O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) -Srª Presidente, Srªs e Srs. Parlamentares, quero registrar também o meu entusiasmo, como cristão, como católico, com a Campanha da Fraternidade, hoje aqui tão bem comemorada.

            Quero dizer que acho muito apropriado, muito atual e eu diria também muito bem-vindo o tema colocado. Quero acreditar que nós estamos diante de um desafio de fortes mudanças climáticas. Basta examinar o que ocorre no Brasil - no Paraná, em Santa Catarina, no Rio de Janeiro e em outras regiões - e o que acontece no mundo - no Haiti, no Japão e em outras regiões.

            Tenho certeza de que este debate nos faz refletir como seres humanos, como cristãos, como filhos de Deus. E quero acreditar que, no conjunto dos debates travados durante a Campanha da Fraternidade, estaremos mais amadurecidos.

            Srª Presidente, trago hoje a esta tribuna um tema sobre o meu Estado.

            Foi lançada, no último 13 de março, em Teresina, a revista Cidade Verde. A excelente publicação semanal traz interessantes matérias sobre vários temas, mas traz uma excelente publicação, na sua primeira edição, sobre uma pesquisa do Instituto Captavox que mostra que aumentou o orgulho de ser piauiense.

            Assumi o Governo do Piauí em 2003. No ano anterior, em 2002, havia sido feita uma pesquisa que apontava que metade da população não sentia orgulho de ser piauiense, de viver no Estado. Apenas 48% diziam ter orgulho de ser piauienses. Felizmente, essa percepção mudou. Segundo a pesquisa da Captavox, que bate com pesquisa feita pelo Ibope e por outros institutos, no fim de 2010, 87,2% dos piauienses diziam ter muito orgulho de ser do Piauí e apenas 4,1% do total dos entrevistados admitiam o contrário.

            Isso mostra, Srª Presidente, que nós, piauienses, conseguimos construir, em menos de dez anos, uma nova visão de nós mesmos, uma visão positiva que inclui o orgulho de nos sentirmos capazes de superar desafios. Não nos enxergamos mais como o pior Estado da Federação. Temos consciência das conquistas alcançadas pelo nosso Estado e pela nossa população. Temos consciência de que temos hoje uma qualidade de vida melhor e sabemos que podemos alcançar objetivos ainda maiores. Nossa maturidade política - e destaco aqui o importante apoio do Presidente Lula e, tenho certeza, da Presidente Dilma - tem muito contribuído para essa direção.

            Outra mudança positiva apresentada pela pesquisa e importante de ser registrada é a respeito do futuro: 89,2% da população do Piauí hoje tem a convicção de que a vida vai continuar melhorando nos próximos cinco anos. Há um clima de otimismo prevalecendo em todas as microrregiões do norte, do centro e do sul do Piauí. O maior otimismo foi registrado pelo Captavox na cidade de Floriano, no Piauí, onde 98,6% dos entrevistados acreditam que a vida vai seguir melhorando nos próximos anos.

            Não posso deixar de ressaltar que o aumento da renda e do consumo em todas as classes, conseguidos graças à política de inclusão e distribuição de renda iniciada no Governo Lula e continuada no Governo da Presidente Dilma, são fatores fundamentais e que estimularam a empregabilidade, o crescimento do comércio, da indústria e de outros setores no meu Estado.

            O piauiense tem hoje muito mais orgulho da sua terra. Motivos não faltam: valorizamos mais ainda nossa cultura, nossa história, nossa culinária e nosso sotaque. Destaque para o livro do jornalista piauiense radicado em Brasília Paulo José Cunha, que trata do “piauiês”.

            Somos um exemplo no campo da medicina. Hoje, não só Teresina, mas outras cidades são referência no tratamento. Por isso, recebemos pacientes de vários Estados do Nordeste, do Brasil e até de outros países.

