O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Presidente do Senado Federal, Exmº Sr. Senador José Sarney; Ministro da Previdência, Senador Garibaldi Alves Filho; Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ministro João Oreste; signatários da presente sessão, Senador Marcelo Crivella e Senador Ricardo Ferraço - parabenizo os dois pela feliz iniciativa -; Diretor do Editorial da Folha, Sr. Otavio Frias Filho; a colunista, Srª Maria Cristina Frias; Srs. Senadores; líderes partidários;

            Srªs Senadoras; senhores profissionais da imprensa; demais senhores e senhoras, homenagear a Folha de S.Paulo pelos seus noventa anos é fazê-lo em nome da liberdade de imprensa que todos nós, brasileiros, agradecemos. Nada pode haver de mais caro e mais importante para a democracia que uma imprensa livre. Felizmente, o Brasil de hoje, que vive um dos seus mais ricos períodos de democracia, consagra entre suas garantias fundamentais justamente a liberdade de expressão.

            Segundo levantamento da organização Repórteres Sem Fronteiras, mais de um terço da população mundial, infelizmente, vive em países onde não há liberdade de imprensa. Coincidentemente, nesses países, não há democracia ou existem graves deficiências no processo democrático.

            A história da Folha começa em 1921, com a criação do Jornal Folha da Noite. Anos depois, é criado o jornal Folha da Manhã, edição matutina da Folha da Noite. A Folha da Tarde é fundada após 24 anos. E, felizmente, para o engrandecimento do próprio grupo, em 1º de janeiro de 1960, os três títulos da empresa se fundem e surge a Folha de S.Paulo, tão homenageada e conhecida por todos nós.

            Na década de 80, a Folha se informatiza e cria o Datafolha, um dos mais acreditados institutos de pesquisa do País até os dias de hoje.

            Como orientação aos seus jornalistas, a Folha recomenda três metas: informação correta, interpretações competentes sobre essa informação e pluralidade de opiniões sobre os fatos. Três metas que passam a influenciar toda a imprensa nacional e que, ainda na mesma década de 80, consolidam o jornalismo da Folha como crítico, apartidário e moderno. É quando surge o Manual da Redação, que condensa uma concepção de jornal da política editorial às fases de produção.

            Foi na década de 80 que a Folha de S.Paulo decidiu se modernizar em vários pontos. Isso contribui para que todos nós, na verdade, reconheçamos que ele é o maior jornal, é o maior meio de comunicação deste País.

            Não vou me alongar, Sr. Presidente, porque quero dar oportunidade aos demais companheiros, como, por exemplo, nosso Senador José Agripino. Portanto, para não me alongar, a fim de que outros oradores possam usar da palavra e também para que haja condições de se iniciar a sessão ordinária, quero parabenizar a Folha de S.Paulo e transmitir a Maria Cristina Frias, a Otavio Frias Filho, a Melchiades Filho, além dos jornalistas da Folha aqui presentes e a todos que engrandecem essa grandiosa empresa, os nossos parabéns pelos seus noventa anos e também pelo exemplo de jornalismo e de imprensa que tem dado durante todos esses anos, o que continuará, se Deus quiser, para o bem da democracia brasileira.

            Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

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