O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, poucos sabem nesta Casa que sou bancário. Eu queria registrar e pedir aqui para ser dado como lido um pronunciamento em que trato sobre a campanha salarial dos bancários de bancos públicos e de bancos privados, que pedem um reajuste de 12,8%, 5% de aumento real mais a inflação, que eles estimam em 7,5%, participação nos lucros. Pedem ainda um conjunto de outros itens. Destaco aqui a parte de uma solução para rede de credenciados de planos de saúde.

            Destaco que, hoje, houve aqui uma importante reunião na Cadesp, com a presença do Ledir, do Mano, do Luiz Pires, lideranças que atuam nessa área da política sobre drogas.

            Também o Ministro Lobão aqui tratou do pré-sal. Penso que houve grandes avanços nesses dias, nesse diálogo entre os Estados.

            E o Ministro do Turismo, Pedro Novais, aqui, fez um balanço de toda essa situação do seu Ministério, mas também da atuação, do lado positivo do trabalho do Ministério. Cobrei dele aqui que ele pudesse liderar a busca de uma política para essa área da aviação regional.

            Ainda ontem, eu vinha de Teresina. Alguém que quer ir de Teresina para o Rio Grande do Norte tem de vir a Brasília. Essa é a situação em praticamente todas as regiões do Brasil. É preciso uma solução urgente. Já há um projeto pronto. A ideia é a de que possa ser encaminhado a esta Casa.

            Muito obrigado.

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR WELLINGTON DIAS

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            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, está em curso a campanha nacional unificada dos bancários para 2011. Com o slogan, compromisso com o Brasil e com os brasileiros, a pauta de reivindicações deste ano foi entregue à federação dos bancos - a Fenaban - em 12 de agosto.

            Sr. Presidente, como vocês sabem sou empregado da Caixa Econômica Federal, onde comecei minha vida pública, nos anos 80, no movimento que lutou por bandeiras históricas dos trabalhadores brasileiros, do direito à sindicalização ao direito de ser considerado bancário.

            Mas, não é somente por ser bancário que subo hoje nesta tribuna para defender as bandeiras de luta de meus companheiros e companheiras. É antes de tudo porque sou brasileiro e estou senador para defender os direitos de todos os trabalhadores.

            A principal luta dos bancários é por um atendimento bancário de qualidade. Para isso, é preciso ser contra a precarização do trabalho bancário, é preciso lutar pela dignidade e respeito de uma profissão que exige tanto da gente.

            Mais do que lutar por melhores salários, os bancários querem que os banqueiros assumam suas responsabilidades de parceiros na redução das desigualdades de nosso Brasil com a assinatura da Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros. O objetivo é a venda ética de produtos e o cumprimento do papel social dos bancos.

            Sabemos das desigualdades deste País. O Norte e o Nordeste sempre foram objeto de abandono, descaso, de uma política que perpetuava a condição de sub-regiões.

            Mas, essa é uma realidade que está mudando. Quando o Governo investe no Norte e no Nordeste hoje, tem nos bancos públicos como a Caixa Econômica Federal, uma parceria que é estratégica para o Brasil. Os índices de crescimento do Nordeste, mesmo durante a crise recente, demonstraram o acerto dessa política de reduzir a pobreza, de dar dignidade e cidadania aos nordestinos.

            Os bancos privados também podem ser parceiros nesse processo.

            A pauta de reivindicações dos bancários este ano inclui o reajuste salarial de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500; valorização do piso salarial; aumentos nos vales alimentação e refeição; plano de cargos e salários para todos; fim das metas abusivas e do assédio moral; melhores condições de trabalho, ampliação das contratações e mais segurança.

            A primeira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos será realizada na terça e quarta-feira que vem, dias 30 e 31 de agosto, sobre emprego e reivindicações sociais, em São Paulo. Também foram agendadas mais duas rodadas. A segunda acontecerá nos dias 5 e 6 de setembro, envolvendo saúde e condições de trabalho, e a terceira, no dia 13 de setembro, sobre remuneração.

            Espero que a campanha nacional unificada 2011 sensibilize a Fenaban. Espero sinceramente que o entendimento aconteça e um acordo bom para todos seja firmado.

            Era isso que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.