Discurso durante a 49ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas às declarações que o professor Hubert Van Gijseghem teria feito perante o parlamento canadense de que a pedofilia é uma orientação sexual; e outros assuntos. (como Líder)

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Críticas às declarações que o professor Hubert Van Gijseghem teria feito perante o parlamento canadense de que a pedofilia é uma orientação sexual; e outros assuntos. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2011 - Página 11466
Assunto
Outros > DIREITOS HUMANOS. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • REGISTRO, PRESENÇA, ATLETA PROFISSIONAL, LUTA, PLENARIO, SENADOR, ELOGIO, ATUAÇÃO, PROMOÇÃO, BEM ESTAR SOCIAL, JUVENTUDE, COMBATE, DROGA.
  • REPUDIO, DECLARAÇÃO, PROFESSOR, PAIS ESTRANGEIRO, CANADA, CARACTERIZAÇÃO, EXPLORAÇÃO SEXUAL, CRIANÇA, ORIENTAÇÃO, SEXO.
  • JUSTIFICAÇÃO, PROPOSIÇÃO, AUTORIA, ORADOR, TRANSFORMAÇÃO, CRIME, ATO ILICITO, REALIZAÇÃO, INTERNET.
  • ANUNCIO, INICIATIVA, ORADOR, ENTRADA, PEDIDO, VOTAÇÃO, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA E CIDADANIA, REALIZAÇÃO, PLEBISCITO, REDUÇÃO, MAIORIDADE.
  • ELOGIO, INICIATIVA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), RETOMADA, DEBATE, DESARMAMENTO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srªs e Srs. Senadores, aqueles que nos ouvem na Rádio Senado e nos veem pela TV Senado, Sr. Presidente Walter Pinheiro, quero fazer um registro importante da presença, neste plenário, de um amigo, ex-atleta e esportista, referência mundial do jiu-jítsu, nosso Wallid Ismail, que se encontra ali, o chamado “caçador de Gracie”, o único faixa preta de jiu-jítsu que venceu todos os Gracie e que ficou conhecido mundialmente. Hoje comanda o Jungle Fight, essa companhia de luta tão importante no Brasil, que tanto tem colaborado com a prevenção às drogas e com a recuperação de jovens drogados.

            Agradeço, até porque tenho uma instituição, Sr. Presidente, de recuperação de drogados há 30 anos. Tenho um centro de treinamento e tenho atletas da minha instituição de drogados que lutam Jungle Fight, a exemplo do Marcelo, que nós tiramos do crack. Foi recuperado do crack e hoje é um atleta de ponta, absolutamente importante, e que teve oportunidade no Jungle Fight.

            Aproveito Wallid Ismail, que abriu as portas para os brasileiros no Japão, uma figura tão importante, para convidar e avisar que, no dia 21, no feriado, Senador Valadares, aniversário de Brasília, dentro da vasta programação do aniversário de Brasília, vai acontecer um Jungle Fight no Nilson Nelson, e que, certamente, não terá ingresso. É aniversário de Brasília, com um card de lutas muito importante. Aliás, lembrando que o Paulo Thiago, esse lutador importante do Ultimate Fighting americano, um dos ídolos americanos que teve a felicidade, até por conta do preparo que tem, do talento do atleta brasileiro, Senador Paulo Paim, de nocautear o Josh Koscheck, um dos lutadores mais laureados, ídolo dos americanos. Esse jovem Paulo Thiago, da polícia de Brasília, do Bope de Brasília, hoje é uma expressão mundial: é daqui, é da terra, é brasileiro, é de Brasília, do Bope de Brasília, e tem nos orgulhado muito nos ringues, aliás, nos octógonos do mundo inteiro, no Ultimate Fighting.

            Sr. Presidente, nós teremos uma edição no Rio de Janeiro do Ultimate Fighting. V. Exª está rindo porque eu não sei inglês, não é? Mas essa aí eu decorei. Na hora em que eu peguei na mão do Obama, eu disse para ele: “God bless you!”. Essa eu sei decorado: “Deus te abençoe”. E ele respondeu para mim: “God bless you!”.

            Fight night é luta à noite, não é? Para V. Exª saber que eu me lembro de algumas coisas que eu aprendi na escola, em Macarani, depois em Itapetinga. Não era escola de inglês, mas era escola pública, e eu aprendi alguma coisa lá. Mas V. Exª riu quando eu falei ultimate fighting., Por isso é que eu parei o meu discurso, porque não entendi a risada de V. Exª. Essa aí eu decorei.

