A SRª GLEISI HOFFMANN (Bloco/PT - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Bom-dia a todos e a todas. Quero aqui fazer uma saudação mesmo, primeiro, ao Senador Lindbergh por esta sessão homenageando a nossa Universidade Federal do Rio de Janeiro. Não é porque eu não sou carioca que também não me sinto pertencer a essa instituição.

            Saúdo o Senador Cristovam, por quem tenho grande admiração. Eu sempre digo que ele é o nosso condutor da utopia educacional. Utopia não no sentido do inatingível, mas daquela linha no horizonte que, a cada passo que avançamos, nos convida a avançar mais. E o Senador Cristovam tem feito nesta Casa exatamente esse papel, chamando a atenção para que comemoremos avanços mas não nos esqueçamos de que temos de avançar cada vez mais na área educacional.

            Saúdo o Reitor Ricardo Miranda, que hoje está aqui representando toda a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na pessoa de quem quero saudar todos os docentes, professores, alunos dessa Universidade e parabenizá-los pelos cem anos - controversos, é claro, porque eu vou defender aqui que a mais antiga é a Universidade Federal do Paraná.

            Eu estava até brincando, porque quando vocês falavam da beleza do campus, eu disse: é impossível um campus ser mais bonito do que o campus sede da Universidade Federal do Paraná, que é muito bonito também. Mas essa é uma concorrência boa!

            Quero saudar também o nosso Reitor da Universidade de Brasília, Sr. José Geraldo. É um prazer tê-lo aqui.

            Sentimos muito orgulho de participar de uma sessão como esta, que mostra que temos instituições sólidas em nosso País. Apesar de todas as dificuldades, de todos os problemas, no decorrer da história, são instituições que se firmaram e que são referência na educação brasileira. Então eu fico feliz com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a Universidade Federal do Paraná, com a Universidade de Brasília, enfim, com todas as instituições federais de ensino. Nós sentimos muito orgulho.

            E, como disse o Senador Cristovam, avançamos muito nesse período e devemos avançar mais, com certeza.

            O Governo do Presidente Lula foi um governo de marco no fortalecimento das instituições federais de ensino. Aliás, no conjunto da educação. Saímos de um orçamento de R$24 bilhões do MEC para um orçamento de quase R$60 bilhões em 2010. Isso mostra a importância que o governo deu à área educacional. Foi o orçamento que mais cresceu em relação a todos os orçamentos da União, inclusive o das universidades, que, se compararmos 2010 a 2005, teve quase 120% de aumento.

            Claro que precisamos mais. Mas eu acho que isso mostra a vontade que teve o Governo do Presidente Lula, como ele sempre dizia, um homem sem ensino superior, de investir naquilo que faz o diferencial do desenvolvimento do nosso País. Então, isso é muito legal.

            E fiquei muito feliz porque o primeiro pronunciamento da Presidenta Dilma, em cadeia de rádio e TV, foi sobre a educação, saudando a volta às aulas e colocando a educação como o centro do seu mandato. Isso faz muita diferença e toda a importância.

            Então, é claro que comemoramos os 14 novos campi que tivemos em todo o País. Só no Paraná, Senador Lindbergh, ficamos com a gloriosa Universidade Federal do Paraná por quase 90 anos sendo a única instituição federal de ensino no Estado. No Governo do Presidente Lula, conquistamos mais três universidades: a Universidade Federal Tecnológica, a Universidade Federal da Fronteira Sul, campus interiorizado, e a Unila - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, cujo campus estamos inaugurando agora. É a primeira universidade que o Brasil faz em cooperação com a América Latina. Cinquenta por cento das suas vagas são para estudantes latino-americanos. Isso é muito importante também para o nosso Estado e para o nosso País.

            São 128 novos campi de universidades federais em todo o País, com interiorização, contratação de professores, valorização. O Reuni é um grande programa que trouxe às nossas universidades a importância que elas precisavam ter. E o MEC disse que chegaremos a 2012 com mais de um milhão de alunos nas universidades federais. Isto também é de grande impacto.

            É óbvio que nós precisamos de mais. Como disse o Senador Cristovam, temos um País em pleno desenvolvimento, temos carência de profissionais. E, com certeza, são as nossas universidades os celeiros de formação e capacitação. E aí é investir na educação não em partes, mas como um processo, ou seja, a educação é processo. É da pré-escola, da creche à universidade.

            Ficamos muito felizes de termos também um programa que pretende, até 2014, universalizar as creches, universalizar a educação infantil, ou seja, toda a demanda de educação infantil será coberta neste País. Se conseguirmos isso, com certeza, o impacto na universidade, que é a ponta, tanto na graduação quanto na pós-graduação, vai ser muito diferente do que vivenciamos até agora.

            Então, vim aqui para parabenizar, para felicitar e para dizer que ficamos muito felizes de participar de uma sessão como esta, porque evidencia os valores que nós temos na educação brasileira.

            Parabenizo os reitores, todo o corpo docente e de trabalhadores, porque quem faz o dia a dia das nossas universidades são vocês, com todos os problemas e desafios que acontecem lá.

            Queremos estar aqui à disposição. O Senador Lindbergh pode contar comigo nessa luta da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre o centro de tratamento de resíduos em cima do Aquífero, que é muito preocupante. Vamos, com certeza, ter essa situação como objeto de debate nosso aqui no Senado da República.

            Então, parabéns! Que possamos comemorar aqui muitos e muitos anos de vida das nossas universidades.

            Muito obrigada. (Palmas.)

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