O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, é com grande prazer que me associo à homenagem que o Senado Federal presta à EMBRAER S.A., ao seu ilustre ex-Presidente, Dr. Ozires Silva, aos dirigentes dessa notável empresa brasileira, à frente o Dr. Frederico Curado, e a duas também notáveis instituições brasileiras sem as quais o Projeto EMBRAER não poderia ter-se viabilizado - o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica. 

            O Brasil, efetivamente, tem uma vocação para o pioneirismo na atividade aeronáutica, uma vocação que remonta a Bartolomeu de Gusmão, inventor do aeróstato e apelidado Padre Voador; que passa pelo inventor do avião, Santos Dumont, e outros grandes nomes da aviação; e que chega ao Século XXI com uma empresa competitiva e detentora de alta tecnologia na fabricação de aeronaves, a EMBRAER - a terceira maior do mundo, ainda que enfrentando uma concorrência absolutamente desigual com as nações mais ricas.

            A EMBRAER nasceu de um sonho, o de se implantar no Brasil uma indústria aeronáutica, e de um projeto estratégico, de substituição de importações. O Dr. Ozires Silva, seu primeiro presidente, esteve à frente da empresa por 21 anos, em dois períodos distintos, e sua atuação é reconhecida como de fundamental importância para que a EMBRAER se consolidasse num mercado tão complexo e competitivo.

            Não podendo confrontar as gigantes do setor, a EMBRAER, ao longo desses 42 anos, teve muitas vezes de mostrar-se inovadora e flexível para encontrar seu espaço. Produtos como os antigos aviões Bandeirante, Xingu e Brasília, caças como o AMX e os EMB Tucano e Xavante, jatos para aviação regional, da série ERJ, ou de porte médio, como os EMBRAER 170/195, ou ainda aviões executivos, como os Phenon e os Legacy, tiveram grande aceitação no mercado e são motivo de orgulho para a empresa e para o povo brasileiro.

            Hoje, a indústria aeronáutica passa por grandes transformações, tendo, entre outros desafios, a necessidade de reduzir os custos com o combustível e de minimizar o impacto ambiental. O setor antevê um acirramento na competição, e a EMBRAER, que mostra boa recuperação quanto aos efeitos da crise financeira internacional, já se preocupa em diversificar sua produção e inovar para garantir seu mercado.

            Esse desafio e essa ousadia, Senhoras e Senhores Senadores, ilustres convidados e autoridades presentes, não seriam possíveis se ao longo desses 42 anos a EMBRAER não contasse com a inteligência, a coragem e a competência de dirigentes como o Dr. Ozires Silva e de um corpo técnico altamente qualificado. Não seria possível, igualmente, se não contasse com o sustentáculo do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial ou do Instituto Tecnológico da Aeronáutica - de onde proveio, aliás, grande parte dos seus efetivos.

            Na justa homenagem que esta Casa presta a essas instituições, quero renovar meus votos de reconhecimento e desejar que continuem a trajetória de sucesso que tanto orgulha o nosso Brasil.

            Muito obrigado!