O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, convencionou-se, entre nós, que a marca dos cem primeiros dias de mandato representa uma excelente ocasião para que se faça um primeiro balanço das iniciativas do Presidente da República - em nosso caso, da Presidenta Dilma Rousseff. Esse período, de pouco mais de três meses, oferece várias indicações do estilo e da dinâmica que a Chefe do Poder Executivo pretende imprimir à sua administração e aponta para o rumo que o País deve tomar nos próximos anos.

            Muito se falou, ainda durante a campanha presidencial, que a Presidenta Dilma seria mera continuadora do ex-Presidente Lula, que governaria o País a partir dos bastidores como uma espécie de eminência parda. Não foram necessários cem dias, nem mesmo dez, para mostrar que a Presidenta Dilma tem luz própria e ideias originais sobre a melhor forma de governar o Brasil.

            É evidente que, sendo do mesmo partido que o ex-Presidente Lula, a Presidenta Dilma daria continuidade aos principais programas iniciados no Governo Lula, e assim o fez. O PAC segue firme, o Bolsa Família foi reajustado no mês passado, o Minha Casa, Minha Vida passou por atualizações e melhorias, o controle fiscal e inflacionário continua sendo feito com responsabilidade e rigor.

            A sequência a esses programas e políticas, contudo, vem sendo dada de forma a evidenciar, antes de tudo, a marca pessoal que a Presidenta Dilma imprime a suas ações.

            Seu perfil gerencial, seu cuidado tanto com os aspectos técnicos quanto os desdobramentos políticos das questões sobre as quais se debruça, sua sensibilidade para questões como os direitos das mulheres e sua defesa incondicional dos direitos humanos são alguns dos traços que os brasileiros estão passando a admirar cada vez mais.

            Essa admiração é refletida, evidentemente, nas pesquisas de popularidade referentes aos seus primeiros meses no Palácio do Planalto. Recente pesquisa do Ibope mostrou que a avaliação de seu governo ao final do primeiro trimestre, com 56% de avaliação boa ou ótima, superou a avaliação positiva obtida por Fernando Henrique Cardoso em 1995 e pelo próprio Presidente Lula em 2003.

            Outras pesquisas mostram que a avaliação positiva do Governo Dilma é mais difusa entre os segmentos econômicos que formam a sociedade brasileira. A diferença de popularidade entre as parcelas mais rica e mais pobre da população, que no Governo Lula chegava a 17 pontos percentuais, caiu para 10 pontos no Governo Dilma.

            A Presidenta Dilma vem minando as resistências até de veículos da imprensa tradicionalmente críticos aos governos do Partido dos Trabalhadores. O mesmo acontece aqui, no Parlamento, onde deputados e senadores da oposição, sem abrirem mão de suas críticas, admitem os acertos e o equilíbrio das decisões da Presidenta Dilma em relação a várias questões, como, por exemplo, o posicionamento firme em relação aos conflitos na Líbia e ao tratamento desumano reservado às mulheres no Irã.

            Dessa forma, Sr. Presidente, parabenizamos a Presidenta Dilma por esses primeiros 100 dias no Governo, que foram uma combinação feliz de seriedade, responsabilidade, simpatia e muito trabalho. As perspectivas para os próximos quatro anos, com base nos primeiros 100 dias de Governo Dilma, são, portanto, as mais positivas.

            Muito obrigado.

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