a inflação volte, mas não tiramos a aplicação, o investimento de recursos naquilo que é essencial ao País: o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Bolsa Família.

            Serão R$2 bilhões investidos no Bolsa Família. E o maior reajuste será concedido às famílias que têm filhos pequenos e adolescentes até quinze anos. O aumento do benefício será de 19,8%. Por isso, acredito que teremos muito sucesso de continuidade, sim, na nossa política econômica. Não precisamos ter medo não, Senadora Vanessa. O Brasil está no rumo certo. No ano que vem, vamos crescer à margem de 5%, no mínimo, porque este País tem responsabilidade com sua gestão econômica e macroeconômica. E isso tudo...

(Interrupção do som.)

            A SRª GLEISI HOFFMANN (Bloco/PT - PR) - Para finalizar, Presidente, falei do investimento em áreas que são essenciais, mas há, principalmente, aquele feito em pessoas, que são a diferença, que fazem a diferença na riqueza deste País.

            Parabenizo o nosso ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva. É um orgulho termos tido um primeiro Presidente operário neste País, que fez tanto por nossa economia e pelo desenvolvimento social. Parabenizo a equipe econômica do Governo dele, a Presidenta Dilma e sua equipe econômica, porque têm a visão do desenvolvimento sustentável. Queremos crescer com responsabilidade e por um longo período de tempo.

            Muito obrigada.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/03/2011 - Página 6042