            Olha lá, está vendo? Armando viu V. Exª rindo também. Aí todo mundo riu. O pessoal acha que eu não sei inglês?

            O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro. Bloco/PT - BA) - V. Exª não tem obrigação de saber inglês. V. Exª tem a obrigação de falar, porque foi esse o mandato que o povo lhe deu. Acho mesmo que, por sinal, o esforço que V. Exª faz é brilhante. O mais importante é o conteúdo e não a forma como a fonética chegou aos nossos ouvidos. Todos entenderam, mesmo nós que rimos.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Falei tão mal assim?

            O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro. Bloco/PT - BA) - Falou tão bem que, como eu disse, todos nós entendemos.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Até quem não sabe, ou quem sabe menos do que eu entendeu, não é? Se eu aprender a falar inglês igual ao Joel, que foi técnico do Botafogo, está bom. Você viu o Joel falando inglês? Parabéns para Joel. Deu entrevista em inglês e falou desinibidamente. Eu o admiro. O Wallid me falou que, quando ele começou a lutar no exterior e começou a aprender inglês, tinha medo de aprender inglês, esquecer o português e ficar mudo. Esse não é o meu medo. Vou começar a aprender. Até paguei uma escola aqui em Brasília e perdi o dinheiro que paguei porque não fui à aula.

            Sr. Presidente, eu queria ler: “Pedofilia é ‘orientação sexual’, especialistas dizem no Parlamento do Canadá”. Olhem que desgraça essa cambada de pestes falou. Vou ler aqui um trechinho só. Não gosto de ler nada na tribuna porque não gosto de falar de cabeça baixa, mas vou ler.

            O Dr. [o nome do cara é em inglês, vou ler e vejam se está certo aí] -Vernon e o Dr. Hubert, especialistas na questão, foram chamados para dar testemunho. A gente, quando dá testemunho, está dando da vida da gente. Não sei se a palavra está errada:

Quando falamos de terapia ou quando indivíduos recebem terapia e sentimos como se todos tivessem sido apaziguados, a boa notícia é muitas vezes ilusória, [disse o especialista], psicólogo e professor aposentado da Universidade de Montreal.

Os pedófilos não são simplesmente pessoas que cometem um pequeno delito de tempos em tempos. Pelo contrário, eles têm conflitos com o que equivale a uma orientação sexual exatamente como outro indivíduo pode estar em conflito com a heterossexualidade ou até mesmo a homossexualidade’, frisou [o doutor].

‘Os verdadeiros pedófilos têm preferência exclusiva por crianças, o que é a mesma coisa como ter uma orientação sexual. Não se pode mudar a orientação sexual de uma pessoa.

            Olha só que mensagem subliminar! É gente trabalhando, ao redor do mundo, para tentar formar uma consciência de que é normal e perfeitamente aceitável, Senador Jayme Campos, um desgraçado desses, do alto da sua tara sexual, do alto da sua necessidade de realização de prazer individual, cortejar uma criança, cortejar a família, esquematizar um crime, trabalhar cinco, seis meses, um ano até atrair uma criança para poder buliná-la ou, em seguida, ter com ela uma conjunção carnal, sem se importar com a idade que ela tenha! Aí me aparecem esses desgraçados, como se fossem a sabedoria do mundo, num tratamento subliminar para que isso tome o mundo e as pessoas, daqui a quinze ou vinte anos, comecem a achar que é normal essa violência sexual contra a criança.

            Eu, hoje, não viria a esta tribuna. Fui movido por ler esta reportagem, porque sei que muitas pessoas leram. Como já apareceram fakes na Internet, já apareceram e-mails sem assinatura a respeito do advento do Rio de Janeiro, do assassinato das crianças do Rio, Senador Walter Pinheiro: indivíduos louvando a atitude do assassino das crianças, dizendo que ele é um puro, que ele é um santo que ajudou a purificar o Rio de Janeiro! E fazem algumas colocações.

            Por isso, Senador, é que o meu projeto, que está na CCJ para ser votado, Senador Paim, que criminaliza e faz com que, com urgência, a Polícia Federal chegue a esses fakes, a esses e-mails, a esses twitters, a esses facebooks da vida, a esses sites de relacionamentos, Orkut ou sejam quais forem. E eu tive o prazer de quebrar o sigilo do Orkut, Senadora, de abrir e mostrar a lama do mundo para o universo a partir do nosso País, no abuso de criança. Que haja a criminalização porque o indivíduo precisa assumir aquilo que fala, porque a Internet não pode ser terra de ninguém!

