Discurso durante a 32ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Frustração com a visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil, por não ter apresentado mudanças de rumo na política externa dos Estados Unidos.

Autor
Randolfe Rodrigues (PSOL - Partido Socialismo e Liberdade/AP)
Nome completo: Randolph Frederich Rodrigues Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL.:
  • Frustração com a visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil, por não ter apresentado mudanças de rumo na política externa dos Estados Unidos.
Aparteantes
Lindbergh Farias.
Publicação
Publicação no DSF de 22/03/2011 - Página 7670
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL.
Indexação
  • FRUSTRAÇÃO, VISITA, PRESIDENTE, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), MOTIVO, AUSENCIA, ALTERAÇÃO, POLITICA EXTERNA.
  • CRITICA, INTERVENÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CONFLITO, LIBIA, DEFESA, AUTONOMIA, POVO, PROCESSO, REVOLUÇÃO, AFRICA.
  • PROTESTO, REPRESSÃO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, CONTESTAÇÃO, IMPERIALISMO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA).
  • REGISTRO, VISITA, ESTADO DO AMAPA (AP), EMBAIXADOR, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, MOTIVO, INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. RANDOLFE RODRIGUES (PSOL - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente ou Srª Presidenta, utilizarei as duas formas para saudá-la, porque é uma honra estar nesta sessão presidida por V. Exª, Lídice, que nós, eu e o Lindbergh, há tanto tempo admiramos nas nossas lutas estudantis.

            Senhores e Senhoras que nos assistem pela TV Senado, Senhores e Senhoras que nos ouvem pela Rádio Senado, tivemos, neste fim de semana, a visita ao Brasil do Presidente Obama. Eu poderia destacar e teríamos vários aspectos a dialogar sobre a visita do Presidente dos Estados Unidos da América ao nosso País. Alguns aspectos, inclusive, é importante suscitarmos.

            Recentemente, em artigo, o cineasta Michael Moore, que foi, inclusive, um atuante defensor da candidatura de Obama, denunciou os reveses conservadores do governo de Obama, no sentido de retirar direitos previdenciários e direitos trabalhistas dos trabalhadores, sob a alegação de fazer isso em nome do ajuste fiscal americano, em virtude da crise.

            Na verdade, o que tem ocorrido nos Estados Unidos, no último período, é que a escalada da indústria bélica concentrou a riqueza desse país na mão de 400 norte-americanos.

            Poderíamos destacar e lamentar as ainda intervenções americanas indevidas em vários cantos do mundo, como a manutenção de presos na Base de Guantánamo, em Cuba, e como a continuação da intervenção no Afeganistão, mas todas essas questões poderão e deverão ser tratadas pelo governo americano e são reconhecidas por nós como questões de política interna dos Estados Unidos. Então, não vem ao caso isso aqui destacar.

            Confesso, Presidenta, que eu esperava, eu tinha uma expectativa maior da visita do Presidente americano, em virtude, inclusive, do reconhecimento que o próprio Presidente Obama fez aqui, no Brasil, sobre o que o Brasil é hoje.

            Eu vi uma reportagem hoje, salvo engano no Correio Braziliense, destacando o Brasil de hoje, da visita de Obama, e o Brasil de 40 anos atrás, na ocasião da visita do Presidente Eisenhower. Naquela ocasião, a economia americana era 36 vezes maior que a nossa. Hoje, essa diferença diminuiu para apenas sete vezes.

            Ainda temos diferenças, mas o Brasil se consolidou como uma potência emergente. Então, a legítima reivindicação, por exemplo, do Governo brasileiro de ter um assento no Conselho de Segurança da ONU deveria ter sido tratada - e eu esperava isso - pelo Presidente americano com um caráter mais afirmativo.

            Na verdade, tive muito de frustração em virtude das expectativas que foram geradas, originalmente, na eleição do Presidente Obama: o primeiro negro a ser Presidente daquele país. Eu esperava uma política internacional mais multilateral. Os gestos, aqui, me parecem, Senador Lindbergh, que foram belíssimos gestos de um pop star. Eu vi a apresentação do Presidente Obama, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e era, realmente, um pop star com show organizado que lá estava se apresentando, mas faltou muito de demonstração concreta - concreta! - de multilateralidade, que era o que se esperava do representante da maior potência econômica, bélica, militar do Planeta. Esperava-se isso para que, como diz o querido poeta Chico Buarque, a intenção que ele demonstrava fosse, de fato, de gestos concretos.

            Por fim, tem duas tristes nódoas que o Presidente Obama levará daqui. A primeira se deve ao fato de que daqui, do território brasileiro, de um País com a tradição diplomática pacífica, de um País pacífico como o nosso, foi autorizada a intervenção militar na Líbia. Eu digo isso sem nenhuma declaração de amor, mesmo porque, aqui do plenário do Senado, pedi questão de ordem e firmei a necessidade de o Governo brasileiro romper relações com a ditadura de Muamar Kadafi.

