O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, registro ante o Plenário o lançamento de uma publicação da maior relevância. Trata-se do volume Balança Comercial Brasileira - Dados Consolidados, publicado pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

            É digno de nota que um libreto de dimensões tão reduzidas - apenas 36 páginas, no total - consiga trazer um diagnóstico tão completo e significativo dos principais agregados da nossa Balança Comercial, tanto do lado das exportações, quanto do das importações.

            Mais importante que isso, entretanto, é registrar a profusão de boas notícias que o ano de 2010 produziu para a economia nacional, no que diz respeito ao setor do comércio exterior. Permitam-me, portanto, expor uma breve seleção das informações divulgadas, todas as quais - tenho certeza! - terão muito boa repercussão junto ao Plenário. Estou certo, com efeito, que elas nos permitirão corrigir determinados pontos de vista pessimistas que, certamente à míngua de dados mais qualificados, temos visto prosperar, ultimamente, no calor do debate.

            Em 2010, o comércio brasileiro registrou recorde absoluto no total das suas transações externas: 384 bilhões de dólares, num forte crescimento de quase 37% sobre 2009. Compondo esse total, temos as exportações, com variação positiva de 32%, e as importações, com aumento de 42%, no mesmo período.

            Bastaria a expressividade desses números para evidenciar a nítida recuperação das vendas externas brasileiras, e a total recuperação de nossa economia, que superou definitivamente os efeitos negativos da crise econômica global de 2009.

            Há mais, porém, nos avanços feitos em relação à qualidade da nossa pauta de vendas ao estrangeiro.

            De fato, em relação a 2009, enquanto as vendas de produtos básicos iam bem, crescendo 45%, a de semimanufaturados e de manufaturados também se ampliava, à base de 37% e 18%, respectivamente. Com isso, o grupo dos produtos industrializados respondeu por mais da metade do total exportado pelo Brasil no ano passado, ou seja, por quase 56%.

            Também existe um dado que, à primeira vista, até poderia ensejar interpretação menos positiva acerca do desempenho de nosso balanço de trocas. É que as importações cresceram mais que as exportações, trazendo redução de cerca de 20% entre os saldos apurados nos dois exercícios que aqui comparamos, muito embora o de 2010, mesmo assim, se mantivesse positivo, na casa dos 20 bilhões de dólares.

            Mas a verdade é que perto de 23% de tudo o que importamos pertencem ao grupo de bens de capital - ou seja, de bens intrinsecamente vinculados à atividade produtiva. Isso significa que a indústria está se reequipando e está crescendo, abrindo um horizonte favorável ao desempenho da economia, nos próximos anos.

            Com isso em mente, posso afirmar que o crescimento das importações passa a retratar, muito ao contrário do que se poderia pensar, um aspecto verdadeiramente positivo e saudável do fluxo comercial brasileiro.

            Parabenizo, portanto, a todas as empresas, a todas as associações setoriais e a todos os trabalhadores que, com seu inesgotável esforço empreendedor e sua incansável dedicação laboral, fazem do Brasil uma nação cada vez mais forte no comércio mundial.

            Congratulo-me, também - na figura do Ministro Fernando Pimentel, titular do MDIC -, com as todas as autoridades públicas vinculadas ao setor de comércio exterior, pelo grande trabalho que vem fazendo no desafio de dinamizar as trocas comerciais brasileiras com as demais nações.

            Era o que tinha a dizer no momento, Sr. Presidente. Muito obrigado pela atenção.

            O SR. PRESIDENTE (Pedro Taques. Bloco/PDT - MT) - Nada mais havendo a tratar, a Presidência vai encerrar os trabalhos, lembrando às Srªs e aos Srs. Senadores que constará da próxima sessão deliberativa ordinária, a realizar-se amanhã às 14 horas, a seguinte:

ORDEM DO DIA

            [Entra aqui a Ordem do Dia de 04/05/2011, enviada à Seep pela SGM, para confecção de avulsos.]

Modelo1 5/3/247:15