Discurso durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo ao Banco Central no sentido de que, na reunião de hoje, se empenhe na redução da taxa de juros. (como Líder)

Autor
Wilson Santiago (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: José Wilson Santiago
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Apelo ao Banco Central no sentido de que, na reunião de hoje, se empenhe na redução da taxa de juros. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 31/08/2011 - Página 35632
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • COMENTARIO, DEFESA, ORADOR, REDUÇÃO, BANCO CENTRAL DA REPUBLICA DO BRASIL (BCB), TAXAS, JUROS, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, GERADOR, EMPREGO, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

            O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB - PB. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, profissionais da imprensa, demais senhores e senhoras, o Brasil, nos últimos anos, especialmente nos últimos oito anos, tratou de várias políticas públicas e decisões governamentais que de fato contribuíram não só para o desenvolvimento como também para a geração de emprego e renda neste País.

            Essas políticas, Sr. Presidente, como por exemplo o controle da inflação, o controle do superávit primário com compromissos para o pagamento das dívidas, redução das taxas de juros, além de outras decisões que contribuíram muito, Senador Antonio Carlos Valadares, para termos aquilo que todos nós testemunhamos no último ano. Por exemplo, em 2010, uma taxa de crescimento de mais de 7% ao ano.

            Graças a essas políticas, graças a essas decisões governamentais, Sr. Presidente, nós testemunhamos o Brasil entrando no trilho do desenvolvimento, do crescimento com geração de renda, com geração de emprego e com melhor qualidade de vida da população brasileira.

            Chegamos a ver, Senador Eduardo Suplicy, a taxa de juros, como acompanhamos no ano passado, cair de 12,5% para 9,5%; portanto, foi de 3%, como acompanhamos no ano passado, a queda da Selic, da taxa de juros do nosso País.

            Infelizmente, no final do ano passado e início deste ano, com as questões internacionais, as crises internacionais, acompanhamos um retorno do crescimento da taxa de juros, voltando aos 12,5%. Isso muito nos tem preocupado nos últimos anos, especificamente neste momento em que o Brasil volta a enfrentar ou a sofrer as conseqüências da crise internacional.

            Hoje, por exemplo, ou digo até ontem, a Presidenta Dilma se reuniu com o conselho político e com vários Ministros da área econômica para adotar algumas medidas, como, por exemplo, a elevação do superávit primário em mais R$10 bilhões, o controle fiscal, apelando para que de fato se reduzisse a taxa de juros para contribuir, Sr. Presidente, com a continuidade do crescimento econômico, se não no patamar de 7%, que testemunhamos no ano passado, mas pelo menos com a previsão mantida em 4,5% no ano de 2010.

            Hoje temos a informação de que o Banco Central se reúne para decidir a diminuição da taxa de juros. Essa decisão, de fato, interessa à população brasileira, especificamente ao setor produtivo, especificamente àqueles que aplicam no desenvolvimento, na geração de emprego, e que esperam do Banco Central a compreensão no que se refere à diminuição da taxa de juros para contribuir com o desenvolvimento, com a geração de emprego e com a melhoria da qualidade de vida e de oportunidades que todos os brasileiros esperam, não só do Governo, como também do Congresso Nacional.

            A tensão nossa, na tarde de hoje, de fato, tem sido grande, e tenho certeza de que de todo o setor produtivo deste País também, o setor econômico, além daqueles que apostam no melhor para o Brasil; não no pior. Muitos apostam no pior, levando as questões para o lado político e para as decisões político-partidárias. Nós não. Apostamos no que for melhor para o Brasil.

            E por essa razão, Sr. Presidente, é que temos que fortalecer a intenção do Governo no que se refere a essa redução da taxa de juros com ampliação das políticas públicas. Com isso, teremos melhoria dos programas, maior abrangência dos programas sociais e também dos demais programas do Governo, para que o Brasil continue crescendo, para que o Brasil seja aquele Brasil com que todos nós sonhamos e que todos nós almejamos.

            Precisamos baixar o mais rápido possível a Selic, precisamos reduzir os juros para que tenhamos condições de continuar com essa abrangência e com essa perspectiva de crescimento, não só aumentando as nossas exportações como também o respeito internacional que os demais países têm pelo Brasil. E eu tenho certeza de que essa política, com o apoio de todos nós, será redentora para o futuro de todos nós brasileiros.

            Por isso, Sr. Presidente, este é o nosso registro no dia de hoje, no sentido de não só apelar ao Banco Central para, nesta reunião que se realiza hoje - não sei se terminará hoje ou só amanhã -, que aposte na redução dos juros, a fim de contribuir com o setor produtivo, com a geração de emprego e com o desenvolvimento do nosso País.

            Essas políticas públicas e decisões do Governo, apesar de serem com cortes no orçamento, o que dói muito no que se refere a investimento, são necessárias neste instante. E nós temos que não só apoiar como também preservar o salário das pessoas, a perspectiva de melhoria e também os ganhos reais que, graças a Deus, alcançamos nos últimos anos.

            Despeço-me, Sr. Presidente, agradecendo a atenção de V. Exª, como também de todos os demais companheiros que aqui estão, para juntos decidirmos continuar apoiando essas políticas, que de fato contribuem para a melhoria da qualidade de vida, a garantia do futuro econômico do nosso País e oportunidade de trabalho da grande maioria da população brasileira.

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/08/2011 - Página 35632