O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PMN - AC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, primeiramente, eu gostaria de fazer um registro especial, a presença de membros da Confebraq, Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas, que teve sua eleição e realizada sua posse hoje, da qual tive o prazer de participar. (Palmas)

            Temos aqui representantes do Brasil todo. Eu sempre fiz questão de apoiá-la, de estar perto, acompanhando o trabalho que a Liga de Quadrilhas realiza no meu Estado, o Estado do Acre.

            Então, eu queria aqui parabenizar o Sr. Célio Torres, aqui presente, que assumiu hoje essa missão, uma missão árdua - ele é do Estado de Sergipe -, substituindo o Claudemir, do Distrito Federal. Com muito orgulho, temos um acreano, que é o companheiro Aurimar, que assume a responsabilidade de ser o tesoureiro dessa entidade,

            Com todo respeito aos movimentos culturais, mas o movimento na Liga das Quadrilhas, no meu Estado, é um dos maiores movimentos culturais que temos no nosso Estado e no País também. Eu vi alguns dados hoje, e só no Nordeste, nós temos em torno de 600 mil pessoas envolvidas nesse movimento cultural.

            Então, eu queria aqui parabenizar a todos, desejar boa sorte aos que estão aqui participando desta sessão e dizer que estamos juntos. O meu mandato está à disposição. No meu mandato de Deputado Federal, com certeza, nós estivemos contribuindo e, neste mandato de Senador, nós pretendemos estar juntos, fazer grandes parcerias tanto no meu Estado como no Brasil como um todo.

            Outro assunto, Sr. Presidente, aqui eu tenho uma lista de presentes, que é importante citar. Aqui estão os Estados de Sergipe, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Brasília, Minas, Tocantins, Pará, Roraima, o Acre, meu querido Acre, Rondônia, Roraima, Goiás, Paraíba. Outros que não estão presentes aqui porque tiveram que pegar o voo, mas que estiveram se destacando nas suas cidades. Com certeza, deixo a eles também o nosso abraço.

            Trago a esta tribuna um outro assunto. Eu estava vendo aqui nos sites, nos jornais a respeito da situação em que se encontra nossa querida Rio Branco. As águas do rio Acre têm subido muito, e as pessoas têm ligado, pedindo que façamos alguma coisa.

(Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PMN - AC) - A Defesa Civil nos dá a informação de que, a cada três horas, o rio tem subido 10 cm, o que é muito. Já há alguns bairros que estão sofrendo, como o 06 de Agosto, bairro onde nasci e me criei, o Taquari, um bairro pelo qual tenho um carinho muito grande, as pessoas estão tendo de sair, o que causa um transtorno muito grande àquelas pessoas mais humildes, a Baixada da Habitasa, o Airton Senna, o Triângulo Novo.

            Vários bairros já estão sendo atingidos. Eu vi as fotos pelo site AC 24 horas, e já tem muitas famílias desabrigadas. Então, fica aqui o nosso apelo à Defesa Civil Nacional para que ajude o Governo do Estado, pois. A defesa civil do meu Estado não está dando conta de retirar as pessoas, que estão interditando as ruas, colocando os seus bens no meio da rua. Inclusive, já há algumas ruas interditadas.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PMN - AC) - Então, fica aqui o nosso apelo à Defesa Civil Nacional para que ajude o Governo do Estado do Acre, para que possamos amenizar o sofrimento daquelas pessoas que estão precisando muito do nosso apoio.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, trago aqui um outro assunto que tem causado um prejuízo muito grande ao nosso Estado. Nesse final de semana, estive no Acre e conversei com alguns empresários que beneficiam castanha, a nossa castanha, a castanha que o povo brasileiro conhece como castanha do Pará, mas que não tem nada a ver com o Pará, a castanha é do Acre. O Pará pegou a fama, mas a castanha é produzida no Acre.

            Hoje está tendo uma concorrência desleal porque a nossa castanha está saindo para a Bolívia...

(Interrupção do som.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PMN - AC) - Um minuto, Sr. Presidente, para concluir. Como os tributos pagos na Bolívia são muito pequenos e a carga tributária do nosso Estado é grande, esses bolivianos injetam dinheiro, dinheiro de que nem sabemos a origem, no Estado e compram a castanha. Por exemplo, hoje, um empresário brasileiro paga 12% de imposto estadual, 5,93% de imposto federal e outros tributos, enquanto que na Bolívia, para ser bem preciso em Cobija, os empresários bolivianos estão levando toda a produção da castanha acreana, o que deixa de gerar emprego no nosso País, deixa de gerar renda, o que tem causado um transtorno muito grande.

            Então, fica o nosso apelo aqui à Receita Federal, à Secretaria de Fazenda do meu Estado, para que se crie mecanismos para que essa castanha não saia do Acre. Nos números que vão ser apresentados, o Acre não está mais produzindo castanha, porque a castanha está saindo praticamente toda pela Bolívia, o que está gerando um desemprego no nosso Estado. Então, fica aqui o apelo ao Governo do Estado do Acre, para que faça alguma coisa, porque isso tem trazido um transtorno muito grande à economia do nosso Estado.

            Então, parabéns, mais uma vez, a todos os membros da Confebraq . Desejo sucesso ao nosso amigo Célio Torres, nesses três anos em que vai ficar à frente dessa instituição que é da maior importância para o Brasil. Parabéns.

            Obrigado, Sr. Presidente.

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