O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Será assegurada a palavra a V. Exª após a sessão de homenagem.

            A partir deste momento, iniciamos a formação da Mesa desta importante sessão de homenagem ao nosso querido BRDE.

            Convidamos o primeiro signatário da presente sessão, Excelentíssimo Sr. Casildo Maldaner, para que venha sentar conosco e compor a Mesa. Já tomo a liberdade de pedir uma salva de palmas, porque S. Exª foi quem organizou, elaborou e propiciou este momento tão importante para toda a região Sul.

            Convidamos o Diretor-Presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Sr. Renato de Mello Vianna. (Palmas.)

            Convidamos o Secretário Executivo de Articulação Nacional de Santa Catarina, Sr. Acélio Casagrande, que representa o Governador de Estado, o Exmº Sr. Raimundo Colombo. (Palmas.)

            Se estiver presente, também convidamos o Presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado, Exmº Sr. Procurador Juliano Dossena.

            S. Exª está presente. (Palmas.)

            Convido todos para que, de pé, acompanhemos o Hino Nacional brasileiro, que será cantado pelo Coral do Senado Federal.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.)

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim.Bloco/PT - RS) - Meus amigos e minhas amigas, é uma satisfação enorme recebê-los aqui neste momento, e coube a mim fazer o pronunciamento em nome da Presidência da Casa.

            Primeiro, destacamos que, por oportuna iniciativa do eminente Senador Casildo Maldaner, primeiro signatário do Requerimento nº 411, de 2011, o Senado Federal presta, neste momento, justa homenagem aos 50 anos de fundação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), instituição financeira de grande importância no fomento ao desenvolvimento econômico dos Estados meridionais do Brasil.

            Criado em 15 de junho de 1961, o Banco é controlado, em iguais proporções, pelos governos dos Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sendo que mantém, desde 2009, uma representação na capital do Mato Grosso do Sul, Estado que desde aquela ocasião passou a fazer parte da área de influência desse importante Banco.

            O BRDE é, hoje, o quarto maior repassador de recursos do BNDES no sul do País, contando ainda com uma parcela de capital próprio que aloca junto aos seus clientes. Sua carteira de aplicações apresenta histórico bastante equilibrado no que diz respeito à participação dos vários setores da atividade econômica. Durante o ano de 2010, por exemplo, direcionou 33% das suas operações de crédito para o setor industrial, 31% para o de serviços, 25% para a agropecuária e 11% para a infraestrutura.

            Esse é um procedimento elogiável e adequado, muito importante para balancear entre os diversos setores da economia - todos eles relevantes na geração de renda e de riqueza - as oportunidades e os incentivos trazidos pelo financiamento oficial.

            Mas o perfil dos tomadores é também interessante.

            Ainda tomando como exemplo o balanço de 2010, temos que - sob o ponto de vista quantitativo - 46% deles beneficiaram o micro e o pequeno produtor rural; e 9%, a micro e a pequena empresa, perfazendo, no seu total, 55% de operações dirigidas à clientela de menor porte. Esses mesmos segmentos acabaram por absorver, ao final, 31% do volume de recursos financeiros alocados durante o período.

            Pela importância dos micro e pequenos empreendimentos produtivos na economia nacional, tais números somente poderiam merecer o nosso forte aplauso.

            Aplauso ao BRDE. Não é para mim, não. Aplausos ao nosso Banco. (Palmas.)

            Entretanto, as instituições financeiras bem sabem que seus resultados não podem ser mensurados apenas por números estritamente vinculados a sua atividade negocial, ainda mais aquelas que se subordinam ao setor público. É cada vez mais importante para elas - ou para qualquer outra organização que queira ganhar o respeito da comunidade em que se insere - agregar valor social por outros meios e instrumentos, mesmo que de caráter indireto.

            Assim, no caso do BRDE, vemos com satisfação que os impactos de sua ação negocial são muitos e diversificados, e realmente vão além do que os analistas costumam chamar de “a última linha do balanço”, ou seja, do lucro propriamente dito.

            Em 2009, as ações com o microcrédito foram ampliadas junto à Instituição Comunitária de Crédito, na região serrana; e à ICC Central, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. As ações relativas ao crédito cooperativo foram fortalecidas. Os empregos mantidos em função do BRDE ultrapassam a casa dos 80 mil, entre diretos e indiretos. E inúmeras, igualmente, foram as promoções na área do apoio à saúde, à educação e à cultura.

            Por isso, o balanço de 2009 estima uma geração global de riqueza da ordem de 241 milhões de reais, que têm como principais beneficiários o Governo e os colaboradores. Há ainda - é evidente! - os incalculáveis impactos socioeconômicos obtidos com a atividade propriamente dita de fomento ao desenvolvimento.

            Por tudo isso, Senhoras e Senhores, é com orgulho que o Senado Federal comemora, nesta data, o cinquentenário de fundação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, instituição modelar que, a despeito da maturidade negocial que alcançou, continua voltada para o que há de mais moderno e urgente na agenda do Brasil, ou seja, o desenvolvimento econômico socialmente agregador e sustentável.

            Parabéns, portanto, aos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e, agora, do Mato Grosso do Sul, por contarem - para superação do exigente desafio de promover a prosperidade social - com a colaboração de uma instituição do porte e da utilidade do nosso querido BRDE.

            Parabéns a todos, e muito obrigado pela atenção. (Palmas.)

            Neste momento, com enorme satisfação, concedo a palavra ao Senador Casildo Maldaner, primeiro subscritor do requerimento, nosso amigo e parceiro, a quem aprendi a respeitar muito aqui no dia a dia da Casa por suas posições muito firmes em defesa não só do povo do seu Estado, mas de todo o Brasil.