Discurso durante a 20ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca da primeira visita da Presidente Dilma Rousseff ao Estado da Bahia, oportunidade em que a Chefe do Executivo reafirmou o compromisso do governo de diminuir e a erradicar a miséria em nosso País, anunciando a ampliação dos programas sociais.

Autor
Marta Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Marta Teresa Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • Comentários acerca da primeira visita da Presidente Dilma Rousseff ao Estado da Bahia, oportunidade em que a Chefe do Executivo reafirmou o compromisso do governo de diminuir e a erradicar a miséria em nosso País, anunciando a ampliação dos programas sociais.
Publicação
Publicação no DSF de 03/03/2011 - Página 5732
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • COMENTARIO, VISITA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LOCALIDADE, ESTADO DA BAHIA (BA), REGISTRO, COMPROMISSO, GOVERNO FEDERAL, ERRADICAÇÃO, MISERIA, POBREZA, PAIS, REAJUSTE, BOLSA FAMILIA, POLITICA SOCIAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            A SRª MARTA SUPLICY (Bloco/PT - SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Prezada Presidente Lídice da Mata, gostaria de comentar a visita da Presidenta Dilma Rousseff ao Estado da Bahia, Estado da Presidente Lídice da Mata, e comentar como foi importante essa primeira ida à Bahia, já para firmar o compromisso da diminuição e da erradicação da miséria e da pobreza no nosso País. Lá, a Presidenta Dilma Rousseff ampliou os programas sociais Agricultura Familiar e Bolsa Família, iniciados durante o Governo Lula. E ela apresentou, de imediato, um reajuste no Bolsa Família de 19,4% e agora com uma inovação: as famílias que têm mais filhos terão reajuste maior, que atingirá 45,5%. Segundo a Presidenta, esse é um longo caminho, em busca de um Brasil mais justo e igualitário.

            Eu queria colocar que, quando fui Prefeita da cidade de São Paulo, atingimos 2 milhões de pessoas em programas sociais, sendo que 324 mil pelo Programa Renda Mínima, iniciativa do Senador Suplicy neste Brasil. O programa beneficiou famílias que não tinham certo nível de renda, desde que crianças fossem à escola.

            Agora, eu me lembro, quando vejo a atitude da Presidenta, que muitas vezes ouvíamos críticas. Pessoas diziam: “Essas famílias... Isso não vai adiantar nada! Vão beber, vão fazer isso, vão fazer aquilo”. Nossa experiência mostrou - e, no Governo Lula, o Bolsa Família reiterou - que foi criado, no Brasil, um enorme mercado interno, que nos salvou da crise financeira. Mais do que isto: as pessoas começaram a comer um pouco melhor.

            E me lembro de visita à periferia da cidade de São Paulo. Eu via famílias em extrema carência e, depois, comendo. Lembro de uma visita a um bar, antes da campanha. Depois do Renda Mínima, o bar passou a vender óleo, arroz, feijão, a empregar os vizinhos e a própria família.

            Então, do dinamismo econômico que o Bolsa Família também exerce não nos podemos esquecer, porque são duas vertentes. Uma vertente é que as famílias melhorem de vida, e, muitas vezes, quando você está no limite da sobrevivência, você não tem condições de pensar em mais nada, a não ser em arrumar o pão de cada dia. Agora, a outra vertente é que a economia começa a girar nos lugares mais pobres, e isso é extremamente importante, como ficou demonstrado também com o aumento real do salário mínimo no País, nos últimos anos, e com a expansão do Bolsa Família nos anos Lula. E o que pudemos ver foi que, quando tivemos a crise, esse mercado, que o próprio Presidente Lula chamou de os pobres deste País, sustentou o Brasil naquele momento de dificuldade.

            Os novos valores do Bolsa família vão começar a ser pagos em abril e vão variar de R$32,00 a R$242,00. Vão ser 12.900 milhões famílias beneficiadas, ou seja, 50 milhões de pessoas. Isso não é pouca coisa.

            Quando me deparo com os números, tenho certeza de que o compromisso da Presidenta é um compromisso obstinado, forte. Sabemos que o caminho é longo, mas é um caminho viável para o Brasil acabar e erradicar a miséria que tantos nos envergonha.

            Lembrei-me esses dias de uma frase do nosso querido Betinho, que foi o pioneiro na questão da fome e da erradicação da miséria no País. Ele dizia, quando ouvia as críticas: “A fome tem pressa”. E essa é uma grande verdade. A fome não pode esperar projetos e portas de saída. Tem-se que dar de comer para as pessoas também poderem usar seus próprios recursos, eu diria, até cognitivos, de mente, para poderem sair daquela situação, que você não usa quando se está tendo que batalhar no dia a dia para poder sobreviver e comer.

            Como a Presidenta frisou na tarde de ontem, o Bolsa Família é uma das vias usadas para a erradicação da miséria, mas não é a única. Estão todos os ministérios envolvidos, e sabemos que o mote é muito bom. Queremos um país rico; e um país rico é um país sem pobreza.

            Muito obrigada, Srª Presidenta.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/03/2011 - Página 5732