            Não sei quantos de vocês leram, viram a louvação de indivíduos ao assassinato e defendendo esse assassino, que, de maneira fria, destruiu sonhos, avassalou sofrimentos, acumulou lágrimas e dor no coração deste País e, de forma muito especial, no coração dessas mães.

            Agora, ele só tinha vinte anos. Imaginem se ele tivesse três anos a menos, se ele tivesse 17 anos: iria ter muito mais gente defendendo ele! Um homem de 17 anos que mata, que estupra, que sequestra, que chega à porta de um banco, põe um 38 na cabeça de um aposentado e diz: “Perdeu, vagabundo!”

            Que pega um empresário, tranca-o no banheiro de sua empresa, um homem que gera quinhentos, seiscentos empregos, empresas familiares como o que aconteceu com o dono da Schincariol em Itu. Tenho tudo contra bebida em minha vida, mas aquele homem não merecia ser assassinado como foi. Depois, a polícia põe a mão nele, e ele diz: “Tira a mão de mim, que eu sou menor, conheço o meu direito”. Direito uma ova! Quem comete crime tem que responder pelo crime que cometeu.

            Senador Paim, por mais que quem milite a favor dos direitos humanos sempre faça essa defesa, há que entender hoje que nós não estamos vivendo mais no País de Alice, não estamos no Fantástico Mundo de Bob. A violência deste País nós não sabemos aonde vai chegar.

            “Ah, mas redução da maioridade penal resolve?” Não. É um motor, é uma engrenagem, mas é uma roda dentada da engrenagem. Faz parte, porque 17 anos não é criança. Já tive 17 anos e eu era homem. Eu tinha 16 anos e era homem. Com dezesseis anos, os reflexos estão prontos, pode engravidar, pode gerar filhos, pode votar.

            Aliás, tenho um outro projeto, Senador Pinheiro, que dá direito a um menino de 16 anos, um homem, tirar carteira de motorista. Os reflexos dele estão prontos. Ele pode entrar na faculdade, por que não pode dirigir? Ele pode votar, por que não pode dirigir? Isso é hipocrisia. Hipocrisia!

            Então, precisamos urgentemente reduzir a maioridade penal neste País. Estou entrando na CCJ, pedindo que votemos um plebiscito no País, se possível junto com o das armas, do desarmamento.

            E parabéns ao Ministro da Justiça, parabéns a José Eduardo Cardozo, parabéns a nossa Presidente Dilma, porque precisamos realmente consultar sobre desarmamento. É um outro instrumento importante no combate à violência neste País. Precisamos sair dessa hipocrisia, precisamos discutir realmente acostamentos. Precisamos discutir com o povo que vive no campo, as pessoas que precisam da arma.

            Sabe o que acontece hoje, Senador Valadares? O tráfico de drogas está pegando seus soldados e colocando-os para fazer cursos de vigilante. Paga o curso. Ele sai com a carteira de vigilante e a arma. Quando ele arruma um emprego, some do emprego e entrega a arma para o tráfico e o porte também.

            É preciso que tomemos providências. Nós não estamos no Fantástico Mundo de Bob. Então, está certa a Presidente Dilma, está certo o Ministro José Eduardo Cardozo. Aliás, quero louvar o José Eduardo Cardozo que atende a gente. A gente pede, e ele atende na hora; telefonou, ele atende; pede uma audiência...Tem tido audiências com a Frente da Família, com o nosso núcleo da Frente da Família, nos convidou para discutir a campanha do desarmamento, Senador Pinheiro.

            Parabéns para ele e parabéns para o Padilha. O Padilha é outro, ele não atende quando você telefona, se ele sonhar que você telefonou, ele já atendeu. E esses Ministros são preguiçosos, tanto o José Eduardo Cardozo quanto o Padilha, esses dois não trabalham porque têm tempo de atender a Senador; os outros não atendem porque trabalham demais, porque só eles que trabalham.

            O S. Palocci mesmo. Eu tenho saudade do Palocci da campanha, Pinheiro, que ligava para você dez vezes por dia. Não quero nem falar de mim, que não sou do PT, mas eu estava do seu lado. Ele ligava para você, ficava nesta lambeção: ajuda, pelo amor de Deus. Quando o Serra empatou tecnicamente, então, meu Deus, hein? E foi esta besta aqui que ficou 26 dias dentro de um jato, sem dormir, sem comer, falando dez vezes por dia. E ele era o maior amigo. E eu fui amigo dele também nos maiores sofrimentos da vida dele, sabia, Senador Pinheiro? Quando ele passou aquelas dores, eu até orava por ele. Ele ligava, eu atendia. Mas hoje, tudo passou. Ele está encastelado. Ele é o próprio poder. Ele não respeita ninguém.