            Mas faço isso também convencido de que considero que o que está ocorrendo nos países árabes, os acontecimentos do Egito, a panela de pressão existente na Arábia Saudita, que, a qualquer momento, virá a estourar, a revolução na Tunísia e o que está ocorrendo na Líbia revelam um forte clamor popular de mobilização naqueles países que não pode ter nenhum tipo de interferência externa, porque, de fato, as interferências externas têm outras intenções que não a de respaldar a vontade popular dessas revoluções.

            Em relação a essa vontade popular, eu queria aqui trazer uma frase de uma carta, Lindbergh, de Engels a Marx, de 1857, se não me engano. Engels e Marx discorreram muito sobre as revoluções na Europa, mas pouco entenderam do que acontecia no restante do globo. Em uma dessas cartas, Engels diz o seguinte: “Por que a história do Oriente sempre aparece como história das religiões?” O que ocorre hoje, concretamente, nos países árabes, parece-me, aponta alternativas para essa questão suscitada por esses dois brilhantes historiadores e filósofos do século XIX.

            Li um texto de dois militantes do meu partido, internacionalistas, Juliano Medeiros e Luiz Arnaldo Campos e li uma citação do eminente intelectual Robert Fisk, no The Independent, que nos traz luzes ao que ocorre nos países árabes.

Mubarack alegou que os islamitas estariam por trás da revolução egípcia. Bem ali, disse o mesmo na Tunísia o Rei Abdul, da Jordânia: vê uma sinistra mão escura, essa sinistra mão escura da Al-Qaeda, fraternidade muçulmana, sempre mão islâmica por trás da insurreição civil em todo mundo árabe.

Ontem autoridades do Bahrein descobriram a amaldiçoada mão do Hezbollah. Ali, por trás do levante xiita, onde se lê Hezbollah leia-se Irã. Por que então tantos intérpretes cultos [diz Robert Fisk], embora impressionantemente antidemocráticos insistem em interpretar tão mal as revoltas árabes? Confrontados com uma série de explosões seculares, o caso do Bahrein não cabe perfeitamente nessa classificação. Todos culpam os islâmicos radicais.

O Xá [ele se refere ao Xá Reza Pahlevi, derrubado pela revolução iraniana de 1979] cometeu o mesmo erro, só que, ao contrário, confrontado com o óbvio levante islâmico, pôs a culpa nos comunistas.

            Traz luzes, então, essa reflexão de Fisk, porque o que ocorre no mundo árabe é o mesmo erro da avaliação errada do Reza Pahlevi. Enquanto ele imaginava, em 1979, que era um levante dos comunistas, era um levante islâmico. Enquanto todos os ditadores que estão caindo, um a um - e Kadafi será o próximo a cair -, colocam a culpa na revolução islâmica, eles não compreendem que o que o povo desses países quer é emprego, oportunidade melhor de vida e liberdade.

            Nesse sentido, não cabe nenhum tipo de intervenção. Então, essa é a primeira nódoa da visita do Presidente Obama.

            A segunda, querido Lindbergh, ocorreu no Rio de Janeiro, lamentavelmente. Lá 12 militantes políticos foram presos sob a alegação...

            O Sr. Lindbergh Farias (Bloco/PT - RJ. Fora do microfone.) - Treze.

            O SR. RANDOLFE RODRIGUES (PSOL - AP) - Obrigado pela correção. Treze militantes políticos foram presos sob a alegação de que tinham lançado coquetel molotov sobre a embaixada norte-americana.

            Eu assinei junto com V. Exª, Lindbergh, uma nota, que foi divulgada nesse fim de semana, em que nós desafiamos as autoridades policiais do Rio de Janeiro e, ao mesmo tempo, desafiamos o próprio Consulado estado-unidense a provar o envolvimento dos que estão já presos em qualquer dos delitos pelos quais eles estão denunciados.

            O que ocorreu foi uma lamentável e arbitrária prisão. Mais do que uma lamentável e arbitrária prisão. Sabemos que há o ato de repressão nas manifestações, mas o que chama atenção, o que causa espécie é a rapidez com que os militantes foram presos, julgados e levados, deslocados, ato contínuo, para as penitenciárias do Rio de Janeiro.

            Quem dera que esse processo tão célere de julgamento ocorresse, por parte do Judiciário, com os casos de corrupção, que lamentavelmente entristecem a política brasileira!

            O Sr. Lindbergh Farias (Bloco/PT - RJ) - V. Exª me concede um aparte, Senador?

