O SR. ARMANDO MONTEIRO (PTB - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente José Sarney, quero me associar às homenagens que estão sendo hoje tributadas a esse grande brasileiro que foi José Alencar. Tive o privilégio de com ele conviver no movimento empresarial e no sistema indústria. Fomos contemporâneos à época em que eu presidia a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, e ele, a Federação das Indústrias de Minas Gerais.

            Depois pude também integrar, na mesma época, a diretoria da Confederação Nacional da Indústria, da qual ele foi Vice-Presidente. Nesse convívio, estreitamos os laços, e pude, então, conhecer aquilo que eu considero de mais expressivo na figura de José Alencar, que foi sempre a sua dimensão humana, uma figura que aliava a sensibilidade à simplicidade de alguém que, mesmo tendo conquistado na vida uma carreira de sucesso, não perdeu nunca os traços de origem da sua forma simples de conviver, da maneira sempre muito atenciosa com que ouvia as pessoas.

            Portanto, trata-se de uma figura humana rara. Mas, se é verdade que a sua ausência deixa-nos um vazio imenso, é verdade também que o seu exemplo de vida, a sua tenacidade, a sua determinação, o seu espírito público devem constituir, sobretudo para as novas gerações, uma inspiração e uma referência.

            Registre-se, ainda, a sua conduta irrepreensivelmente ética, seja no âmbito dos negócios privados, seja no exercício da sua atividade como homem público.

            Portanto quero neste momento, com muita tristeza, ao expressar esta manifestação, dirigir-me à sua família - a D. Marisa, aos seus filhos -, e quero homenageá-lo por intermédio de Josué, que hoje é uma das maiores expressões do empresariado nacional, e dizer que José Alencar é merecedor de todas as homenagens que foram hoje aqui tributadas à sua memória.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

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