Discurso durante a 82ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Indignação com denúncias de pedofilia em Lorena, no Estado de São Paulo; e outros assuntos. (como Líder)

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EXPLORAÇÃO SEXUAL. DROGA.:
  • Indignação com denúncias de pedofilia em Lorena, no Estado de São Paulo; e outros assuntos. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 26/05/2011 - Página 18743
Assunto
Outros > SENADO. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), EXPLORAÇÃO SEXUAL. DROGA.
Indexação
  • CRITICA, CONFLITO, BANCADA, GOVERNO, CONDUTA, LIDERANÇA.
  • REPUDIO, DENUNCIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL, CRIANÇA, MUNICIPIO, LORENA (SP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP), PARTICIPAÇÃO, PREFEITO.
  • SOLICITAÇÃO, PRESENÇA, SENADO, MINISTRO DE ESTADO, SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS, ESCLARECIMENTOS, DECLARAÇÃO, TENTATIVA, OMISSÃO, GRAVIDADE, PROBLEMA, DROGA, BRASIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente João Pedro que preside esta Mesa, Senador do Amazonas, amigo, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, Senador Lindbergh, sente-se ali para me ouvir, quero ser aparteado por V. Exª.

            Quero fazer o registro, Senador Pinheiro, da presença aqui da ex-deputada estadual Fátima Couzi, que foi deputada comigo, de uma família tradicional de Guaçuí, filha de um grande homem que prestou um grande serviço ao desenvolvimento regional na área de Caparaó, uma grande deputada, uma amiga querida, com quem tive o prazer de conviver na Assembléia Legislativa, tive e ainda tenho o prazer de desfrutar da sua amizade, de recebê-la no meu gabinete. Seja bem-vinda ao Senado da República, você que tanto colaborou para que eu pudesse chegar a esta Casa, com a sua família, com a sua luta, com as suas energias, me ajudando a ajudar o meu País no Senado da República.

            Senador João Pedro, eu tive a oportunidade e o privilégio de, hoje pela manhã, estar com o Presidente Lula.

            Jovem Senador Lindbergh, você está cheio de cabelos brancos, eu acho que o PT está fazendo isso com você, que é novo, simpático, para ver se... Mas é novo, é muito jovem, é o nosso libertador das ruas.

            E eu estive com o Presidente Lula hoje, foi uma satisfação ouvir essa figura importante, Senador, nobre ex-governador da Amazônia. Uma figura dócil, de origem simples e de bom trato o Presidente Lula. Infelizmente, muitos dos seus companheiros e liderados aprenderam muita coisa com ele, mas o melhor acho que não aprenderam. Acho que um grupo precisa fazer cesariana todo dia, para tirar o rei da barriga. E não aprenderam com ele a simplicidade, o trato e o respeito ao Parlamento.

            Chegamos a um momento tão ruim, momento em que está se avizinhando uma crise, que nem rosto de crise tinha, e que vai caminhando para isso por pura insatisfação com o desrespeito no trato e no relacionamento.

            Não pensem as pessoas que Senador da República é nomeação, é um CC2, um CC5. Quem te nomeou, Lindbergh?

            O Sr. Lindbergh Farias (Bloco/PT - RJ. Fora do microfone.) - O povo.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Foi? Mas tem gente que pensa que te deu a nomeação no Diário Oficial.

            E aí não trata o Senador como tal, que veio com um balaio de votos do Rio de Janeiro, reconhecimento de vida pública de um jovem que começou a sua história brigando nas ruas pela liberdade do País, um grande Prefeito.

            Está aqui o ex-governador da Amazônia, o Pinheiro, nosso grande Pinheiro, da Bahia, ninguém veio aqui e recebeu um cargo comissionado. Todo mundo é Senador. Não é Senador, João Pedro? Todo mundo é líder. O senhor está aqui com a chancela do povo da Amazônia, não é? E, aí, você pega um Ministro que se encastela e acha que é do tamanho de Deus. Ele é do tamanho de Deus: ele não atende ninguém, ele não respeita ninguém. Mas, quando o pau quebra, fica todo humilde, simples, chora, telefona. Que agenda é essa? Que agenda é essa?