            Ele não atende telefonema de líder de partido, eu sou líder de um Partido de seis Senadores. Isso é uma vergonha! Os Senadores do meu Partido querem falar com o Ministro da Casa Civil, ele não dá retorno. Ora, ninguém aqui foi nomeado, isso aqui não tem cargo de nomeação do Governo Federal. Eu fui eleito pelo meu Estado. Eu fui trazido pelo voto de um povo que acredita em mim e que tem interesse nos seus interesses, como a minha Bancada, como o Senador Vicentinho, como o Blairo Maggi. Mas ele atende a oposição. O Senador de Minas mesmo ele não atende, que é da base do Governo da Dilma, que votou o tal trem- bala ontem, mas o outro lá, que tem um sobrenome importante, ele atende todo o dia. Ô, Dr. Palocci, me engana que eu gosto. Eu adoro ser enganado. Mamãe me acode

            E o outro, Gilberto Carvalho, esse que é engraçado. Esse é engraçado, esse é um brincalhão. Não falei para você, Pinheiro, naquela reunião do segundo turno? Eu falei esse aí é um brincalhão. Quando está precisando, ele fica todo humildezinho. Não falei com o senhor: “Mas deixa a eleição acabar que você vai ver”. Ele não atende você, que é do PT, vai me atender? Gilberto Carvalho, me engana que eu gosto.

            Adoro ser enganado, Senador Paim. Paim deve ser atendido para caramba lá. 

            Paim deu uma risada, não sei nem de quê.

            Mas, Ministro Palocci, a roda gira, hein, Ministro. Gilberto Carvalho, a roda gira. Um dia, as pessoas se cansam. E eu quero dizer ao Sr. Ministro Palocci, ao Sr. Gilberto Carvalho, que eu sou o tradutor do sentimento da maioria dos Senadores que são da base deste Governo. Adoro minha Presidente, o respeito que ela tem, quero até louvar a atitude do Luiz Sérgio, que tem sido um grande Ministro. Mas eu vou pedir para Humberto Costa marcar, e ele fala assim: “Não, rapaz, já cansei de falar, eles não dão atenção”.

            Se não dão atenção para o cara que é o Líder do Governo, vão dar atenção para mim, um pé rapado, do interior da Bahia, filho de Dada, faxineira? Vão dar, Pinheiro, vão?

            Ministro Palocci, a roda gira. A roda gira, Ministro.

            Até perdi meu tempo falando nisso, até perdi onde eu estava.

            Senador Pinheiro, nós precisamos fazer uma grande cruzada, e a cruzada é o meu pedido à CCJ para uma consulta, um plebiscito se o povo do Brasil, se o povo deste País, quer ou não quer redução da maioridade penal.

            Eu lhe antecipo esse plebiscito. A maioria absoluta, mais de 80%, quer, porque ninguém suporta ter uma filha abusada por um homem de 17 anos, ter a casa invadida por um homem de 16 anos, de 15 anos, ninguém suporta ser assaltado no banco, no ponto do ônibus. Uma mulher que trabalha, que paga um telefone celular à prestação, que o comprou para um filho levá-lo para a faculdade, mães que trabalham com dificuldade, pais que com dificuldade compraram um celular, deram de presente a um filho no dia do aniversário, o homem de 17 anos chega, com arma na mão e diz: “Perdeu, vagabundo!” E a Polícia põe a mão nele, e ele diz: “Não, tira a mão de mim que eu sou menor!” Menor, é? Até porque sabe que tem quem o proteja. Sabe que tem quem o proteja.

            Eu tenho saída para isso. E aqueles que viajam na maionese, quando falam em redução da maioridade penal, dizem: “Não, é porque tem que pegar uma criança e levar para Bangu I”. Criança? Eu não estou falando que tem que levar essa criança para Bangu I, não. Até porque o cara que está em Bangu I é que tem medo dessa criança, o cara que está lá tem medo desse menino, tem medo de ficar igual a esse menino, de tão ruim que ele é.

            A minha proposta são centros de treinamento, com a presença do Senai, do Cefet, que os pais, monitorados, entrem na sexta-feira, saiam na segunda, e que haja um trabalho esportivo no sentido de se descobrir talentos. E que eles sejam preparados para ser atletas de alta resolução para fazer competições em nome do País e ser reintegrados à sociedade de forma digna. Não estou falando nem de Febem, nem de Iesbem, não estou falando de nada dessas desgraças, eu estou falando realmente de reintegração.

