Discurso durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca de matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense, no último dia 11, intitulada "Ineficiência engole o Governo Dilma". (como Líder)

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Comentários acerca de matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense, no último dia 11, intitulada "Ineficiência engole o Governo Dilma". (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 18/05/2011 - Página 16802
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), DENUNCIA, INEFICACIA, GOVERNO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CRITICA, ORADOR, EXCESSO, CORRUPÇÃO, FATO, PREJUIZO, BRASILEIROS.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª. Presidenta Vanessa, meus nobres Senadores que nesta tarde me escutam: domingo, 11 de maio de 2010, Correio Braziliense, Caderno de Economia: “Ineficiência engole o Governo Dilma”

            Peço à TV Senado que mostre ao Brasil.

            Passaram-se cinco meses do Governo Dilma. Eu esperava falar sobre este assunto depois de um ano; mas os escândalos de corrupção invadem o Governo. Ontem, falei sobre o escândalo Palocci.

            Hoje me deparo com as notícias de que o Presidente da Vale - ainda presidente da Vale porque deixa o cargo na sexta-feira - encaminhou fortunas de royalties às prefeituras do PT, uma delas citada, a Prefeitura de Parauapebas, no Estado do Pará, quase um bilhão. E esse dinheiro não foi aplicado para a sociedade, como devia ser, daquele Município do Estado do Pará.

            Os escândalos e a ineficiência do Governo nos levam a uma grande preocupação, Brasil. Quando aqui o PSDB defendeu o salário mínimo de R$600,00, o Plenário deste Senado achou conveniente obedecer à orientação da Presidenta e aprovou o salário de R$545,00.

            Os aposentados deste País vivem numa situação caótica, e os membros do PT, do governo do PT, vivem a tirar o dinheiro do contribuinte brasileiro.

            Palocci, aquele Palocci que se cobria de fiel ao povo do Brasil, aquele Palocci que se vestia de honesto... Aliás, Brasil, não é de hoje que falo nesta tribuna, não é de hoje que digo, nesta tribuna, que o brasileiro paga através dos seus impostos, que este ano o brasileiro vai pagar mais de um trilhão - um dos maiores do mundo -, arrecadado do bolso do pobre brasileiro, que não tem estrada, não tem saúde, não tem educação, não tem segurança nas ruas.

            E ele paga para que aqueles homens do PT possam tirar dele os benefícios a que eles tinham direito. Mas nada acontece. Absolutamente nada acontece com nenhum deles, Brasil. O que mais causa indignação é que nada acontece com nenhum deles. Do Waldomiro para cá, o que aconteceu? Diga-me, Brasil, quem, pelo menos, passou perto da porta de uma cadeia? Aponte-me um, Brasil! De outros partidos eu aponto: Arruda...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - E o povo brasileiro assiste estarrecido, sem nada poder fazer. Diga-me, Brasil, se este Poder tem o poder de fiscalizar o governo. Diga-me, Brasil, qual foi a CPI, instrumento da minoria para fiscalizar o governo que teve sucesso aqui nesta Casa. O que vimos senão os governistas arquivarem as CPIs, rasgarem as CPIs por ordem do Presidente e da Presidenta? Diga-me, Brasil, que poder temos de fiscalizar o governo, se este Senado se dobra?

(Interrupção do som.)

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco/PCdoB - AM) - Senador Mário Couto, V. Exª terá mais um minuto para concluir.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Até isso, minha Senadora querida.

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco/PCdoB - AM) - Senador Mário Couto, estou apenas cumprindo o que V. Exª pediu.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Até a palavra, até a voz daqueles que falam a verdade querem cercear. Até isso, minha nobre Presidenta. Parece que há uma intenção de não deixar a oposição falar aqui neste Senado. É triste, Brasil.

            Peço a Cristo, minha nobre Senadora, que proteja este País.

            Peço a Deus, minha nobre Senadora, que proteja este Senado, porque daqui a pouco este Senador e outros que fazem oposição não terão mais voz aqui...

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco/PCdoB - AM) - Não estou cortando o som de V. Exª. É que o seu tempo expirou.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Desço desta tribuna, Brasil... Não queria fazer isso e sei que muitos antes de mim falaram muito fora do tempo e falam fora do tempo. Quando sobe um Senador para falar a verdade ao País, cortam o som dos Senadores.

            Brasil, ninguém calará esta voz, ninguém! Mesmo que cortem os meus microfones ninguém calará esta voz.

            Muito obrigado, Presidente.


Modelo1 5/5/247:30



Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/05/2011 - Página 16802