Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reverência à memória do cineasta, ator e escritor Glauber Rocha, pela passagem dos trinta anos de seu falecimento.

Autor
Marta Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Marta Teresa Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Reverência à memória do cineasta, ator e escritor Glauber Rocha, pela passagem dos trinta anos de seu falecimento.
Publicação
Publicação no DSF de 24/08/2011 - Página 33969
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, ATOR, DIRETOR, CINEMA.

            A SRª MARTA SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Prezado Presidente Sarney, Srª Lúcia e Srª Paloma Rocha, familiares de Glauber Rocha, eu estava ouvindo os discursos e pensando, querida Lídice, proponente desta homenagem a Glauber Rocha, pelos 30 anos de seu falecimento, o que ele estaria achando. Porque não somos tão criativos e inovadores e fazemos coisas do tipo que ele faria, mas aqui vai do jeito que a gente consegue fazer, falando da nossa admiração e do nosso carinho por tudo que ele significou para este Brasil criativo.

            E acredito que uma das grandes qualidades de Glauber Rocha, que, para a minha geração, foi um ícone, foi ele ser um provocador, uma pessoa pensante, criativa, provocadora e que você não conseguia saber o que ele ia fazer ou não conseguíamos, pelo menos, nós, telespectadores, saber a linha daquele pensamento. Mas era sempre um pensamento que trazia alguma coisa que provocava uma reflexão. E, como toda pessoa polêmica e inovadora, provocava crítica de um lado e incompreensão e, de outro lado, enorme admiração.

            Mas, ainda em vida, as pessoas já sabiam - acredito que ele faleceu com 42 anos - que ali estava um dos grandes pensadores de sua geração e que deixa uma marca, uma marca que foi quase que uma luz para tantos cineastas brasileiros e que, a partir desse exemplo de Glauber, que falava é uma ideia e uma câmara, e isso dá para fazer um filme, a partir disso, tivemos várias gerações, que seguiram e conseguimos reconhecimento também internacional.

            Aqui fica uma singela homenagem a essa pessoa que tanto nos deu e que hoje é considerado um símbolo da criatividade do cinema nacional e um gênio brasileiro.

            Muito obrigada. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/08/2011 - Página 33969