O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco/PMDB - SC. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Senadora Marta Suplicy, Srªs e Srs. Senadores, a imprensa noticiou que o Brasil perdeu, em um ano, seis pontos na competitividade internacional. Embora oitava economia do mundo, a nossa é hoje a 44ª em competitividade na relação com as 59 economias mais avançadas do mundo. Essa é uma questão, Srªs e Srs. Senadores, para uma profunda reflexão desta Casa, da Câmara dos Deputados, do Parlamento como um todo, do Governo Federal, dos Governos Estaduais, dos Governos Municipais e da sociedade.

            Quais são os fatores que impedem o Brasil de expressar o tamanho da sua economia no grau compatível de competitividade? Os fatores são diversos. Eles estão conectados com a política cambial brasileira, com as altas taxas de juros e com a alta carga fiscal. Estão conectados também com a infraestrutura do País e, sobretudo, com a baixa produtividade nacional.

            Hoje há um conjunto de fatores que faz com que o Brasil tenha sido ultrapassado, nos últimos doze meses, por países como o México, como o Peru, como a Itália, como as Filipinas, como a Turquia, como os Emirados Árabes. Chegamos à posição, na América Latina, do quarto lugar em competitividade. Três outros países sul-americanos, à frente deles o Chile, nos ultrapassaram nesse fator.

            E esse é um problema que tem de estar no centro das discussões e dos debates desta Casa e da sociedade brasileira. Tem de ser uma preocupação diária, ou melhor, de cada minuto, de minuto a minuto, do governo.

            É preciso resolver os entraves, a competitividade da empresa nacional no concerto internacional. É preciso refletir sobre a redução da carga fiscal, da simplificação do sistema tributário, da universalização do pagamento de impostos, da descentralização, do fortalecimento dos Estados e Municípios.

            (Interrupção do som.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco/PMDB - SC) - São temas recorrentes nesta Casa, na Câmara dos Deputados e na imprensa nacional, há várias décadas.

            Agora, chegamos a um ponto crucial: não podemos adiar essas reformas, sob pena de que o Brasil perca a oportunidade de ouro que tem para se transformar em uma Nação desenvolvida e em uma das primeiras Nações do mundo.

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