Discurso durante a 76ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem à Universidade Federal de Sergipe pelo transcurso, no último domingo, do quadragésimo terceiro aniversário de sua fundação, e outros assuntos.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. EDUCAÇÃO.:
  • Homenagem à Universidade Federal de Sergipe pelo transcurso, no último domingo, do quadragésimo terceiro aniversário de sua fundação, e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 19/05/2011 - Página 17311
Assunto
Outros > HOMENAGEM. EDUCAÇÃO.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFSE), OPORTUNIDADE, ACESSO, POPULAÇÃO, ENSINO SUPERIOR, EXPECTATIVA, EXPANSÃO, MUNICIPIO, ESTANCIA (SE), NOSSA SENHORA DA GLORIA (SE), PROPRIA (SE), ESTADO DE SERGIPE (SE).
  • REGISTRO, DIA NACIONAL, COMBATE, EXPLORAÇÃO SEXUAL, MENOR, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, EDUCAÇÃO, MOBILIZAÇÃO, POPULAÇÃO, ERRADICAÇÃO, CRIME.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Antes de começar o meu discurso, Sr. Presidente, gostaria de consignar o meu voto “sim” às indicações de embaixadores votadas hoje, e também à indicação da Drª Vera Zaverucha para a Ancine, tendo em vista de, no momento das votações, eu estar em audiência no Palácio do Planalto.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, venho hoje a esta tribuna para prestar minha homenagem e o meu sincero agradecimento, com muita honra e gratidão, à Universidade Federal de Sergipe, que este mês, exatamente domingo passado, comemorou 43 anos de existência.

            A Universidade Federal de Sergipe foi idealizada e organizada por autoridades sergipanas, como Dom Luciano Duarte, nosso ex-Arcebispo, que coordenou as ações e sustentou a posição considerada polêmica à época, já que existia discussão sobre a universidade como símbolo de autarquia; o professor Cabral Machado, o advogado Moreira Filho, o então secretário de educação Luís Rabelo Filho e, ainda, os primeiros membros do Conselho Estadual de Educação e os diretores das seis faculdades existentes à época. Pessoas que trabalharam incansavelmente para conquistar o direito a uma universidade.

            Em Sergipe, o ensino superior teve início em 1950, quando começaram a funcionar a Faculdade de Ciências Econômicas e a Escola de Química de Sergipe, ambas pertencentes ao governo do Estado. Em 1951, a Faculdade de Direto e a Faculdade Católica de Filosofia iniciaram suas atividades. A Escola de Serviço Social entrou em funcionamento em 1954 e, Sr. Presidente, em 1961, teve início a Faculdade de Medicina, que este ano completou orgulhosamente 50 anos. Essas quatro últimas escolas superiores originaram-se de iniciativas de entidades particulares.

            Esse foi um dos argumentos usados em setembro de 1965, em plena ditadura militar, para justificar o requerimento de uma universidade para o Estado. O segundo argumento citado foi o de que Sergipe era o único Estado em todo o Nordeste brasileiro, desde a Bahia até o Ceará, por exemplo, que não dispunha, ainda, de uma universidade.

            No dia 15 de maio de 1968, há exatos 43 anos, Sergipe celebrava um marco na sua história, a inauguração da Universidade Federal de Sergipe. A historiadora Terezinha Oliva nos conta, através de matéria publicada no portal de notícias Infonet, que “1% da população de Aracaju compareceu à solenidade e que este foi um momento especial, que mudaria os rumos da história sergipana sob a ótica cultural, econômica, política e social”. E, de fato, a universidade tem contribuído, desde a sua fundação, para o desenvolvimento do Estado como um todo.

            Pessoalmente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, tenho muito orgulho de ter sido um desses alunos da então importante instituição de ensino do meu Estado, a UFS. Em 1983, passei no vestibular para cursar Medicina e lá concluí meus estudos em 1989.

            Atualmente, a Universidade Federal de Sergipe passa por uma modificação não apenas física, mas de posicionamento, tornando-se uma instituição voltada sobretudo para a inclusão. Seu atual reitor, o Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Sobrinho, cita três momentos históricos da UFS: a sua inauguração, o primeiro momento; a construção da cidade universitária; e o atual momento, que é a sua reestruturação e expansão.

            Atualmente, a Universidade Federal de Sergipe conta com cinco campi em pleno funcionamento: a Cidade Universitária, onde funciona a maioria das unidades administrativas e acadêmicas da UFS; o Campus da Saúde; o Campus de Itabaiana; o Campus de Laranjeiras; e o Campus de Lagarto, recentemente inaugurado.

            Ao todo, são oferecidas 5.260 vagas em 102 cursos de graduação para todos os campi da universidade, além dos programas de pós-graduação, graduação a distância, extensão e treinamento de pessoal.

            Lembro-me, Sr. Presidente, de que, no dia 15 de março de 2006, quando o então Presidente Lula esteve em Itabaiana, minha terra natal, para lançar simbolicamente a pedra fundamental do campus da Universidade Federal de Sergipe no nosso Município, encerrou seu discurso sobre educação dizendo o seguinte: “cada tijolo a mais em uma escola significa um tijolo a menos em uma cadeia”.

            Srs. Senadores, compartilho dessa afirmação do Presidente Lula e acredito que o programa de expansão e interiorização das instituições federais de ensino superior é de extrema importância para o nosso País. Sonho em ver mais três campi da nossa UFS, esses instalados nos Municípios de Estância, Nossa Senhora da Glória e Propriá, e, dessa maneira, oferecer aos jovens de todo o Estado as mesmas possibilidades de acesso à educação de nível superior.

            Isso requer, Sr. Presidente, muita luta, mas espero contar com a sensibilidade do Ministro da Educação e da nossa Presidente Dilma Rousseff.

            Falando em educação, não posso deixar de mencionar que hoje é o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. E, quando menciono a educação, acredito na educação como importante ferramenta contra esse crime, que é, além de hediondo, perverso.

            Quando falo em educação, não me restrinjo à educação formal simplesmente, com escola de qualidade para crianças e adolescentes. Refiro-me à educação de uma maneira mais ampla, por intermédio de políticas públicas onde a sociedade se mobilize e participe, de forma efetiva, no enfrentamento desse crime.

            Gostaria de citar como exemplo o Programa Turismo Sustentável e Infância, que está estruturado em quatro eixos. Primeiro deles, inclusão social com capacitação profissional; segundo, formação de multiplicadores; terceiro, seminários de sensibilização e campanhas anuais de incentivo às denúncias, nos casos de exploração sexual.

            Para finalizar, Sr. Presidente, gostaria de parabenizar o Governo Federal que conta, hoje, com 13 programas de políticas públicas federais de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, envolvendo sete ministérios.

            É dever de cada um de nós, de cada cidadão brasileiro, estarmos juntos, atentos ao enfrentamento deste crime monstruoso e inadmissível, que é o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes em nosso País, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/05/2011 - Página 17311