O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado.

            Srª Presidente...

            A SRª PRESIDENTE (Marta Suplicy. Bloco/PT - SP) - Espere, por favor. Pelo Regimento, tenho que dar a autorização para falar sentado, com muito prazer. É uma honra ouvi-lo.

            O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN.) - Muito obrigado.

            Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao longo desses dias, continuamos a acompanhar denúncias que estão sendo veiculadas pela imprensa, bem como matérias jornalísticas que versam sobre esse importante assunto envolvendo alguns setores do Governo em esquemas de corrupção.

            Não vou falar especificamente sobre isso, até porque esses acontecimentos já são objeto de investigação dos órgãos competentes.

            A bem da verdade, esses acontecimentos fazem parte do regime democrático, fazem parte do Estado de direito. Cada um tem uma missão a cumprir.

            Nesse sentido, é claro que cabe ao Governo, no caso o Governo da Presidenta Dilma, zelar para que o desvio de dinheiro público seja coibido. Toda vez que se tenha notícia de tal fato, tem que se investigar e combater, e é isso que a Presidenta está fazendo.

            À Polícia Federal, é claro, cabe instrumentalizar, na prática, através de suas ações, como vem fazendo.

            O Poder Judiciário deve ter sua participação competente e atuante nessa mesma direção, dando legitimidade às ações policiais e disciplinando, quando for o caso, para evitar abusos.

            À imprensa, também cabe, naturalmente, a fiscalização e as denúncias de mazelas e desvio de dinheiro público em órgão do Governo, sempre com muita responsabilidade.

            Finalmente, ao Parlamento cabe dar o voto de confiança e apoio à Presidenta Dilma Rousseff, aos órgãos e instituições competentes para o combate ao câncer da administração pública, que é a corrupção.

            A vida nos ensina que sempre devemos ter muita cautela ao atribuir culpa a outrem. Assim sendo, faço um apelo para que não sejamos apressados nos nossos julgamentos.

            Apoio todos aqueles que defendem ações contra corrupção. Em qualquer lugar onde ela estiver. Entretanto, é necessário, é fundamental que não haja precipitações, que não haja pré-julgamentos ou condenações, pois já vimos isso no passado.

            Não se pode agir de forma puramente emocional quando se trata da honra de pessoas, de homens públicos, que têm o direito de defesa.

            Não estou aqui defendendo quem quer que seja. Apenas acredito que o Senado Federal pode contribuir, de maneira positiva, na busca pelo fim da impunidade de corruptos e corruptores, reafirmando, assim, o Estado democrático.

            Quero encerrar meu pronunciamento dando o meu apoio à Presidenta Dilma e peço a Deus que a ilumine e ela tenha forças para dar continuidade a essa luta, doa a quem doer.

            Obrigado.