Discurso durante a 106ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação pela divulgação de estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - que atesta melhoria nas taxas de emprego no Brasil. (como Líder)

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE EMPREGO.:
  • Satisfação pela divulgação de estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - que atesta melhoria nas taxas de emprego no Brasil. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 23/06/2011 - Página 25269
Assunto
Outros > POLITICA DE EMPREGO.
Indexação
  • ANALISE, ESTUDO, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), MELHORIA, SITUAÇÃO, EMPREGO, BRASIL, ELOGIO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, RESTRIÇÃO, CREDITOS, BRASILEIROS, AUSENCIA, PREJUIZO, TRABALHADOR.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco/PMDB - AL. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente Senadora Ana Amélia, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, foi com muita satisfação que tomei conhecimento hoje do estudo do IBGE atestando a estabilidade das taxas de desemprego, no exato momento em que a economia aponta para crescimentos mais modestos, a fim de domarmos a inflação.

            A taxa de desemprego medida pelo Instituto em seis regiões metropolitanas ficou em 6,4% em maio. Trata-se, Srª Presidenta, Srs. Senadores, do mesmo percentual do mês anterior, abril, e representa a menor taxa para os meses de maio desde o início da série histórica do órgão, iniciada em março de 2002. Portanto, a melhor taxa dos últimos nove anos.

            Só a título de comparação, em maio do ano passado, com o País crescendo a taxas elevadas, a desocupação havia sido de 7,5%. A população desocupada, estimada em 1,5 milhão de pessoas, está no mesmo patamar de abril. Comparando-se com o mesmo período do ano passado, foi verificado um recuo de 13,7%.

            Na mesma linha, a população ocupada somou 22,4 milhões, ficando estável, comparando-se com o mês de abril. Na comparação com maio de 2010, o número de ocupados apresentou uma oscilação positiva de 2,5%.

            O número de trabalhadores com carteira assinada na área privada ficou em 10,8 milhões. Esse dado, cotejado com maio do ano passado, significou, Srª Presidente, Srs. Senadores, um aumento de 6,7%, apontando, sem dúvida alguma, uma forte e continuada tendência de formalização do mercado de trabalho, um caminho sem volta para o Brasil, que terá com isso, inclusive, expressivos impactos sobre os números da Previdência Social, que, como todos sabem, está sendo competentemente administrada pelo Senador Garibaldi Alves, nosso companheiro aqui do Senado, da nossa bancada do PMDB.

            Já o rendimento médio real de trabalhadores ocupados foi de R$1.500,00. É importante destacar que esse é o valor mais alto para o mês de maio desde 2002, outro recorde que também representou um avanço de 4% anual, tomando como parâmetro o mês de maio de 2010.

            Para o atual momento, Srs. Senadores, que o Brasil está vivendo, a taxa de emprego é um dos mais importantes termômetros da economia interna. Isso porque o Governo foi compelido a lançar mão de medidas de contenção de crédito para conter a inflação, e esses números indicam claramente que isso não está contaminando o mercado de trabalho.

            A expressiva melhoria das avaliações externas sobre o Brasil, a queda dos números do risco Brasil, a expansão consequente e responsável do Produto Interno Bruto e os números do emprego demonstram que o Brasil está no rumo certo e que, mesmo diante da crise mundial, devemos perseverar no rumo do crescimento sustentável e fortalecimento do nosso mercado interno. Foram estes fatores combinados - a geração de empregos, o incremento do consumo e oferta do crédito - os responsáveis por tirar o Brasil rapidamente da crise.

            Ao encerrar, queria dizer que não podemos deixar de enfatizar, no momento em que ressaltamos esses números, que a estabilidade econômica e a governabilidade dependem de muitas matérias aprovadas aqui nesta Casa do Congresso Nacional.

            Apenas para lembrar, o PMDB, meu partido, o partido que tenho a honra de representar, e o Senado, de uma forma geral, tiveram um papel fundamental na aprovação das medidas que reduziram os impactos, na economia brasileira, da crise financeira mundial. A retomada da estabilidade econômica que hoje discuto aqui é, sem dúvida, resultado também do trabalho dos Senadores de todos os partidos.

            O PMDB está, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, verdadeiramente preparado para discutir e aprimorar matérias essenciais ao crescimento econômico do Brasil. Neste particular, quero me referir a todas as medidas indispensáveis à superação da pobreza extrema e de incentivo à produção.

            Há pouco - e já encerro - o Senador Moka colocou aqui duas prioridades que não são prioridades dos partidos, são prioridades desta Casa do Congresso Nacional. Nós precisamos, sem dúvida nenhuma, avançar na apreciação desse projeto que substitui o indexador da dívida dos Estados. Não tem, absolutamente, sentido nenhum que esses indexadores sirvam para que a União Federal continue ganhando dinheiro na rolagem dos Estados. Isso é uma coisa absurda, inconcebível. Como também chegou a hora - e já tive oportunidade de falar com o Ministro Mantega - de começarmos a discutir essa proposta que transforma parte dessa dívida dos Estados com a União Federal em investimentos para os Estados - investimentos em educação, saúde, segurança pública, tecnologia e inovação.

            Eu acho que o futuro do Brasil depende disso e que o Senado Federal vai, cada vez mais, colaborar para que isso efetivamente aconteça.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/06/2011 - Página 25269