            O SR. RANDOLFE RODRIGUES (PSOL - AP) - Com todo o prazer. Sempre terá o aparte, porque o aparte de V. Exª sempre contribui com meu pronunciamento, valorando-o mais.

            O Sr. Lindbergh Farias (Bloco/PT - RJ) - Senador Randolfe, assinei essa nota e estive, sábado e domingo, em contato com os dirigentes do PSTU, partido no qual militei no passado - tenho orgulho da minha trajetória política -, mas ressalto que aqui há um fato novo: nunca, na história recente da política deste País, os movimentos sociais foram tratados dessa forma. Eu mesmo participei de inúmeros. E houve excessos. Só que não se pode culpar todos os que estão participando das passeatas pelo excesso de alguns. E digo aqui a V. Exª: este Senador que vos fala, na sua juventude, cometeu muitos excessos em passeatas, em atos. Lembro que invadimos a Bolsa de Valores na época das privatizações das teles, da Vale. Quem está nos escutando e nos assistindo agora sabe disso. E eu tenho orgulho dessa minha trajetória. Hoje sou Senador, tenho 41 anos, mas eu vi, no caso do Rio de Janeiro, um jovem de 16 anos que protestava contra o imperialismo norte-americano. Mandaram-no para a Febem, Instituto Padre Severino. Isso eu nunca vi! Digo isso, inclusive, em relação aos tucanos, ao PSDB. Em nenhum momento, pelo que nós fizemos neste País fomos tratados daquele jeito. Eu acho que é um caso grave com os militantes políticos. E eu conheci vários daqueles, que me falaram pelo telefone: “Lindbergh, eu não tenho nada a ver com quem atirou ou não coquetel molotov. Eu não tenho nada a ver com isso”. O grave foi que levaram, imediatamente, para o presídio, rasparam o cabelo dos militantes... Isso nunca houve. Então, é importante que os democratas do País se levantem para dizer: “Não é assim”. Eu achei muito grave. Digo a V. Exª aqui que estive lá presente e achei muito grave. Se fosse na nossa época, teríamos ido parar na Febem e nos presídios deste País muitas vezes. Quantos protestos fizemos na frente da Embaixada dos Estados Unidos? Quantas bandeiras dos Estados Unidos queimamos na nossa juventude, criticando o imperialismo norte-americano? Não sei contar o quanto participamos de tudo isso. Por isso, penso que essa questão é muito grave. Vale a pena pontuarmos isso. Não podemos assistir a uma escalada de criminalização das ações dos movimentos sociais. Há um segundo ponto com o qual concordo com V. Exª. Algumas coisas nos causam indignação profunda no coração e estranheza. Enquanto o Presidente Obama, o Presidente negro dos Estados Unidos, por quem muito torcemos, com seu charme, era muito simpático em sua visita ao Rio de Janeiro, naquele mesmo momento, a Líbia era bombardeada. Primeiro, quero elogiar a posição do Governo brasileiro, que não votou a resolução da ONU que falava da zona de exclusão aérea. Foram cinco países que não votaram: Brasil, Rússia, Índia, China e Alemanha. Mas devo dizer que o que foi votado no Conselho de Segurança foi uma zona de exclusão aérea. Não foi votada autorização para bombardear a Líbia. Quem tem de derrubar o ditador Kadafi é o povo Líbio, que se está organizando. Foi assim que aconteceu nos mais diversos países do mundo árabe. Então, esse é um problema muito concreto. Inclusive, Obama disse no Brasil que o futuro do mundo árabe será definido pelo seu povo. Então, não me venham com essa história novamente de que, para proteger a população civil dos ataques de Kadafi, têm de jogar bombas na Líbia, matando civis! Essa é a denúncia feita por países árabes que defendiam a zona de exclusão aérea, mas que se levantaram contra o bombardeio na Líbia, como a própria Rússia. Então, é um caso gravíssimo! Ficamos vendo o Obama e expressando nossa simpatia pela eleição dele lá. Mas - puxa! -, ao mesmo tempo em que ele, charmoso, falava de projetos sociais aqui, fazia-se a velha política agressiva e antiimperialista norte-americana. Senadora Lídice da Mata, encerro minha fala, lembrando o que Maria da Conceição Tavares - e sabemos das limitações de Obama - dizia: “Ah, como deve ser duro impor outra agenda naquele conservadorismo que domina a política norte-americana!”. Mas Obama foi eleito para isso. A gente fica aqui na torcida, para que ele corrija rumos. Encerro, dizendo isso. Acabei de ler um livro de Joseph Stiglitz, O mundo em queda livre, falando sobre a crise econômica norte-americana. Tanto Stiglitz quanto Paul Krugman têm falado muito que Obama tinha de ter ido mais fundo, tinha de ter mudado o direcionamento da política econômica. Mas não quero abrir aqui outro flanco de debate. Preocupo-me muito com a situação da Líbia. Encerro por dizer uma coisa: aos aliados do Bahrein, do Iêmen e da Arábia Saudita, nada existe, nenhuma posição! Estão atirando contra civis! Então, a gente vê que os velhos interesses pelo petróleo novamente estão à frente das posições do governo norte-americano. Parabéns pela intervenção, Senador Randolfe!

