Discurso durante a 144ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Manifestação em relação ao pronunciamento do Senador Humberto Costa.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, CORRUPÇÃO.:
  • Manifestação em relação ao pronunciamento do Senador Humberto Costa.
Publicação
Publicação no DSF de 25/08/2011 - Página 34402
Assunto
Outros > ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, CORRUPÇÃO.
Indexação
  • CRITICA, PRONUNCIAMENTO, HUMBERTO COSTA, SENADOR, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), REFERENCIA, COMBATE, CORRUPÇÃO, PAIS.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Presidente, eu quero começar achando graça: qua, qua, qua, qua. Qua, qua, qua, qua! Presidenta, muita risada! É qua, qua, qua, qua, Presidenta.

            Presidenta, defender o indefensável na tribuna, Presidenta? O Brasil inteiro percebe que o Governo petista institucionalizou a corrupção neste País!

            A Casa Civil dos petistas virou a casa maldita, Brasil! A casa maldita, Brasil! Quem não se lembra do Dirceu? Colocaram o Palocci. Quem não se lembra do Palocci? Quem colocou o Dirceu? Quem colocou o Palocci foi o Lula ou foi a Dilma?

            Defender o indefensável. Quantos milhões, bilhões, Senadores e Senadoras? Dizer que não assina CPI porque nós estamos fazendo palanque? Não estamos em ano eleitoral, Presidenta. Não se vive ano eleitoral, Presidenta. Não há palanque nenhum, Presidenta. Não existe palanque nenhum! O que existe é covardia! Essa é a palavra. É a covardia que existe contra o povo brasileiro, Presidenta.

            Este Senado devia se unir para combater a corrupção, mais do que nunca. Passamos por uma fase de desmoralização nesta Casa, no Congresso Nacional, cheio de corrupção. Este País está desmoralizado, e ainda sobem à tribuna para defender a corrupção neste País? Quem somos nós? Quem somos nós? Que Senadores somos? Quem nos mandou para cá? A quem devemos? Devemos ao povo brasileiro. Devemos à Nação. Devemos ser patriotas, devemos cumprir com o nosso dever.

            Não me ajoelho ao pé de ninguém! Não quero emenda de ninguém! Não quero cargo público! Quero defender a minha Pátria. Quero defender o meu povo, aquele povo que me mandou para cá, Presidenta. É o orgulho que eu tenho, Presidenta.

            Minha cara não treme, Presidenta. Minha cara não treme. Minha cara não é cínica. Minha cara não é sem-vergonha, Presidenta. A minha cara é de um brasileiro que ama sua Pátria, Presidenta, que está aqui falando todos os dias contra a corrupção, porque o povo brasileiro merece o nosso respeito

            Aquele sofrido, aquele que está lá precisando de um remédio, aquele que está lá nos campos abandonado, aquele que está lá e que não tem hoje, no Pará, um quilo de farinha para comer, aquele que tem que bater na porta dos outros para pedir um remédio ou alimento, e esses bandidos, safados, corruptos tirando dinheiro dos pobres coitados brasileiros.

            Obrigado, Presidenta.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/08/2011 - Página 34402