O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador José Sarney, Srs. Senadores, em nome do Senador Randolfe Rodrigues, primeiro subscritor do requerimento, quero cumprimentar a todos os Senadores e Senadoras, e quero pedir permissão para cumprimentar todos os que fazem a Rede Vida na pessoa do seu fundador e Presidente, Sr. João Monteiro de Barros Filho.

            Eu sou católico, mas tenho observado que a Rede Vida é mais do que isso.

            Há 16 anos a Rede Vida de Televisão vem cumprindo com fidelidade dois compromissos fundamentais, assumidos quando de sua entrada em operação, no ano de 1995.

            O primeiro, contratualizado com o Estado brasileiro, materializa-se por meio do desafio continuado - e, registre-se, muito bem-sucedido - de elevar a média de qualidade da programação oferecida pelos concessionários privados dos serviços públicos de teledifusão em nosso País.

            O segundo compromisso, por sua vez, foi assumido diretamente com os brasileiros - homens, mulheres e crianças - que formam seu público. Ele se caracteriza pelo sempre renovado empenho em difundir, junto a todas as classes sociais, os valores éticos, cívicos e morais que caracterizam a sociedade brasileira no contexto de sua amplamente majoritária base cristã.

            Isso não tem sido um esforço em vão, Sr. Presidente. Muito ao contrário!

            De sua modesta origem, em São José do Rio Presto, no Estado de São Paulo, a Rede Vida está presente hoje - em sinal aberto, nas tecnologias VHF e UHF - nas capitais estaduais e em todas as 500 maiores cidades do País. Essa cobertura se estende, via retransmissão, a outros 1.500 municípios adicionais, alcançando um público potencial estimado em mais de 110 milhões de pessoas.

            No meu Estado de Roraima, portanto, lá no verdadeiro extremo norte do Brasil - e digo isso porque os Senadores Randolfe, o Senador Geovani, nós todos acostumamos a dizer que o extremo norte é o Oiapoque, e não é, é o Monte Caburaí, lá no meu Estado de Roraima -, a Rede Vida pode ser sintonizada a partir do canal 26, em UHF.

            Mas a Rede Vida tem acompanhado de perto os muitos progressos tecnológicos recentemente experimentados pelo setor da difusão de som e de imagem. Por isso, já oferece ao seu público sinal digital de alta qualidade, nas capitais estaduais e nas 20 maiores cidades do interior do Estado de São Paulo, regiões essas que, somadas, congregam mais de 55 milhões de telespectadores potenciais.

            O acesso por meio de antenas parabólicas, por sua vez, está disponível em todo o território nacional, chegando a alcançar até mesmo regiões pertencentes a outros países, nossos vizinhos.

            E aqui eu dou um testemunho: lá no meu Estado, no interior, lá naquelas vicinais distantes, chego e vejo que há pouca coisa na casa daquele morador, mas há uma antena parabólica, e ele sintoniza preferencialmente algumas estações, entre as quais se incluem, coincidentemente, a TV Senado e a Rede Vida.

            O sinal da Rede Vida também pode ser sintonizado por meio de quase todas as operadoras brasileiras de televisão paga, via cabo ou satélite, a exemplo, entre outras, da NET, que o oferece no canal 26; da Sky, no canal 20; da TVA, no canal 165; e da Telefônica Digital, no canal 229. O público das operadoras brasileiras de TV por assinatura é constituído, conforme os últimos levantamentos, por 34,4 milhões de pessoas, residentes em 10,4 milhões de domicílios espalhados por todo o território nacional. Grande parte desse público tem disponível, em suas telas, o sinal da Rede Vida.

            Entretanto, mesmo com a predominância dos conteúdos religiosos em sua programação, a Rede Vida faz valer com integridade o espírito básico de seu lema - o Canal da Família -, ao compor uma grade de atrações muito extensa e diversificada, capaz de atender satisfatoriamente os numerosos setores em que se divide seu público.

            Assim, ao lado de programas tais como A Palavra de Deus, o Terço Bizantino e a Missa de Aparecida, o canal exibe também uma sólida programação na área do jornalismo, da cultura e dos esportes. Exemplos disso são os telejornais JCTV e o Jornal da Vida; os programas de entrevista Tribuna Independente e Prazer em Conhecê-lo, o semanário esportivo Caminhos do Esporte e muitos outros programas voltados para a cidadania, o turismo, a educação e a música.

            É justa, portanto, a homenagem que faz hoje o Plenário do Senado Federal aos 16 anos de atividade da Rede Vida, uma emissora de televisão plenamente identificada com os valores universais da família, da justiça e do trabalho pelo bem comum - cujo respeito promove junto ao grande público, em benefício da cidadania, da paz social e da afirmação dos sadios princípios da vida em comunidade.

            Por isso, Srªs e Srs. Senadores, congratulo-me com todos aqueles que trabalham e constroem, no dia a dia, esse tremendo sucesso da comunicação social brasileira que atende pelo nome de Rede Vida.

            Permitam-me, ainda, representá-los agora, com essa precisa finalidade, pelas ilustres figuras dos seus diretores, Dom Antônio Maria Mucciolo e João Monteiro de Barros Filho, responsáveis pelo Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, entidade mantenedora da Rede Vida.

            Possam eles perseverar no caminho que levou sua emissora a obter, com rapidez e consistência, a admiração e o respeito de todas as nossas concidadãs e nossos concidadãos, os quais - a despeito da confissão religiosa - prezam profundamente o progresso espiritual, o aprimoramento da vocação cívica e o desenvolvimento geral da sociedade, sob a luz da paz e do progresso equânime para todas as comunidades que a compõem.

            Parabéns à Rede Vida por seus 16 anos de compromisso com um Brasil melhor, construído sob o modelo de virtudes cristãs. Parabéns por prosseguir a partir de uma orientação histórica que, mesmo no Estado constitucional laico, ergue-se sempre como um farol, como um objetivo capaz de empolgar, inspirar e dignificar o esforço comum de todos nós, brasileiros.

            E quero aqui, ao concluir, dizer algumas palavras do coração. Sou um homem profundamente de família. Sempre digo que tenho o privilégio de ter namorado oito anos com a mesma mulher e viver com ela há 43 anos. E tenho realmente a riqueza de ter três filhos, cinco netos, e ainda há pouco acabei de receber um telefonema de um deles, dizendo que vem mais um. Então, para mim, a família realmente constitui o maior presente que recebi. Isso eu acho que vale para todo mundo.

            E, portanto, a Rede Vida, no meu entender, sintetiza muito, no mundo de hoje, a importância que se tem que dar para a família, para os princípios que são basilares no momento em que o mundo atravessa tantas coisas tristes, drogas, desvios, e a gente vê que os nossos adolescentes ficam muito vulneráveis. Imagine, na minha adolescência, eu não tinha televisão. Então, a influência era quase nenhuma de outras coisas. Hoje tem televisão, Internet, uma série de caminhos que os pais nem percebem.

            Portanto, a existência de um canal como a Rede Vida com certeza contribui para que de fato mereça esse título de ser a rede da família.

            Muito obrigado. (Palmas.)

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