O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, hoje pela manhã muitos de nós estivemos na cerimônia de lançamento do Plano Brasil Maior, no Palácio do Planalto. E creio que todos que lá estivemos saímos bastante satisfeitos e otimistas.

            O que a Presidenta Dilma e seus ministros nos apresentaram hoje não foi apenas mais um pacote de medidas para aumentar a competitividade da indústria brasileira. O Plano Brasil Maior é muito mais do que isso. É um passo fundamental na consolidação do Brasil que queremos, um Brasil rico e sem pobreza, onde desenvolvimento é sinônimo de industrialização e inovação, mas também de sustentabilidade e inclusão social.

            É quase uma ousadia lançar um pacote de desoneração fiscal, estímulo ao investimento e defesa do mercado interno num momento em que o cenário econômico internacional é sombrio como o que vivemos hoje. Saudável ousadia, aquela que acredita que o Brasil pode mais, que o Brasil pode ser maior.

            O que se quer com o Plano Brasil Maior é estimular o investimento produtivo e a inovação, defender a indústria nacional da concorrência predatória internacional, preservar o mercado interno da avalanche de importados e intensificar as exportações de produtos brasileiros.

            O desafio é criar condições para o Brasil dar o salto tecnológico de que precisa para competir numa economia global. Por isso, o Plano permite o desenvolvimento de uma indústria capaz de agregar maior valor aos produtos brasileiros, diversificar a pauta de exportações e formar mão de obra qualificada.

            As medidas anunciadas hoje visam consolidar a economia brasileira como uma das maiores do mundo, capaz de enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada no cenário global.

            O Plano inclui desoneração tributária; financiamento à inovação; recursos para setores de alta e média tecnologia; fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas inovadoras; criação de programa para qualificação de mão de obra; desoneração, financiamento e garantia para as exportações.

            O pacote de medidas prevê ainda uma política de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais nas compras governamentais. O Plano fortalece setores importantes da economia, como saúde, defesa, têxtil e confecções, calçados e tecnologia da informação e comunicação.

            Como disse a Presidenta Dilma, se não concebemos nosso desenvolvimento sem inclusão social, também não concebemos nosso desenvolvimento sem uma indústria forte e competitiva, uma indústria capaz de gerar mais emprego e renda, garantir o desenvolvimento sustentável do País e também preparar o Brasil para superar os riscos das variações cambiais e as crises econômicas internacionais.

            A Presidenta Dilma foi sensível ao ouvir empresários, trabalhadores e consumidores na formulação desse plano, por entender que o Brasil é feito por todos nós e uma economia forte e competitiva beneficia toda a coletividade. O Governo e a sociedade estão mobilizados nesse sentido.

            O Senado tem papel fundamental na construção desta agenda positiva, uma agenda que realmente interessa ao País. Importantes temas estarão em discussão neste segundo semestre, e não podemos deixar que a qualidade do debate e o interesse público cedam lugar à mesquinhez, à falta de propostas e à inconsequência que por vezes acometem a disputa política.

            Por isso, nobres colegas, estejam os senhores e as senhoras na bancada do Governo ou da oposição, devemo-nos juntar ao grande esforço nacional para fazer do Brasil um país cada vez maior, mais desenvolvido e mais justo, principalmente para todos.

            Muito obrigado, Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores.