Discurso durante a 38ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de discurso em homenagem a Mário Covas, no transcurso de dez anos do seu falecimento, e manifestação de pesar pelo falecimento, hoje, do ex-Vice-Presidente da República José Alencar.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. :
  • Registro de discurso em homenagem a Mário Covas, no transcurso de dez anos do seu falecimento, e manifestação de pesar pelo falecimento, hoje, do ex-Vice-Presidente da República José Alencar.
Publicação
Publicação no DSF de 30/03/2011 - Página 8675
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, DISCURSO, ORADOR, HOMENAGEM, DECENIO, ANIVERSARIO DE MORTE, MARIO COVAS, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ELOGIO, VIDA PUBLICA, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, POLITICA NACIONAL.
  • HOMENAGEM POSTUMA, JOSE DE ALENCAR, EX VICE PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMENTARIO, AMIZADE, ELOGIO, VIDA PUBLICA, FIDELIDADE.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, eu estava em meu gabinete, preparando-me para vir à sessão, na qual eu falaria também, como muitos outros Senadores, em homenagem a Mário Covas, quando recebi um telefonema de São Paulo e a informação, a notícia da morte do nosso querido José Alencar.

            Com isso, não pude chegar aqui a tempo, Srª Presidente, para fazer o pronunciamento em homenagem a Mário Covas.

            Peço seja transcrito nos Anais da Casa a síntese do pronunciamento que eu faria em homenagem a Mário Covas. Trata-se de uma das pessoas, na vida pública brasileira, por quem tive mais longa, mais afetiva, mais profunda admiração em toda a minha vida.

            Dez anos se passaram, e eu não tenho nenhuma dúvida em dizer que Mário Covas, o panteão da História, está entre aqueles a quem nós mais devemos para a democracia brasileira, para o respeito à sociedade brasileira.

            Peço a transcrição do discurso, Srª Presidente.

            Srª Presidente, associo-me aos pêsames pela morte do nosso querido José Alencar. Assino também a solicitação para uma sessão em homenagem a José Alencar, um homem que aprendi a respeitar e a admirar.

            José Alencar ficará na História do nosso País como um exemplo de lealdade, como exemplo de grandeza daqueles que estão ao lado para servir, para ajudar. É difícil encontrarmos na vida brasileira, em que às vezes até a figura do Presidente - foi assim com Vargas: golpeou as instituições para assumir - tanta fidelidade. José Alencar foi a figura da fidelidade.

            A sua escolha foi deliberada para que alguns interrogatórios, alguns vazios da candidatura Lula, algumas desconfianças que poderiam haver em relação ao Presidente Lula por uma parte da sociedade brasileira, fossem dissipadas. José Alencar preenchia esse vazio não só na campanha, não só na eleição, mas ao longo dos oito anos, ou melhor dito, ao longo dos sete anos, porque dos oito, um ano ele foi Presidente. Sempre a sua figura era estável, uma figura franca para dizer as coisas que deviam ser ditas. Mesmo com algumas divergências, como na questão dos juros - até o fim ele era contrário - para ser leal, para garantir, com a sua presença, o crivo da seriedade, para que ele fosse a garantia daquilo que foi o Governo de Lula, ele foi leal.

            Eu tinha uma amizade muito grande com José Alencar. Foi muito carinhosa a nossa convivência nesta Casa e, posteriormente, com S. Exª na Vice-Presidência da República.

            Trago o meu afeto, a minha tristeza, embora ele merecesse descansar. Foram longos anos de dor e de luta. E, ao longo dessa vida inteira, o povo brasileiro fez uma prece única por ele. E ele agradecia as rezas que se faziam. Hoje as rezas são para que ele descanse em paz, porque o povo brasileiro tem muito, muito o que agradecer a José de Alencar.

            Minha homenagem a Mário Covas, de cujo discurso peço a transcrição; minha homenagem a José Alencar, cujo sofrimento estamos vivendo hoje.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/03/2011 - Página 8675