O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco/PSDB - TO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para comunicar a este Parlamento, ao povo brasileiro e, em especial, ao povo do meu Estado do Tocantins que a minha consciência, caráter, princípios éticos e morais, e também em cumprimento às minhas atribuições como Senador da república, assinei e assinarei tantas quantas CPIs forem necessárias para esclarecer quaisquer dúvidas que vierem a acontecer quanto ao mau uso do dinheiro do povo, como é o caso da CPI dos Transportes.

            Quero deixar isso, meu Presidente, muito claro a toda Nação brasileira, que eu jamais vou me abster de assinar uma CPI para esclarecer focos de corrupção, o que passou a ser rotineiro, hoje, em nosso País.

            Presidente, a corrupção... Não há nada que mata e tira mais vida que a corrupção no Brasil. Não há guerra, não há tsunamis, não há terremotos, não têm terroristas que matam mais do que a nossa corrupção. Eu digo isso porque são bilhões e bilhões de reais extraviados para o bolso de poucos, em detrimento de toda nossa população. São milhões de crianças morrendo nas filas, são milhões de pessoas morrendo de fome, são milhões de pessoas morrendo por falta de segurança neste País, porque falta dinheiro. E que, na verdade, não falta dinheiro. Faltam gestores com responsabilidade, porque o dinheiro existe, mas ele é desviado.

            Sr. Presidente, essa corrupção hoje no nosso País se tornou uma coisa corriqueira. Quando se fala de honestidade hoje no nosso País, lamentavelmente, percebemos que a regra hoje virou exceção. Lamentavelmente, em termos de honestidade no nosso País, Sr. Presidente, a regra virou exceção, e isso é lamentável inclusive para este Parlamento. Mas essa corrupção só existe porque há a impunidade. Se neste País tivesse punição, não haveria essa corrupção.

            Interessante: um político no Japão, quando comete uma corrupção, vai à tribuna, pega uma arma e dá um tiro na cabeça; nos Estados Unidos, eles vão para a prisão e pagam pelo crime cometido; aqui, no Brasil, pede demissão, chama a família e vai fazer um tour pela Europa. Presidente, isso é uma vergonha para o nosso País. Isso é uma vergonha para o nosso País. Isso é uma vergonha para este Parlamento. E essa é a verdade que o povo brasileiro sabe; não são as minhas palavras aqui nesta tribuna.

            Quero encerrar, Presidente, dizendo que estou aqui neste Parlamento não em busca de fama, como já disse, não em busca de dinheiro, não em busca do poder. Não vim aqui para andar em carro chapa branca, porque tudo isso Deus me concedeu. Tenho tudo isso. Vim aqui para ver se consigo fazer alguma coisa ao meu próximo. Essa é a razão maior da minha estada nesta Casa.

            Muito obrigado, meu Presidente.