            Pesquisa do Ipea/2009 mostrou que o Piauí foi considerado o segundo Estado menos violento do Brasil, com um dos menores indicadores de vítimas da violência no nosso País - em torno de nove para cada grupo de mil, quando a média nacional de homicídios está na casa de 23 ou 24 para cada grupo de mil.

            Teresina foi considerada a capital mais segura do Nordeste na mesma pesquisa.

            Em 2008, nosso PIB teve um crescimento recorde de 8,8%, o maior crescimento do Brasil, e a expectativa é de que continuemos crescendo em 2009 e 2010, anos que ainda não tiveram seus números divulgados, e dados de vários estudos econômicos apontam que também em 2011 o Nordeste deve liderar o crescimento econômico do Brasil e, no Nordeste, o Piauí também deve liderar esse crescimento.

            Temos a melhor atleta mulher do Brasil em 2009, assim eleita pelo povo brasileiro: a judoca Sarah Menezes.

            Estamos conseguindo resgatar e projetar nacionalmente a verdadeira história da independência do Brasil, como tratamos ainda ontem aqui da Batalha do Jenipapo.

            O Piauí tem se transformado em destino de grandes empresas brasileiras e estrangeiras, além de incentivar o pequeno também com empresas de grande peso nacional como a Suzano Papel, que neste instante é o maior investimento privado no Brasil que se implanta no meu Estado do Piauí. Além dela, a Bunge Alimentos, a Vale do Rio Doce, o grupo empresarial de Eike Batista e tantos outros, especialmente nesta área da mineração, do agronegócio e dos serviços.

            A renda per capita no Piauí aumentou 42,3% de 2004 a 2008. A renda familiar per capita, embora ainda baixa, é a maior hoje do Nordeste, até o ano de 2008, aliás acima da média do Nordeste. Em 2004, a renda familiar do Piauí era de apenas R$211,00 e cresceu para R$366,00 mensais, segundo a Superintendência Regional do Trabalho do Piauí e o Dieese.

            Entre 2002 e 2010, nosso PIB praticamente triplicou, saiu de algo em torno de R$7 bilhões para algo em torno de R$20 bilhões. Foi o Estado que, proporcionalmente, mais reduziu o analfabetismo no Brasil, mais reduziu a miséria e mais reduziu a pobreza, também proporcionalmente.

            Nós que tínhamos o pior IDH do País já podemos dizer, alto e bom som, que o Piauí não é mais o Estado mais pobre do Brasil. Comemoramos 64% das vagas de ensino público superior no meu Estado preenchidas por alunos oriundos da rede pública, o que mostra que é possível, com um trabalho dedicado, avançarmos.

            Conseguimos garantir as condições de avanço em diversas áreas, na área de habitação, na área de energia elétrica, de infraestrutura de estradas, de ferrovias, de portos, de aeroportos.

            E, para citar um exemplo, o meu Estado, neste ano, deverá completar 100% das comunidades rurais com energia elétrica, 100% com telefonia móvel e 100% com Internet. Parece algo simples, mas, nesse caso da energia, para citar um exemplo, nós tínhamos 80% da população rural na lamparina, o que mostra o tamanho do avanço.

            O Piauí, enfim, é o Estado empreendedor do Brasil: 18% da população em idade de trabalhar é empreendedora.

            Fiz questão de vir aqui comemorar esta pesquisa que mostra a mudança de comportamento e crescimento da autoestima do piauiense. Ainda temos uma estrada longa pela frente, mas é preciso comemorar também as vitórias durante o caminho.

            Acreditamos que esse rumo terá continuidade com o Governador Wilson Martins e estaremos aqui no Parlamento, apoiando, tratando dessa relação entre o Governo Federal, por intermédio das várias equipes da Presidente Dilma, com o Governo do Estado e com os Municípios do Estado do Piauí.

            Por isso, Srª Presidente, quero reiterar que tenho muito orgulho de ser piauiense e de poder vir aqui a esta tribuna enaltecer o meu Estado.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado.

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