Discurso durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso, em 12 do corrente, do Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. (como Líder)

Autor
Paulo Davim (PV - Partido Verde/RN)
Nome completo: Paulo Roberto Davim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Registro do transcurso, em 12 do corrente, do Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 15/06/2011 - Página 23512
Assunto
Outros > SAUDE. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • COMENTARIO, DIA, CONSCIENTIZAÇÃO, CARDIOPATIA GRAVE, DESENVOLVIMENTO, RECEM NASCIDO, DADOS, INSUFICIENCIA, RECURSOS, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), TRATAMENTO, DOENÇA.
  • REGISTRO, VISITA, ENTIDADE, ATENDIMENTO, CRIANÇA, CARDIOPATIA GRAVE, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), ELOGIO, ORADOR, TRABALHO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. PAULO DAVIM (Bloco/PV - RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no último dia 12 de junho, não foi apenas o Dia dos Namorados, foi também o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. A incidência dessas patologias é de 8 a 10 por cada mil crianças nascidas vivas. Em torno de 28.846 crianças por ano nascem com algum problema anatômico no coração; 6% delas morrem antes de completar um ano de vida; 62%, Senador Ferraço, dessas crianças não conseguem receber atendimento adequado para corrigir essa alteração anatômica no coração, ou seja, isso significa dizer que, de cada 100 crianças que nascem com cardiopatia congênita, apenas 38 recebem algum tipo de atendimento.

            Quais seriam os entraves que a gente detecta para lidar com esse tipo de problema na saúde pública do Brasil?

            Primeiro, que o Brasil dispõe de apenas 64 centros especializados para atender, corrigir e acompanhar essas patologias. No Brasil, existem 908 cirurgiões cardíacos dos quais apenas 495 atuam nas cardiopatias congênitas. Portanto, já demonstra que é um universo limitado para fazer frente, como falei há pouco, à quantidade de crianças que nascem com cardiopatia congênita por ano.

            Outro problema são os recursos do SUS, que não dispõe de recursos para fazer frente a aproximadamente 28.846 crianças que nascem por ano, para que possa adquirir próteses e órteses e pagar as equipes de cirurgia cardíaca. O Brasil não dispõe de leitos hospitalares suficientes para atender a essa demanda; não dispõe de programa de suporte de acolhimento e acompanhamento da criança e seu acompanhante e também não são todos os Municípios que dispõem de serviço de ambulatório capaz de atender a essa criança, diagnosticar esse problema e encaminhá-la. São problemas que vivenciamos no Brasil. Por isso esta estatística de que 62% das crianças não conseguem atendimento adequado a cardiopatias congênitas.

            Em Natal, no sábado passado, visitei uma casa de acolhimento para crianças com cardiopatia congênita. Essa casa faz parte da Amico, Associação dos Amigos do Coração da Criança. Um grupo de médicos cardiologistas, cirurgiões cardíacos, assistentes sociais, anestesistas e outros profissionais resolveu criar essa associação e oferecer para as crianças do Rio Grande do Norte, da capital ou do interior, serviço de cirurgia cardíaca atendendo a cardiopatias congênitas, acolhimento adequado, disponibilizando a estrutura necessária para cuidar, tratar e corrigir as cardiopatias congênitas das crianças do Rio Grande do Norte. Uma iniciativa louvável.

            Fui, vi e fiquei encantado com o que vi: a criança é tratada como deve ser tratada, com acompanhante, um lar de acolhimento para as crianças e seus pais que vierem do interior.

            Então, Srª Presidente, para concluir, quero parabenizar esse grupo de profissionais médicos que oferecem para as crianças do Rio Grande do Norte a Amico, a Associação dos Amigos do Coração da Criança. Quero parabenizar seus diretores, o Dr. José Madson, anestesista, e o Dr. Marcelo Cascudo, cirurgião cardíaco, assim como a Drª Deise, assistente social. Fica aqui o meu reconhecimento, o meu abraço e o desejo de muita sorte para a Associação dos Amigos do Coração da Criança do Rio grande do Norte.

            Obrigado, Srª Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/06/2011 - Página 23512