Discurso durante a 109ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca de pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas intitulada "Os Emergentes dos Emergentes", que aponta o Brasil como o único país da elite dos emergentes a crescer, reduzindo as desigualdades sociais. (como Líder)

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.:
  • Comentários acerca de pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas intitulada "Os Emergentes dos Emergentes", que aponta o Brasil como o único país da elite dos emergentes a crescer, reduzindo as desigualdades sociais. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 29/06/2011 - Página 25872
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.
Indexação
  • COMENTARIO, PESQUISA, FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV), INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), ASSUNTO, COMPARAÇÃO, GRUPO, PAIS EM DESENVOLVIMENTO, BRASIL, EXCLUSIVIDADE, CONCILIAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, REDUÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL, MOTIVO, AUMENTO, EDUCAÇÃO, TRABALHO, ASSINATURA, CARTEIRA DE TRABALHO, BOLSA FAMILIA, NECESSIDADE, ELIMINAÇÃO, DESIGUALDADE REGIONAL, PAIS, RECONHECIMENTO, IMPORTANCIA, CONTRIBUIÇÃO, GOVERNO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, utilizo a tribuna na tarde de hoje para falar de uma grande revolução que vem se processando no Brasil, no nosso País: a revolução das prioridades.

            O País realiza o sonho de crescer, mas crescer com distribuição de renda aqui e agora, crescer para todos os brasileiros e todas as brasileiras.

            Uma pesquisa divulgada ontem, pela Fundação Getúlio Vargas, intitulada “Os Emergentes dos Emergentes”, coordenada pelo economista Marcelo Nery, revela que o Brasil foi o único país da elite dos emergentes a crescer, reduzindo as desigualdades sociais. E mais: este ano de 2011 é o décimo primeiro ano consecutivo em que o Brasil reduz o abismo da desigualdade entre ricos e pobres.

            A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio revela que a renda do brasileiro cresceu 1,8% acima do PIB nos últimos oito anos, com um detalhe importante, Srª Presidente: a renda dos brasileiros mais pobres cresceu seis vezes mais que a renda dos mais ricos. O resultado disso é uma mobilidade inédita na pirâmide social brasileira. Desde 2003, primeiro ano de Governo do Presidente Lula, até este, que é o primeiro ano da Presidenta Dilma, cinquenta milhões de brasileiros e brasileiras ascenderam às classes A, B e C. Ou seja, enquanto o mundo tenta sair da estagnação econômica e os países ricos têm taxas de desemprego cada vez maiores, o Brasil colocou cinquenta milhões de pessoas no mercado consumidor. Sabe o que representam cinquenta milhões de pessoas? Uma Espanha inteira. Enquanto isso, os demais países da elite dos emergentes, como é o caso da China, experimentam também taxas de crescimento bastante elevadas, porém, infelizmente, sem o mesmo sucesso brasileiro em casar crescimento econômico com justiça social.

            O Brasil, revela a pesquisa, foi o único país do grupo em que a renda dos mais pobres cresceu mais que a renda dos mais ricos. E o que explica esse fenômeno, Srª Presidente? Entre outras razões, o economista Marcelo Nery destaca o aumento da educação e do trabalho formal. Somente nos primeiros quatro meses de 2011, foram criados 798 mil novos postos de trabalho no Brasil. Não é por acaso que a carteira de trabalho tornou-se o grande símbolo da nova classe média brasileira.

            O economista da FGV diz ainda que programas como o Bolsa Família contribuem fortemente para mudar o cenário da desigualdade social no País. E completa: “O grande passaporte para a saída da pobreza é a educação”.

            O documento divulgado ontem pela FGV revela também que o Brasil é recordista mundial em felicidade futura. Numa escala de zero a dez, o brasileiro dá uma nota de 8,7 à sua expectativa de satisfação com a vida em 2014. O índice é maior que o de todos os demais 146 países da amostra, cuja média é 5,6.

            No entanto, é importante observar que ainda há significativas desigualdades regionais a serem superadas. Quase todos os trinta municípios com maior participação das classes A, B e C na população estão situados na região Sul do País, fruto da menor desigualdade de renda lá registrada. Enquanto isso, Norte e Nordeste ainda concentram os municípios com maior participação das classes D e E, o que reflete séculos de descaso das elites com o desenvolvimento econômico nessas regiões.

            Esse é um quadro que, felizmente, está sendo revertido graças à política de desenvolvimento regional implementada pelo Governo Lula e reafirmada agora pela Presidenta Dilma.

            Para que o Brasil possa levar a cabo essa revolução, no entanto, é fundamental manter a direção e o foco das políticas públicas que vêm sendo implementadas, investir cada vez mais em educação e formação profissional, capacitar a nova classe média brasileira para ocupar os postos no mercado de trabalho e investir em ciência e tecnologia.

            Orgulhamo-nos, Srª Presidente, disso tudo registrado por essa pesquisa e, mais do que isso, ficamos felizes por estarmos no caminho certo.

            Muito obrigado a V. Exª.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/06/2011 - Página 25872