Discurso durante a 134ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do Dia do Corretor de Imóveis.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do Dia do Corretor de Imóveis.
Publicação
Publicação no DSF de 16/08/2011 - Página 32955
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, CORRETOR DE IMOVEIS, CONTRIBUIÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, CRIAÇÃO, RENDA, EMPREGO, IMPORTANCIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, MELHORIA, SETOR, HABITAÇÃO, BRASIL.

            A SRª ANA AMÉLIA (Bloco/PP - RS. Pela Liderança. Com revisão da oradora.) - Caro Presidente Wilson Santiago, autoridades que estão compondo a Mesa, registrando o caro colega Gim Argello, ao mesmo em que o cumprimento pela iniciativa de ter proposto esta sessão especial de homenagem a uma categoria tão importante para a economia brasileira e para as atividades que movimentam um setor da maior relevância.

            Quando se fala no corretor de imóvel não se fala apenas na atividade em sim dessa transação, mas do que começa isso que é um dos setores mais fundamentais não só na geração de renda, mas também de emprego, que é a construção civil do nosso País. Assim é que o corretor de imóvel tem uma relevância fundamental por ser, digamos, o elo seguinte dessa cadeia produtiva tão relevante que é a construção civil.

            Caro presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis, João Teodoro da Silva; Prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attiê; presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, Geraldo Francisco Nascimento; presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro, Pedro José Wähmann; presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal, Carlos Hiram Bentes David; e vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, Sr. Antônio Bispo, em nome dos quais quero também cumprimentar as corretoras e os corretores de imóveis aqui presentes, como eu falo em nome da Bancada do Partido do Partido Progressista, que é liderada com muita competência, com muito talento e com muito brilho pelo nosso grande Senador Francisco Dornelles, eu queria, em nome dele, em primeiro lugar, fazer um registro especial, pela condição também de Senador do Rio - como eu o estou representando - ao presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, Casemiro Vale da Silva, e também ao presidente já referido aqui Pedro José Wähmann, do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro, Secovi/RJ. E - claro, como gaúcha - eu não poderia deixar, Flávio, de fazer essa menção, Senador Gil Argello, Senador Presidente Wilson Santiago, de fazer uma referência especial ao Flávio Koch, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do meu Estado, o Rio Grande do Sul, pelo relevante serviço que presta para a economia do nosso Estado. Estou sempre à disposição da categoria.

            Eu queria fazer também, por questão de justiça até, um registro e uma referência especial ao trabalho que anos atrás, no exercício do mandato que desempenha com tanta competência, o nosso Líder Francisco Dornelles tentou, Sr. Presidente, ou seja, considerar que todas as transações que todas as transações imobiliárias no País tivessem a participação necessariamente de um corretor de imóveis. Ele não foi bem sucedido, mas tem a convicção de que isso, mais cedo ou mais tarde, se tornará uma realidade. Essa é a forma de valorizar essa categoria (Palmas.) que tem tanta relevância para nosso País. Faço isso em justiça à iniciativa parlamentar de Francisco Dornelles, que - todos sabem - dispensa apresentações, um homem comprometido com os interesses do País.

            Claro que, como disse muito bem aqui o nosso proponente, Senador Gim Argello, que conhece - seu exercício profissional advém dessa atividade -, embora o reconhecimento da atividade dos corretores de imóveis no nosso País só tenha ocorrido em 1978 no Governo Geisel, o fato é que essa atividade, já no período colonial existia de forma, digamos, empírica e informalmente. Eram os chamados ganchos, à época do período colonial. Os fazendeiros, lá na sua área rural, pediam a interveniência desse corretor para, na cidade, na área urbana, buscar o imóvel para sua moradia. Então, vem de muito tempo essa atividade que se foi consagrando, à medida do desenvolvimento do nosso País, pela importância que ela tem nesse processo. A habilidade para descobrir as melhores oportunidades e transformá-las em boas ofertas sempre foi uma marca desses profissionais.

