O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srs. Senadores, inicialmente, quero dizer que sinto muita falta do nobre Líder Aécio Neves.

            Aécio, se você tiver ligado na TV Senado, volte logo. Nós nos acostumamos a viver com você aqui e nós sentimos muito a sua falta.

            Quero também externar a minha preocupação com o estado de saúde do grande Itamar Franco. Que Deus possa trazê-lo de volta a este plenário.

            Nobre Presidenta, o Brasil, hoje, comenta dois temas. Os elogios que fez a Presidenta Dilma a Fernando Henrique Cardoso tomaram conta dos jornais e das revistas deste País. O Brasil comenta que a Presidenta Dilma querer ocultar os gastos com as obras da Copa do Mundo. Jornais e revistas falam sobre isso.

            Brasileiras e brasileiros, ocultar, esconder aquilo que se diz ato sigiloso, no Brasil, com obras, com o dinheiro público, é liberar o roubo. Não se pode negar que o Brasil, onde a corrupção é aberta, é um dos países mais corruptos do mundo. E ainda se ouve dizer que as obras da Copa do Mundo, os gastos do dinheiro público têm que ficar escondidos, nobres Senadores.

            Esta matéria virá para cá, Senadores. Não acredito, sinceramente, que exista um Senador, aqui neste Senado, capaz de concordar com essa Medida Provisória.

            Não se venha com desculpas aqui de que as obras estão atrasadas. Se as obras estão atrasadas, alguém é culpado. Que se puna este culpado! Mas que não se venha com a história de ocultar os gastos públicos.

            O que pode dizer aquele contribuinte que paga os seus impostos em dia, que sofre com a cobrança de impostos? O Brasil também é um dos países que mais cobra impostos dos seus filhos. E estes filhos veem agora esconder-se os gastos públicos das obras da Copa do Mundo.

            Fazem de propósito, Brasil! Isso é proposital, para querer roubar, depois, o povo brasileiro: Ah, vamos atrasar, para depois inventar uma história, para depois inventar um jeitinho brasileiro de poder enganar o povo brasileiro.

            Onde se viu, Brasil? Onde, povo brasileiro, se viu querer desrespeitar as leis de licitação? Só neste País!

            Quando a Presidenta elogia e mostra a sua humildade, a sua lealdade com o País, chamando até o Presidente Fernando Henrique Cardoso de “meu querido Presidente” e, logo em seguida, Presidenta...

            Eu queria continuar elogiando Sua Excelência, Presidenta, como elogiei na semana passada, pela carta que escreveu a Fernando Henrique Cardoso. Eu queria poder vir aqui hoje, Presidenta, elogiar Sua Excelência de novo. Mas não posso, não devo, diante da falta de respeito com o povo do nosso querido País.

            Respeite o povo brasileiro! Respeite, Presidenta! Siga as leis! Não desrespeite a Constituição! Mostre honestidade, mostre seriedade! Ao invés de esconder, mostre, Presidenta! Não esconda nada do povo, Presidenta, daquele povo que confiou em Sua Excelência, que votou em Sua Excelência, que acreditou em Sua Excelência! Não esconda!

(Interrupção do som.)

            A SRª PRESIDENTE (Marta Suplicy. Bloco/PT - SP) - Para encerrar, Senador.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Já vou descer.

            Mostre! O povo brasileiro quer ver os gastos públicos, onde foi empregado o dinheiro que pagou com os impostos. O povo brasileiro quer seriedade, Presidenta. Mostre isso!

            Muito obrigado, Srª Presidenta.

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