            Eu quero reafirmar, Senador Lindbergh, jovem Lindbergh, eu sou da base do Governo, sou da base da Presidente Dilma, acredito nela, vivi oito anos vendo este País florescer na mão do Lula, os ventos a favor deste País e vão continuar, com fé em Deus, com fé em Deus! Por pura crença, determinação de alma, caminhei com essa Presidente e vou continuar caminhando, mas penso que esse episódio há que ensinar, Senadora Gleisi, esses Ministros vaidosos a saber tratar e a respeitar aqueles que foram eleitos pelo povo e que estão aqui o tempo inteiro defendendo este Governo com unhas e dentes.

            Nós não precisávamos estar vivendo nada disso. Nada disso, e não há que esconder. Não há mentira nisso. Há uma insatisfação na base. Todo mundo reclama, murmura, nego não fala. Meu erro é esse: eu sou linguarudo, eu falo. Nego fica chateado, e fala e está amarrado. E todo mundo falando: “Uma hora essa porcaria explode”. Então, penso que é hora de reflexão.

            Por isso que eu achei demais ouvir o Lula hoje. Eu estava com saudades dele, das suas reflexões, das suas parábolas, da sua capacidade de conciliação e de entendimento e, acima de tudo, de respeito ao Parlamento. Respeito ao Parlamento. Não há Governo bom com Parlamento fraco. Não tem Governo bom sem apoio de Parlamento.

            Por isso, penso meu querido Senador da Amazônia que esse episódio há de ensinar. E há que correr, viu Lindbergh? Ei, você é vice-líder? Corra, corra porque só faltam cinco assinaturas. Cadê o líder do Governo? Não estou vendo nenhum aqui. Já foram embora? E a oposição trabalhando igual Satanás. Os caras não estão aqui, doutor? Cadê os caras, Pinheiro?

            Ei, cinco assinaturas se arruma da noite para o dia, viu, irmão? Cadê os caras? Então, só falta eu ver chover para cima, porque de tudo eu já vi.

            Cadê os líderes? O que eles estão fazendo? Então nós vamos parar esta Casa cinco vezes, vai parar cinco vezes com uma CPI de nada? Será uma CPI do fim do mundo, de tanta invenção, do nada, de factóides, e o País vai parar. Cadê os líderes, Senador Lindbergh? Você não tem dívida nenhuma, mas, como você é do PT, eu tenho que falar é com tu.

            Rapaz, ligue para o Humberto Costa. Cadê ele? Cadê ele, Presidente João? Já é final de semana? Foram embora?

            O SR. PRESIDENTE (João Pedro. Bloco/PT - AM) - Não, está na Casa.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Deus ajude então.

            Vão atrás de Romero, pelo amor de Deus! Romero está doidinho.

            Eu sou da base do Governo. Estou do lado do Governo. Penso que não precisávamos ter chegado a lugar nenhum nem a esse ponto a que nós chegamos. E olhe que esse troço está mais perto do que longe, de uma forma desnecessária.

            Por isso que faço este registro da minha palavra, porque não aguento ficar escondendo as coisas. Meu peito dói. Eu não me sinto verdadeiro. Acho que é aqui que tem que falar, sabe? Eu não fico resmungando pelos cantos. Tem uma bancada de quatro Senadores insatisfeitos. Insatisfeitos. Olha aonde nós chegamos.

            Sr. Presidente, ontem eu vi...

            Senador Moka, meus respeitos.

            Vi o Senador Cassol fazer um pronunciamento. Seja bem-vindo ao clube! Ontem, um bom pronunciamento, com o sentimento dos justos, com a indignação dos justos, batendo nos pedófilos desgraçados, desalmados, impiedosos, que, em nome da sua tara pessoal, do alto de sua tara pessoal, do alto da sua concupiscência, da sua leviandade, abusam sexualmente de crianças.