            Eu mesma, na minha vida privada, sempre que recorri ao trabalho de um profissional, posso testemunhar que em todas as vezes fui sempre muito bem atendida e muito bem tratada, pela seriedade com que esse profissional trabalha na sua respectiva área. Claro que o surto de urbanização no séc. XX, devido, sobretudo, à imigração de italianos, alemães - especialmente dos italianos -, acabou impulsionando o desenvolvimento urbano. E mais relevância teve ainda essa atividade a partir de São Paulo, que foi digamos um núcleo dessa colonização e também do próprio processo de desenvolvimento.

            Como disse o Senador Gim Argello, uma lei e depois um decreto regulamentou em 78 a profissão do corretor de imóveis. A partir disso, houve uma maior organização do setor, e criados os conselhos regionais e sindicatos. Pela experiência que tenho, tenho a convicção de que as lideranças tanto do conselho federal quanto dos conselhos regionais e dos próprios sindicatos das categorias devem fazer sempre um esforço para separar o joio do trigo, porque em qualquer profissão às vezes há alguns que não representam adequadamente a categoria. Então, é preciso fazer com que, na categoria, os bons sejam destacados. E é o que se faz hoje, nesta sessão especial, que vai marcar o dia 27 de agosto, o dia dedicado à atividade dos corretores de imóveis.

            No rastro do aquecimento do mercado imobiliário no Brasil... E agora reafirmado, porque essa crise que abala os mercados financeiros, como bem lembrou o Senador Gim Argello, acaba de novo... E eu, que fui repórter de economia durante muito tempo, sempre falava, caro Flávio, quando havia essa instabilidade, na transferência das aplicações dos investidores para áreas mais seguras, e o imóvel... Até, na área rural, se diz que quem compra terra não erra. E para o imóvel valeria o mesmo adágio, significando a importância que tem uma aplicação, se não toda ela transferida, porque a liquidez desse setor é uma liquidez diferenciada da aplicação no setor de papel ou setor mobiliário... O fato é que a diversificação dos investimentos recomenda uma carteira bem cuidada no setor imobiliário. Também aí tem um papel relevante a categoria dos corretores de imóveis.

            No Brasil, no ano passado, 29 mil novos corretores ingressaram na profissão. Ao todo, já são 250 mil no País. O número é 11,5 vezes maior do que o registrado em 2008 pelo Conselho Federal dos Corretores de Imóveis.

            O público feminino - e aí fico muito feliz como Senadora mulher - ou as profissionais mulheres nessa atividade, que também tem sido procurada... Hoje, 30% desse contingente de profissionais é formado pelas mulheres, tão dedicadas e aplicadas quanto seus colegas homens que se dedicam a essa atividade.

            No meu Estado, Flávio, o Rio Grande do Sul, segundo dados do próprio Conselho Regional, são quatro mil profissionais registrados desde 1962, mas a estimativa é que 16 mil já estejam na ativa atualmente. De acordo com levantamento do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis, 52% dos profissionais têm curso superior, e as formações mais recorrentes são Direito, como é o caso do Senador proponente, Gim Argello, Administração e Engenharia. Ainda pouco difundido no País, o curso superior em Negócios Imobiliários é uma das bandeiras da entidade para aumentar o nível de profissionalização e qualificação de seus profissionais.

            Segundo o Conselho Federal, nos anos 70, a média de idade dos profissionais era de 60 anos - até nisso houve uma mudança, uma revolução. Hoje a média é de 38 anos de idade. Já a participação feminina nos cadastros da entidade passou de 8% para 20% nos últimos anos. Isso é motivo de orgulho para mim como Senadora representante das mulheres, um motivo de orgulho para mim, como Senadora representante das mulheres.

            Desejo que essa categoria, que, em 27 de agosto, celebrará o seu dia, continue trabalhando para tornar o nosso País cada vez mais justo, cada vez mais desenvolvido econômica e socialmente e que nós possamos, através do trabalho de cada um de vocês e do nosso aqui no Congresso Nacional, com grande orgulho dizer sempre: “Nós somos brasileiros”.

            Muito obrigada. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/08/2011 - Página 32955