Discurso durante a 101ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com o lançamento, hoje, no Palácio do Planalto, da segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, com inclusão de energia solar no projeto; e outro assunto. (como Líder)

Autor
Marcelo Crivella (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
Nome completo: Marcelo Bezerra Crivella
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA HABITACIONAL. POLITICA EXTERNA.:
  • Satisfação com o lançamento, hoje, no Palácio do Planalto, da segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, com inclusão de energia solar no projeto; e outro assunto. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 17/06/2011 - Página 23986
Assunto
Outros > PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA HABITACIONAL. POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, LANÇAMENTO, FASE, PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA (PMCMV), ELOGIO, INCLUSÃO, ENERGIA SOLAR, HABITAÇÃO, CRITICA, EXCESSO, PREÇO, HABITAÇÃO POPULAR.
  • SOLICITAÇÃO, PRESIDENCIA, SENADO, INCLUSÃO, PAUTA, VOTAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, ASSUNTO, CRIAÇÃO, DIA NACIONAL, AMIZADE, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA.

                          SENADO FEDERAL SF -

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            O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador) - Não são dez, não, Presidente? É que os oradores que me antecederam falaram dez minutos.

            O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco/DEM - MT) - Regimentalmente, V. Exª tem cinco minutos, no entanto, como homem de Deus, homem do povo, podemos conceder mais dois minutos a V. Exª.

            O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB - RJ) - Muito obrigado, Senador Jayme Campos, por essa generosidade comovente.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje tive a oportunidade de ver no Palácio o lançamento do Minha Casa Minha Vida 2. E fiquei muito feliz porque é uma obra que ajudei a construir no Governo do Presidente Lula, um milhão de residências.

            Diversas vezes estive aqui para dizer que não há nada que ofenda mais a nossa nacionalidade do que ver o nosso povo morando em barraco. Não é possível num País onde nós temos calcário e argila, que são matéria-prima de todos os cimentos. Temos minério de ferro melhor do mundo. Portanto, temos ferro, temos aço, arame, vergalhões. Temos alumínio que exportamos. Alumínio! Portanto, temos esquadrias, temos perfis, temos madeira em profusão e uma mão de obra extraordinária, que, embora pouco treinada, se desdobra para fazer as grandes e majestosas obras da nossa engenharia. Como o nosso povo mora em barraco? Qual a razão disso? Qual a explicação disso, senão uma desigualdade hedionda, uma desigualdade que humilha todos os brasileiros?

            Então, o Projeto Minha Casa Minha Vida, com um milhão de residências, foi lançado.

            Naquela ocasião, pedi ao Presidente Lula que fizesse a lei e colocasse energia solar. Não é para acabar com chuveiro elétrico, não. Chuveiro elétrico é importante, até porque a indústria nacional produz quase cem milhões de chuveiros elétricos por ano e emprega muita gente. O chuveiro elétrico é para trabalhar conjugado com a energia solar, ou seja, além de ser um redutor do consumo de água, porque, sem chuveiro elétrico a água cai em profusão, e não podemos desperdiçar água, também nos dias em que não houver sol, aí sim, tem um relé, tem um termostato, a água está fria, e o chuveiro elétrico, então, entra em ação. Agora, esses serão dias, num País tropical como o nosso, raros ou exceções. De tal maneira que a economia para o nosso povo será extraordinária.

            No Minha Casa Minha Vida 2, a lei já determina que os dois milhões de unidades, todas elas tenham a energia solar.

            E me lembro que, na época, o Ministro Mantega disse: Lula, o que o Crivella está querendo fazer não tem viabilidade econômica. Eu disse: Presidente, não tem viabilidade econômica se nos vendermos um kit, mas se nós vendermos um milhão, dois milhões de kits a economia de mercado fará com que haja viabilidade econômica. E trouxe e mostrei, neste plenário, um kit feito pela Universidade de São Paulo que acabou prevalecendo nesse projeto.

            De tal maneira que hoje estou muito feliz, muito alegre, muito satisfeito em ver que o nosso povo, sobretudo aquele que vive nas favelas, nas periferias das grandes cidades, poderá contar agora com o subsídio de R$26 mil para adquirir suas casas. E produzindo dois milhões de casas, é claro, maior oferta, menor o preço. No Brasil o imóvel ainda é muito caro porque a oferta é muito pequena.

            Agora, ainda há uma ressalva a se fazer. Nós estamos pagando R$1.000,00 por metro quadrado, em média, e isso é caro. Com o acabamento que nós temos nessas residências, quem é engenheiro, quem já fez obra, quem já acompanhou obra, quem trabalha nisso a vida inteira sabe que R$1.000,00 para essas casas populares ainda é um preço muito caro.

            Eu espero que a Miriam e que os administradores do Minha Casa, Minha Vida possam se reunir com os nossos construtores. Ora, eles estão construindo dois milhões de residências. Não é possível cobrar R$1.000,00 por metro quadrado.

            Faço aqui apenas este alerta, mas sem tirar o brilho de um programa que é extraordinário. Ele nos resgata dessa tristeza do passado.

            Presidente Jayme Campos, já vou concluir, se V. Exª me der só mais um minutinho.

            Nós temos crianças morando em barraco, Governador Jayme Campos, porque não tivemos líderes políticos no passado que nos garantissem instrumentos idôneos e eficazes para que a distribuição da riqueza deste País alcançasse os mais pobres. Não tivemos. Faltaram líderes políticos. Elegiam-se com os pobres, mas governavam para os ricos. E aí nós acabamos com essa tristeza de ver nosso povo ainda, às vezes, nas tempestades, ser soterrado pela lama e pelo lixo. Isso é uma vergonha para nós todos.

            Minha Casa, Minha Vida é a nossa esperança de redenção do nosso passado e de um futuro glorioso. 

            Já vou encerrar, Presidente. Só peço mais um minuto e peço a V. Exª para que seja colocado em pauta...

(Interrupção do som.)

            O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB - RJ) - ...esse meu projeto, que já foi aprovado no Senado, foi aprovado na Câmara dos Deputados e voltou para cá, que cria o dia da amizade Brasil/Argentina, nossos vizinhos.

            Eu peço a V. Exª que inclua em pauta para votarmos e podermos então celebrar o dia da amizade Brasil/Argentina e estreitar nossos laços.

            Muito obrigado, Presidente. 


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