            Eu assisti, pela televisão, ao seu discurso e quero parabenizar V. Exª, um homem que foi Governador, que conhece as mazelas... O seu sentimento, a indignação dos justos lhe fez maior, ao meu ver, no dia de ontem.

            Senador Lindbergh, eu tenho na minha mão, aqui, um documento assinado pelo Presidente da Câmara de Lorena, São Paulo, Vereador Élcio Vieira Júnior, que está sentado ali em cima. Sabe o que é isso aqui? É um documento com depoimento de crianças de 10 anos de idade abusadas sexualmente pelo prefeito.

            Vou ler uma coisinha aqui: “...tendo em vista uma denúncia de corrupção de menores envolvendo o Prefeito Paulo Neme. Que permaneceu campanando e pode visualizar vários adolescentes, uns 20, entrando na casa do prefeito e, depois de algum tempo, saindo”.

            Isso aqui é a campana da polícia.

            Veja bem: diz o adolescente. Resumo da versão: que frequenta a casa do prefeito”. Este é um: “...nesta data, ao chegar lá na casa, ele pediu que levasse a empregada” - não vou ler o nome - “embora assim dizendo: ‘você sabe dirigir? Toma a chave e leva’”. Ele deu a chave do carro oficial para um menor dirigir. “Que assim fez para fazer um favor para o prefeito, que vai até a casa do prefeito sempre, na companhia do seu pai”, que precisa ser responsabilizado porque o Estatuto da Criança e do Adolescente responsabiliza pai e mãe que facilita abuso de filhos, aliás, qualquer cafetão, qualquer cabra safado que facilita abuso de criança. “O pai sabe que ele é gay”. É um problema dele, só não pode abusar de criança. “E que frequentam aquele local 15 a 20 menores, que lá permanecem e recebem dinheiro R$10. Que entre os moleques, o papo que ‘rola’ é que o prefeito paga os adolescentes que lá freqüentam, os quais transam todos os dias com o prefeito”.

            Aqui vão seguindo os depoimentos: “O prefeito paga R$10 quando vai visitá-lo”. “Disse ainda que certa vez, no mês de março, o Prefeito Paulo Neme passou a alisar o seu peito, o seu pênis”. Um garotinho! “...e tentou segurar o seu pênis”, e, “depois, pagando R$10” e “...que o prefeito é gay”.

            Que ele seja gay. É problema dele. Acho que cada qual segue o seu caminho. Há que se respeitar a decisão de cada um. Ele não tem o direito de abusar de criança.

            Com essa documentação na minha mão, eu faço um apelo ao Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e vou oficiá-lo amanhã. E vou oficiar o delegado de Lorena e vou oficiar o delegado regional. Todas as pessoas envolvidas no depoimento aqui em seguida foram nomeados na prefeitura, alguns com o cargo de secretário, com contra-cheque acima de R$5 mil para se manterem calados diante do crime de abuso sexual cometido por esse prefeito

            Senador Lindbergh, isso me dá tanto nojo, me causa tanta indignação... E essa indignação dos justos eu não posso perder. Sabe por quê? Porque Jesus disse que quem faz a um pequenino a Ele mesmo faz. E disse que quem criança não se tornar não pode ver o reino de Deus. Todas as crianças deste planeta são filhas nossas, são netas nossas, são sobrinhas nossas. Não há que entender e não há que uma autoridade acobertar um pilantra que, por mais que ostente um cargo público, abusa de criança e fica sem punição.

            Por isso, Sr. Presidente, no caso do requerimento votado por unanimidade por seus pares afim de tomar providência em nome da honra da cidade de Lorena, vocês contem comigo. É importante ir ao Procurador-Geral de São Paulo. Eu vou oficiar a ele porque esta documentação é muito vasta. Há uma campana feita pela mídia, com vídeos, filmagens, com acompanhamento desse malandro desse pilantra, desse vagabundo abusador de criança na cidade de Lorena. Contem comigo! Posso ir à cidade. Posso ir ao Procurador e posso ir ao tribunal.

