A SRª MARIA DO CARMO ALVES (Bloco/DEM - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr.Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, na semana passada esta Casa celebrou os dezesseis anos de existência da Rede Vida de Televisão e gostaria de deixar registradas algumas palavras sobre a importância dessa celebração. Certamente muitos dirão que se trata da maior rede católica de televisão do mundo. Outros, por sua vez, lembrarão que a Rede Vida foi erguida graças aos esforços do jornalista João Monteiro de Barros Filho a partir de uma iniciativa heróica, ao vencer a disputa pelo canal 11, de São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo. Mais alguns, ainda, tratarão do verdadeiro milagre que foi pôr a televisão em funcionamento, diante da necessidade premente de arrecadação de fundos ou arregimentação de patrocinadores. Enfim, muitos se lembrarão desses fatos históricos de maior importância e que são, realmente, merecedores de atenção por parte de todos nós brasileiros.

            No entanto, gostaria de aproveitar esta oportunidade para tratar de outro ponto que me parece importante e, talvez, o mais relevante quando tratamos da obra realizada pela Rede Vida de Televisão ao longo dos seus dezesseis anos de funcionamento.

            Falo do compromisso inabalável da Rede Vida com a Ética. Muito hoje se fala da crise de costumes, da baixa qualidade da programação da televisão brasileira ou do repetido apelo aos expedientes mais escabrosos a fim de obtenção de pontos de audiência. Isso é realmente fato quando tratamos da maioria dos canais brasileiros. Reality shows, programas de auditório popularescos, programas humorísticos travestidos de jornalísticos e outras mazelas se tornaram comuns, infelizmente.

            Nesse cenário profundamente desolador a Rede Vida é autêntico oásis no deserto. Ao contrário da mercantilização desenfreada do ser humano, da humilhação, da degradação vergonhosa, a Rede Vida apresenta algo diferente. Apresenta, sobretudo, o respeito ao ser humano como alguém digno, que merece ser tratado de maneira justa e adequada e não como uma peça em um maquinário impessoal, cruel e sem alma.

            A Rede, em todos os seus programas, percebe o ser humano como algo maravilhoso, como criatura divina com um propósito claro de vir ao mundo, não para destruí-lo, mas para criar e construir algo de bom, de trazer uma mensagem em que realmente possamos acreditar e afirmar que existe beleza no mundo. E mais: o ser humano, despido de todas as caracterizações que lhe são dadas pela sociedade possui a natureza fundamentalmente boa e nos cabe cultivar tal natureza e incentivar para que ela cresça e prospere.

            A mensagem trazida pela Rede Vida tem vicejado ao longo de pouco mais de década e meia, mas os seus frutos têm sido os mais radiosos e podemos constatar algo que me é profundamente caro: há esperança no futuro para nós, seres humanos.

            A Rede Vida é a consecução dessa capacidade de se criar algo que pode, efetivamente, mostrar que as pessoas são capazes de produzir uma programação televisiva de alta qualidade, fundada no preceito básico de que a audiência não é medíocre ou idiota, mas que são seres humanos merecedores de assistir programas de qualidade, feitos por profissionais competentes, com temas educativos e apresentados de maneira profissional, correta, honesta, sem uso de artimanhas ou apelo aos sentimentos mais baixos e negativos.

            O balanço desses dezesseis anos da Rede Vida é dos mais positivos. É a vitória da ética, da crença nas infinitas possibilidades do ser humano, da certeza de que o homem será recompensado por seguir a conduta correta.

            Mais do que uma homenagem à Rede Vida, e à gerência da empresa pelo jornalista João Monteiro de Barros Filho, presto os nossos agradecimentos ao trabalho que ele e sua equipe têm feito desde a fundação da empresa. Agradecimentos pelas conquistas e resultados, por nos mostrar que somos um povo bom e merecedor de assistir a programas televisivos que sirvam para nos engrandecer e não para nos diminuir e humilhar.

            Agradecimentos pelas palavras de esperança, independentemente do credo do telespectador. Agradecimentos, enfim, por nos mostrar que este País é realmente abençoado pela mão divina e que, se fizermos a nossa parte, esta realmente será a terra do futuro.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigada.

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