            Eu prossigo, Senador Paim. Estive com o Ministro e hoje eu estive com o nosso Conselho, Senador Jayme Campos. V. Exª faz parte da Frente da Família, o Senador Paim também assinou a Frente da Família. A Frente da Família é para fazer enfrentamento a quê? A aborto. Fazer enfrentamento a quê? A droga. Tratar de prevenção. Fazer enfrentamento a quê? Ao álcool, porque o problema do Brasil não é o crack não. Eu até respeito esse negócio de frente contra o crack. Amanhã vamos ter que fazer uma frente contra a maconha, contra a merla, contra a brita, que é uma droga nova, até pior do que o crack. A farinha do crack, agora, misturada com a maconha, chama-se brita. Tem que fazer uma frente para a brita, não é? Para outras drogas que estão vindo aí.

            Nós precisamos discutir é o vício no Brasil, porque o País é hipócrita. O problema do Brasil não é cocaína, também não é crack. O problema do Brasil é o álcool. Um país de bêbados, que põem o dedo na cara da polícia e dos políticos, que querem que nós resolvamos aquilo que tem que ser resolvido em casa, porque casa de pai é escola de filho, quem tem que criar filho é pai e mãe, não é político nem polícia.

            Essa Frente da Família, para fazer enfrentamento, e preservar a família, respeitando as pessoas, é claro, discutir infanticídio, discutir este famigerado PL nº 122, que trata da questão da homofobia. Eu não sou homofóbico, rejeito isso, precisamos respeitar as pessoas. A Frente da Família não é homofóbica.

            Aliás, eu quero avisar que a Frente da Família tem mais de 70 Senadores e mais de 480 Deputados Federais, avisando que nada que vier tentar corroer princípios de família vai ter sucesso conosco.

            Senador Pinheiro, o conselho esteve, hoje, lá no Ministério da Saúde, tratando com o ministro da questão da Campanha do Câncer de Mama. Aliás, o Wallid Ismail me deu a notícia, hoje, que o Jungle Fight, ao vivo, pelo SporTV, pelo Premiere Combate, no dia 21, vai tratar também da questão do câncer de mama, orientando as pessoas que estão vendo o evento. Vejam, um evento de luta, falando com as mulheres do Brasil.

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - E eu acho que isso é dever de todos nós. Façamos nossa parte.

            Eu encerro, dizendo que falei com o Governador de Mato Grosso, hoje - terra do Senador e ex-Governador Jayme Campos. Fiz uma louvação ao esforço da sociedade - certamente aqueles que aqui vieram comandados por V. Exª, Senador Jayme Campos, quando da morte do menino Kaytto, que tem seu nome cunhado na lei do rastreamento eletrônico, essa criança que foi violentada e morta, aos 9 anos de idade, de uma forma covarde. E como seu Estado reagiu a isso, a sua população... E digo a V. Exª, como Presidente da CPI da Pedofilia e que cruzou este País, que foi o Estado que mais e melhor reação teve no combate e enfrentamento a esse tipo de abuso contra as crianças do Brasil.

            Recebi V. Exª mais de três vezes em meu gabinete, com lideranças de seu Estado. Fui a seu Estado e vi a movimentação, Senador Paim. Fui a uma solenidade, que tive de desmarcar, porque eu não sabia o que era, mas fui levado na marra. Mas era para eu presenciar o Governador entregando 158 carros a 158 Conselhos Tutelares. Ação de governo que deveria ter sido de governos municipais, mas foi feito pelo governo estadual, numa visão de que nós, realmente, precisamos tratar os Conselhos Tutelares, as ONGs e aqueles que querem fazer a proteção das crianças no Brasil.

            Encerro meu pronunciamento, dizendo que a Frente da Família, dia 27, Senador Pinheiro... Traga Ana, sua esposa... Ana, está me ouvindo? Será dia 27, porque Pinheiro é esquecido.

            O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro. Bloco/PT - BA) - Se eu fosse esquecido, eu não tinha uma Ana, rapaz.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Mas você só não é esquecido porque tem a Ana.

            Jayme Campos, trazer a esposa, dia 27. Paim, ouviu? Lançamento da Frente da Família. Nós teremos atletas, artistas, bispos católicos, evangélicos, espíritas, religiões afros, que integram a Frente da Família, porque esse não é um debate de um segmento religioso, mas o debate da família que quer enfrentar as mazelas e todos os tipos de torpedeamento contra a família brasileira.

            Muito obrigado, Sr. Presidente, pela benevolência.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2011 - Página 11466