Discurso durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio ao lançamento, pelo governo federal, do programa Ciência sem Fronteiras.

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.:
  • Apoio ao lançamento, pelo governo federal, do programa Ciência sem Fronteiras.
Publicação
Publicação no DSF de 10/08/2011 - Página 31949
Assunto
Outros > PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.
Indexação
  • ELOGIO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE GOVERNO, CONCESSÃO, BOLSA DE ESTUDO, NIVEL SUPERIOR, EXTERIOR, OBJETIVO, QUALIFICAÇÃO, MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA, APOIO, INVENÇÃO, PRODUTO, CIENCIA E TECNOLOGIA, AUMENTO, CAPACIDADE, CONCORRENCIA, INDUSTRIA, PAIS, MERCADO INTERNACIONAL.

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Senadora Marta Suplicy, do nosso querido Estado de São Paulo, Srªs e Srs. Senadores, permitam-me fazer aqui uma soma nas referências elogiosas a uma das mais recentes iniciativas da Presidenta Dilma Rousseff na área da educação, mas especificamente no campo da ciência.

            Falo naturalmente do programa Ciência sem Fronteiras, que dará aos estudantes e pesquisadores brasileiros a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos fora do País, de pesquisar e de criar, além de estudar lá fora, universalizando a busca pelo conhecimento.

            É medida para se saudar! É iniciativa para se enaltecer! A meta não é visionária, não é megalômana. Os critérios elencados no programa, para quem se detiver em sua leitura, são, na verdade, bastante razoáveis e exequíveis. Trata-se de oferecer, até o ano de 2014, 75 mil bolsas, que vão da graduação ao pós-doutorado no exterior, e, a partir daí, chegar-se a cem mil bolsas.

            Para atingir essa meta, está sendo feito um chamamento junto ao corpo empresarial brasileiro para que contribuam com a oferta de outras 25 mil bolsas.

            Srª Presidenta, o que se tem aí é o desejo de dar aos estudantes do ramo científico e tecnológico a oportunidade de troca de experiências e de fundamentação do saber. O Ciência sem Fronteiras nos abre a perspectiva de construção do nosso futuro na medida em que oportuniza aos estudantes brasileiros estudarem nas melhores universidades do mundo e, depois, então, voltarem para o Brasil já revestidos da capacidade de aplicar aquilo que aprenderam e pesquisaram lá fora em ciência, tecnologia e inovação.

            Nos critérios de destinação dessas bolsas serão priorizadas as áreas ligadas às ciências exatas, às engenharias, à Matemática, à Física, à Biologia, à Ciência da Computação, às Ciências Médicas e a todas as áreas tecnológicas. Vejam todos que são especialidades fundamentais para a nossa economia, sobretudo para dar competitividade à indústria, gerando oportunidades de emprego de qualidade.

            E se o que se busca é a excelência do saber, acerta a Presidenta ao determinar que sejam selecionados os melhores estudantes do País pelo mais justo dos critérios: o mérito.

            No caso, a escolha terá como referência o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Todos os alunos que atingirem o mínimo de 600 pontos no Enem vão poder concorrer às bolsas de estudo no exterior. Atualmente, 124 mil alunos atingiram essa pontuação.

            E como todo investimento na área da educação, este ganha maior legitimidade ao levar em conta as condições sociais do aluno.

            Desta feita, os estudantes que, por falta de recursos, não poderiam sequer sonhar em frequentar uma boa universidade fora do País têm agora a chance de estar entre os selecionados.

            Investimento em educação é semente. E, se nesse primeiro momento, o programa Ciências sem Fronteiras parece a alguns inalcançável, basta projetar os olhos no amanhã, porque o conhecimento é planta da vitalidade: cresce rapidamente quando cuidada com afinco e dá fruto para todos.

            Eu, sinceramente, olho a iniciativa com muito entusiasmo. E a perspectiva de saber que, a partir de agora, estudar no exterior não vai ser um privilégio dos mais ricos e, sim, uma oportunidade para os estudantes que se esforçarem, mesmo aqueles de famílias mais pobres, me faz torcer como nunca pelo sucesso do programa.

            É preciso também ressaltar que as 25 mil bolsas que precisarão ser captadas junto ao empresariado brasileiro já estão recebendo aceno positivo, pois diversos setores da indústria já aderiram à proposta.

(A Srª Presidente faz soar campainha)

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP) - Ninguém questiona a importância dessa iniciativa para o Brasil.

            Srª Presidenta, como o meu tempo está se exaurindo, se V. Exª me der mais dois minutos, eu concluo. Senão, peço para ser considerado como lido.

            A SRª PRESIDENTE (Marta Suplicy. Bloco/PT - SP) - Mais um minuto.

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP) - Mais um minuto.

            Quando o País se mobiliza em torno de um programa especial de mobilidade internacional em ciência, tecnologia e inovação, temos que ter em mente que os números lá fora ainda nos mostram o quanto temos que caminhar.

            Na produção científica, somos o 13º entre os países com maior participação percentual. No quesito inovação, ocupamos o 47º lugar no ranking global.

            Mas, de qualquer forma, o cenário é de estímulo. O Brasil está em pleno crescimento econômico. Somos, hoje, a sétima economia do mundo e, em breve, seremos a quinta.

(Interrupção do som.)

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP) - Para chegarmos lá, precisamos qualificar os nossos profissionais.

            Gostaria, inclusive, de ressaltar que, além do programa Ciência sem Fronteiras, o Governo criou o Pronatec, que envolve a formação e a capacitação de profissionais no nível médio.

            Esse conjunto revigora o conhecimento e aparelha o Brasil para competir de igual para igual com países que são referência tecnológica.

            Num cenário internacional de alta competitividade, não há para onde correr: ou inovamos os nossos produtos ou não vamos ter mercado lá fora.

            Daí o nosso entusiasmo para que verdadeiramente o Brasil dê esse salto no rumo da economia, do conhecimento e do desenvolvimento da nossa indústria.

            Há poucos dias falamos aqui sobre o programa Brasil Maior, que inclui várias medidas para diminuir os custos das empresas e com mais recursos para investimento e inovação.

(Interrupção do som.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/08/2011 - Página 31949