O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Senadora Marta Suplicy, Srªs e Srs. Senadores, motivo justo e de reconhecimento me traz a esta tribuna para registrar a nossa saudação aos soldados brasileiros, que juntamente com o Patrono do Exército, celebram a data deste 25 de agosto. Dia do Soldado, dia do braço forte, da mão amiga, como bem contempla a frase da corporação.

            Nós que somos da Amazônia e que acompanhamos tudo o que da região é falado, entre mitos e verdades, uma coisa efetivamente temos a obrigação de destacar: onde ninguém vai, o Exército vai!

            O meu querido irmão, Senador Gilvam Borges, pediu que eu viesse à tribuna homenagear esta data, e eu estou fazendo com muito prazer.

            Nossa região, detentora de flora e fauna exuberantes, de riquezas desconhecidas e berço de uma das mais extraordinárias coleções minerais do universo, deixa evidente sua condição estratégica de alto interesse para os brasileiros.

            E isso impõe a necessidade de cuidar dela, defendê-la e, ao mesmo tempo, integrá-la ao ambiente nacional e articulá-la com os nossos vizinhos também depositários desse patrimônio maravilhoso.

            Portanto, hoje, quando aclamamos os soldados brasileiros, o fazemos também diante da perspectiva da presença do Exército na região desde o início do século XVII, especialmente com as suas unidades de fronteira. Repito, onde ninguém vai, o Exército vai!

            A presença desse corpo de valentes em áreas inóspitas, distantes, desprovidas de recursos, impõe a eles e suas famílias algumas doses extras de bravura, resistência e amor pátrio.

            É sabido que as unidades onde se instalam aqueles batalhões provocam em torno o surgimento de polos de desenvolvimento e núcleos habitacionais garantidores da presença brasileira e de nossa soberania.

            Essa ação pioneira e desbravadora que o Exército Brasileiro realiza não apenas na Amazônia, mas em outras regiões do País, integra sua missão constitucional.

            Eles colaboram com o povoamento das áreas longínquas, proporcionando um mínimo de infraestrutura até que chegue o desenvolvimento, fornecendo serviços básicos, numa ação muitas vezes silenciosa e desconhecida por parte dos brasileiros.

            Os soldados estão à frente das missões de paz, pacificando ou estabilizando nações assoladas por conflitos.

            Os soldados estão à frente das ações cívico-sociais levando assistência e auxílio a comunidades, desenvolvendo o espírito cívico e comunitário e auxiliando a população em situações de calamidade.

            Os soldados estão à frente de atividades afetas à ciência e tecnologia, à engenharia e à construção, à logística, à saúde, ao esporte.

            A carreira de soldado concede ao jovem o aprendizado de valores como disciplina, organização, amor à pátria, solidariedade e perseverança, entre vários outros que orientam suas atividades dentro e fora do quartel, em tempos de guerra e em tempos de paz!

            Na simplicidade dessa homenagem, quero também destacar a figura da mulher nas corporações. Somente em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres oficialmente ingressaram no Exército Brasileiro, mas a primeira participação de uma mulher em combate ocorreu em 1823, quando a baiana Maria Quitéria de Jesus, lutou pela manutenção da independência do Brasil, sendo considerada a primeira mulher a assentar praça em uma Unidade Militar.

            E hoje elas estão lá, como médicas, dentistas, arquitetas, enfermeiras, engenheiras, advogadas, administradoras, contadoras, professoras, analistas de sistemas, jornalistas, entre outras áreas de ciências humanas e exatas, atendendo às necessidades em diversas instituições militares.

            O dia do soldado é comemorado hoje, 25 de agosto, data instituída em reconhecimento a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército brasileiro.

            Ao longo do século XX, o Dia do Soldado foi perdendo sua popularidade, mas não seu reconhecimento.

(Interrupção do som.)

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP) - Hoje aqui, homens maduros, talvez ainda tenhamos no rastro da memória aquele desejo impetuoso dos tempos de menino, que nos fazia responder à pergunta: “o que você quer ser quando crescer?” “Soldado”, a gente respondia; “soldado do Brasil!”. É a eles que dedico a minha fala de hoje.

            Concluindo, quero mandar um abraço especial aos empresários Josiel Alcolumbre e Silas Júnior, que, antes de assumir a tribuna, me ligaram para mandar um abraço, já que a tribuna do Senado tem uma audiência fantástica.

            Estou abusando inclusive do meu tempo; tenho apenas mais 15 segundos. Quero agradecer à minha querida Senadora Marta Suplicy, que está aguardando. Já estou liberando a tribuna para V. Exª proferir seu discurso, Senadora.

            Muito obrigado pela generosidade do tempo, Senador.