A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Exmº Sr. José Sarney, Presidente do Senado Federal; Exmº Sr. Senador Randolfe Rodrigues, signatário da presente sessão; Reverendíssimo Dom Osvino José Both, representando o Ministro da Defesa Nelson Jobim, Arcebispo Militar do Brasil; Ex^mo Sr. João Monteiro de Barros Filho, fundador e Presidente da Rede Vida; Ex^mo Sr. Marcelo Aparecido Coutinho da Silva, Presidente do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, assim como as senhoras e os senhores membros do Conselho; Rev^mo Sr. Dom Paulo Mendes Peixoto; Irmã Maria Celeste Ghislandi e Srª Antônia Acarino Mucciolo, quero, mais uma vez - já o fiz, mas, mais uma vez -, cumprimentar e, ao mesmo tempo, agradecer ao Senador Randolfe Rodrigues, que não dá somente a nós, que aqui estamos, mas dá ao Senado Federal e ao Brasil, que nos assiste pela TV Senado - uma outra grande conquista do povo, da democracia brasileira -, a oportunidade de participarmos desta justa sessão de homenagem aos dezesseis anos da Rede Vida.

            Estamos aqui para comemorar não só os dezesseis anos da Rede Vida, mas para comemorar a visão, o ato de um jornalista de Barretos, como aqui foi dito, e vou ser muito repetitiva, Dr. Barros Filho. Muito! Um jornalista de Barretos, lá do interior do Estado de São Paulo, terra bonita da Festa do Peão; como o Maranhão, do Presidente José Sarney, é a terra do Bumba Meu Boi; como é o meu querido Amazonas a terra do Boi-Bumbá. Barretos é a terra da Festa do Peão.

            Um jornalista muito simples, mas que conseguiu, que teve a capacidade de montar a maior rede católica de televisão do mundo. Foi um ato de ousadia, mas também um ato de muita fé, de muita fé do senhor, Sr. João Monteiro de Barros Filho. E, ao comemorarmos os dezesseis anos da Rede Vida, o seu ato, jornalista Barros Filho, temos também de homenagear, com muita força e muita alegria, o Presidente desta Casa, Senador José Sarney. (Palmas.)

            Pois a ideia de formar a Rede Vida de Televisão nasceu exatamente durante o Governo do Presidente José Sarney.

            Na época, a disputa pelo Canal 11, em São José do Rio Preto, foi grande, e o jornalista barretense representava o segmento mais fraco, mais tinha, além de uma fé imensa, a promessa do Presidente. E isso foi fundamental para que, hoje, estivéssemos aqui, comemorando os dezesseis anos de vida, e para que a população brasileira tivesse mais uma oportunidade dentro da mídia, que, como disse o Senador Pedro Simon, é cada vez mais importante na vida de todos nós.

            Aqui, quero abrir aspas para dizer o seguinte - não sou eu que digo: “Sempre fui um homem de muita fé, lições que guardei de minha mãe Inês Monteiro”, contou o senhor, lembrando que fez o cursilho de cristandade em Aparecida, a convite do Padre Gabriel Correr.

            A vitória na disputa pela geradora de Rio Preto foi a primeira conquista da trajetória da emissora católica. O segundo imbróglio era convencer a CNBB a aprovar o projeto. E o Sr. Monteiro Filho conseguiu duas importantes adesões para levar avante o projeto: a do arcebispo metropolitano de Botucatu, Dom Antonio Maria Mucciolo, e a do arcebispo de Mariana, Dom Luciano Mendes de Almeida. A solução foi formar um instituto, porque a CNBB não tinha como administrar uma rede de televisão.

            No dia 17 de dezembro de 1992, o Sr. Monteiro Filho acolheu a sugestão de Dom Luciano Mendes de Almeida e fundou o Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), com estatutos sugeridos pelo professor Celso Neves e pelo jurista João Grandino Rodas.

            Com a concessão aprovada pelo Congresso Nacional, e o Inbrac formado, a tarefa do jornalista barretense era colocar no ar a emissora católica. Então, o senhor, Monteiro Filho, teve outro grande desafio, que foi a busca dos investidores, parceiros católicos e patrocinadores. Era preciso muita dedicação para que isso ocorresse. E, no Natal de 1994 - vejo, pela sua feição, que o senhor deve lembrar-se desses fatos como se fosse ontem -, o arcebispo de Botucatu recebeu um telefonema de Andrade Vieira, anunciando que o Bamerindus seria o primeiro anunciante da Rede Vida, pagando os anúncios antecipadamente. E foi o que permitiu que a Rede Vida se instalasse num prédio, numa sede moderna na cidade de Rio Preto.

            A Rede Vida teve as primeiras transmissões em março de 1995. E mais tarde, passou a operar como parceira da TV Aparecida; da CTV, do Vaticano, transmitindo, todo domingo, a missa do Papa, realizada na Praça de São Pedro.

            Ela transmite novenas, missas, programas de entrevistas, esportes, musicais, jornalismos, enfim, é uma TV que não apenas leva a boa notícia, mas a palavra de conforto, leva a palavra da fraternidade, como foi dito e como foi lembrado, da solidariedade. Esses não são apenas adjetivos, mas princípios de vida que, infelizmente, são cada vez menos valorizados na sociedade em que a gente vive nos dias de hoje.

            A Rede Vida também está em HD, que é mais um advento da modernidade, Senador Pedro Simon. HD é imagem boa, imagem perfeita que chega às nossas casas. E isso com muita luta, porque a facilidade que outras emissoras comerciais têm de conseguir os patrocínios não é a mesma que tem a Rede Vida. Mas por isso existe a Rede Vida. Comemoramos, hoje, os dezesseis anos, mas, em breve, serão comemorados mais dezesseis, mais dezesseis, mais dezesseis, porque quem faz o bem tem e terá sempre vida longa.

            Então, quero dar aqui os meus parabéns à Rede Vida. Parabéns ao senhor, Dr. Barros Filho. Parabéns a todos! Parabéns, Presidente Sarney, o senhor é parte dessa história também, e parabéns a todos que trabalham nessa rede de comunicação muito importante do nosso Brasil, que celebra não apenas os bons princípios, mas a vida, que é o mais importante de tudo. Aliás, vivemos no sistema capitalista, mas não é o capitalismo o mais importante; o mais importante somos nós, as pessoas, a vida de todos.

            Parabéns a todos e muito obrigada! (Palmas.)

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