            O SR. RANDOLFE RODRIGUES (PSOL - AP) - Eu é que lhe agradeço seu aparte, Senador Lindbergh. São claramente pesos e medidas diferentes. Concordo com V. Exª.

            Víamos, com esperança, a eleição do Presidente Obama. E esperança é proveniente do verbo “esperar”, que tem prefixo latino, que significa “acreditar no que se vê”. Esperávamos uma mudança dos rumos da política externa americana. Ele chegou, inclusive, a anunciar isto: os Estados Unidos mais multilaterais. Se pegarmos somente as intenções, as demonstrações, como eu disse, aquela cena pop star é uma boa imagem! Mas não basta imagem! Não podemos ter somente uma boa imagem. Não pode haver o belíssimo símbolo, temos de reconhecer, de um Presidente negro comandar um país que tem uma triste história de preconceito racial, mas esse símbolo não combinar, não dialogar com gestos concretos, querer insistir na concentração política, não abrindo o Conselho de Segurança a outras nações emergentes.

            Nesse sentido, foi correto o posicionamento da diplomacia brasileira em não autorizar o que ocorreu na Líbia. E, concordando com V. Exª, devo dizer que, mesmo que isso tenha sido autorizado pela ONU, não é o que está acontecendo. Estamos vendo o assassinato de líbios. Ora, não se podem, a pretexto de defender civis, matar outros civis, que é o que, de fato, concretamente, está ocorrendo. Deixemos os povos árabes conduzirem seus processos de revolução!

            Então, nesse sentido, esperamos, Sr. Presidente, ações concretas melhores, ações concretas multilaterais. Queremos, por fim, destacar o que o Senador Lindbergh já apresentou. É lamentável e é triste o fato da repressão ocorrida no Rio de Janeiro. O Senador Lindbergh e eu fizemos muitas manifestações, passeatas, e, de fato, esse tipo de repressão não pode ter continuidade, não pode ser tido como regra. Não se pode tratar militante social da forma como esses militantes foram tratados.

            Por fim, Senador Lindbergh, todos os que nos assistem pela TV Senado e nos ouvem pela Rádio Senado, quero dizer que, enquanto o Presidente Obama estava visitando o Brasil, nós - e quero utilizar esses dois minutos para destacar isto -, no Estado do Amapá, recebíamos meu querido amigo Maximilien Sánchez Arvelaiz, Embaixador da República Bolivariana da Venezuela. A ideia da agenda foi, inclusive, em virtude da proximidade geográfica que tem a Venezuela conosco, para construirmos um laço de cooperação comercial e de cooperação política.

            Maximilien Arvelaiz, diante das manifestações dos tambores amapaenses, viu naquilo muita identidade com os tambores venezuelanos. É porque, de fato, somos um povo só, um povo multiétnico, um povo multicultural. Nós, do meu querido Amapá, sempre fomos muito esquecidos pelas políticas do centro-sul do Brasil e estamos encontrando uma alternativa interessante de integração, de desenvolvimento econômico, de integração cultural e, em especial, econômica e comercial. E, nessa integração, estamos reunindo o Amapá, o Departamento de Ultramar da Guiana Francesa, o Suriname, a Guiana e a Venezuela. Podemos dar um primeiro passo na construção de um mercado comum de desenvolvimento, que incentivará a economia do norte da Amazônia, do norte do nosso País, e que dará uma contribuição também. E aí é que está a diferença: é uma contribuição bilateral, ao contrário das políticas unilaterais que, lamentavelmente, os Estados Unidos ainda hoje mantêm no mundo.

            Quero agradecer-lhe, Sr. Presidente, sua condescendência em ter me dado mais um minuto.

            Oxalá o Presidente Obama, nesses dois anos de mandato que ainda tem, modifique a política e realize a ruptura que precisa ser feita! Sei das dificuldades que ele enfrenta, mas ele foi eleito pelo povo americano, com o desejo de mudança, e uma das principais referências desse desejo de mudança é a responsabilidade, inclusive americana, de contribuir para que este mundo seja mais multilateral, seja mais de todos os povos e seja menos de uma só nação.

            Exigimos aqui - o Sr. Senador Lindbergh, todos que subscrevem a nota e eu - a imediata concessão de habeas corpus para aqueles presos políticos que estão nos cárceres do Rio de Janeiro.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/03/2011 - Página 7670