O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, Aracaju, capital de meu Estado, completa 156 anos de existência, assim sendo, à sua população e às suas famílias, nossos sinceros e merecidos parabéns!

            Embora modesta em demografia e em espaço urbano, Aracaju se destaca pela organização urbana de suas praias, pela estética de suas calçadas, pelo circuito turístico de suas paisagens. A capital sergipana abriga cerca de 530 mil habitantes.

            Tranquila, segura, aconchegante e acolhedora, está potencialmente preparada para acolher o volumoso fluxo do mercado turístico, uma vez dotada de diversificados atrativos naturais - praias, rios e manguezais. Além disso, montada numa excelente infraestrutura urbana, dispõe de uma saborosa gastronomia regional aromatizada principalmente por sabores do mar.

            E não é só isso. A população local e os visitantes podem lançar mão de imensa diversidade de equipamentos culturais e de lazer, a exemplo de museus, galerias de arte, centro de convenções, teatros, parques, casas noturnas e de espetáculos. Mediante um sistema de transporte público integrado, é possível conhecer toda a capital sergipana com um único bilhete, que permite que o passageiro pegue quantos ônibus desejar. Isso tudo para não mencionar uma rede hoteleira de qualidade, com bares e restaurantes à disposição do turista. E para quem gosta de pedalar, Aracaju lhe reserva nada menos que 50 quilômetros de ciclovias.

            Sr. Presidente, toda essa engrenagem não surge do nada. Em 2009, o PIB de Aracaju alcançou a marca dos sete bilhões de reais, superando outras capitais brasileiras, como Palmas no Tocantins e Rio Branco no Acre. A partir dos anos 2000, com o incentivo das políticas sociais implementadas pelo Governo Lula, as capitais nordestinas se depararam com alavancas muito concretas de crescimento. Dotadas de poder aquisitivo mais robusto, as famílias da capital sergipana se sentiram mais confiantes nas demandas por bens duráveis, consumindo mercadorias em escala jamais vista.

            Quero nesta oportunidade também ressaltar o sucesso do Banco do Estado de Sergipe que registrou este ano um patrimônio líquido de R$ 177,3 milhões com expansão de 19,4 % em um ano. Em 2010, o lucro líquido consolidado gerado foi de R$ 54,5 milhões, 39,4% acima do resultado de 2009, desempenho resultante do crescimento das receitas de operações créditos, aumento nas receitas de prestações de serviços, e pela redução das despesas de captação e provisão para perdas nas operações de créditos. A relevância inconteste desses resultados, trata-se da evolução superior aos principais bancos atuantes no Brasil, exemplificando o crescimento de bancos como: Privados - Bradesco (25%), Itaú (32%), Santander (34%); Públicos - Banrisul (37%), Banco do Brasil (15%), Caixa (25%). A tratar de dados comparativos, o Banco do Estado de Sergipe se apresenta como um dos bancos de maior lucratividade no país.

            Sinal dos novos tempos, empresários de múltiplos ramos têm buscado em Aracaju o refúgio ideal para seus empreendimentos. A CVC que está expandindo seus negócios para o ramo da hotelaria, vai entrar no mercado das classes C e D. Segundo os diretores, vai investir no primeiro "resort popular" em área nobre: a praia do Mosqueiro, em Aracaju.

            Assim, devemos exaltar a verdadeira revolução que acontece em Aracaju sob a forma de transformações modernizadoras de suas instituições, de seus costumes e de sua conscientização política democrática. Nosso povo aposta nos processos progressistas de modernização urbana, destinando a Aracaju um devir alvissareiro, seja pela válvula do turismo, seja pela válvula da indústria.

            Por fim, Sr. Presidente, não há como arrefecer minha emoção ao celebrar os 156 anos da capital sergipana, na convicção de que não sobram mais espaços políticos para o arcaísmo tacanho das economias conservadoras. Aracaju acompanha os ventos da modernidade, se adequando aos desafios contemporâneos da globalização dos mercados. Em suma, seu presente prepara, hoje, um futuro de muita prosperidade num amanhã bem próximo.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado.

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