            Medo, eu o conheço de ouvir falar; nunca fui apresentado a ele. Podem contar comigo. As famílias podem contar comigo porque o lugar desse pilantra é na cadeia.

            Eu gostaria, ainda nesses cinco minutos...

            Tenho na minha mão uma entrevista muito bonita da Secretária Nacional Antidrogas.

            Quero chamar a atenção do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ministro, olhe para mim! Assessoria parlamentar, preste atenção! Ouça o que diz a Secretária Nacional Antidroga, Senador Ivo Cassol! A Secretária Nacional Antidroga num País degradado, desmoralizado pelas drogas, onde o incêndio de um ônibus, onde um 38 que mata um cidadão, onde um assaltado pobre, um aposentado na porta de um banco, onde as pessoas vivem a violência - não estamos no país de Alice nem no fantástico mundo do Bob; o Brasil é violentíssimo e o adubo são as drogas... A presidente da Secretaria Nacional Antidroga (Senad), cuja história, aliás, mostra só problemas... Fernando Henrique quando foi embora deixou a Senad com R$65,00 de orçamento. Olha que orçamentão!

            Hoje quando vejo Serra falando de droga no Blog dele - foi governador e nem resolveu o problema da Cracolândia, foi prefeito e nem resolveu o problema da Cracolândia, uma rua só! Eu fico impressionado.

            Agora a Secretária Nacional Antidrogas do Governo Dilma escreve - olha só, que desgraça: “Falar que o País vive epidemia de crack é uma grande bobagem”.

            Quem falou isso foi a Secretária Nacional Antidrogas: “Falar que [o] Brasil vive [uma] epidemia de crack é [uma grande] bobagem”. Bobagem é o que a senhora está falando! A senhora não sabe o que é que está falando!

            Emprego bom faz isso, sabia? Salário bom faz isso; nomeação boa faz isso. Vai ver que nunca colocou uma criança no colo. Nunca colocou ninguém dentro de casa. Nunca fez uma blitz à noite. Nunca estendeu a mão a ninguém. Nunca chorou a lágrima de uma mãe que tem um filho drogado. Aí fala uma bobajada dessas, sabe por quê? É técnica, é doutorado, estudou não sei onde. Sabe que esses técnicos, eles são inteligentes, que tudo o que eles fazem, se der certo eles são gênios; se der errado, foi o povo que não cooperou. Aqui foi o povo que não cooperou. Você sabe onde é que ela gasta o orçamento dela? Gastou fazendo pesquisa! Pesquisa de milhões! Para mapear, para saber para onde é que as populações estão migrando! Para onde, onde está... Ei! Ei! São Paulo tem uma rua chamada Cracolândia!

            Filma isto aqui: a fala da Secretária Nacional Antidrogas. Aqui, meu prezado Braga, é isso aqui na Amazônia? É isso aqui, João Pedro, na Amazônia? É isso aqui no Espírito Santo? Não. Eu tenho trinta anos que recupero drogados, não é isso aqui em São Paulo, não. Não é isso aqui no Rio, não. Olha o que é que ela fala. Então, nós temos saída? É só conversa fiada. É frente disso, é frente daquilo, é só discurso, só blá-blá-blá, blá-blá-blá. O dinheiro aqui já foi investido em pesquisa. Os pesquisadores receberam. E deram a ela. Conclusão: o Brasil não tem tanta droga assim, não. Não estão fumando tanto assim, não. É bobagem.

            Eu acho que ela precisa ser chamada aqui. Ser chamada aqui! Será que a base do Governo aprova, ou não, para ela vir aqui? Tem que se explicar! Secretária Nacional Antidrogas, a maior mazela deste País! Aliás, é um País de bêbado, um País de fumante, e quer que a polícia e a classe política resolvam o problema do crack, da maconha, da cocaína, e todo mundo só enchendo o talo de cachaça. E tem uns que nem bafômetro querem fazer! São autoridades! Saem por aí “bebos” e, na hora em que são pegos, não querem fazer bafômetro, não. É isso mesmo, doutor! Ninguém é melhor que ninguém, não. O sobrenome de um é igual ao meu. Se o cara me pedir para fazer bafômetro, eu faço na hora, eu não bebo. Não bebo, não ando de olho vermelho. E depois? E depois? A sociedade vai acreditar em quê?

            Essa declaração, Senador Lindbergh, posso fazer um pedido a V. Exª, que é vice-líder do Governo? Isso aqui precisa de uma explicação. Aqui tem uma matéria toda, uma entrevista. Ela é a Secretária Nacional Antidroga! Aonde vai a esperança?

            Essa Senad é para propor política pública preventivas para o País. Essa secretaria foi criada com esse propósito no governo Fernando Henrique. Ele fez um discurso na ONU dizendo que erradicaria as drogas em 10 anos! Primeiro, errou porque não seria Presidente por 10 anos. Segundo, foi embora e largou um orçamento de R$65,00. Terceiro, agora, é que ele faz palestra dizendo que tem de legalizar a droga no Brasil. Nem conhece o País que governou.

            Legalizar droga? É bonito! Eu sei que vai chegar o dia, Presidente Fernando Henrique, para se legalizar a droga. Vai chegar. Sabe qual é o dia? O dia em que alguém falar a ele que o piloto do avião que vai levar o senhor para Sorbonne, para fazer aquela palestra - o senhor é um intelectual - o piloto é viciado em cocaína. Se ele embarcar, essa é a hora de poder legalizar as drogas. A netinha do senhor está indo para a escola? O motorista da van é maconheiro. Se ele achar isso bonito, é a hora para se legalizar.

            Secretária Nacional Antidroga, que vergonha!

            Peço ao nosso querido Ministro José Eduardo Cardozo que chame ela às falas. Eu vou entrar com um requerimento amanhã, convocando-a na Comissão de Direitos Humanos para que ela possa explicar esta aberração. E que traga dados verdadeiros. Ela não conhece nada. Quem fala isso não conhece nada.

            Senador João Pedro, eu tenho 30 anos que recupero drogados. As minhas filhas nasciam nos braços dos drogados. É minha militância, é a minha vida. É o que sei respirar. Quando escuto isso aqui, eu fico ironizando porque isso dói em mim.

            Lindbergh, você foi prefeito oito anos! É isto aqui no seu Município? Claro que não é. È isso aqui em Salvador, Pinheiro? Claro que não é. Então, essa secretária tem de se explicar.

            Se a nossa Presidenta Dilma disse que iria fazer uma política de enfrentamento ao crack - o crack já está até meio velho, não é, porque o óxi já chegou e já tomou posição, já tem coisa pior -, ela está dizendo que não temos nada disso aqui no Brasil.

            Encerro o meu pronunciamento com muita tristeza ao ler uma afirmação desta, feita pela secretária. Aliás, já servia ao Governo Lula com um general por quem tenho o maior respeito, mas o general não entendia nada disso, não. Gente boa, mas não sabia nada disso. Nada, nada. Ela já servia junto com ele. Se ela era aluna dele, então, esta afirmação dela aqui não tem nada que se admirar.

            Reafirmo o meu compromisso com este Governo, com a minha Presidente. Reafirmo os meus compromissos com a base do Governo nesta Casa.

            Penso que não precisávamos viver o que nós estamos vivendo. E vamos trabalhar para que nós possamos dar dias de tranquilidade, para que a Presidente Dilma possa realizar um grande governo, dando continuidade ao governo vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva.

            Obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/05/2011 - Página 18743