O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Copa do Mundo, grande evento internacional de futebol que terá como sede o nosso País, sem dúvida alguma, vai colaborar, vai contribuir, de forma decisiva, para o incremento do turismo, para a geração de emprego, para a melhoria dos nossos estádios de futebol e para a construção de outros novos, como também para o aperfeiçoamento do transporte coletivo, da mobilidade urbana, que será incrementada ao longo desse processo de preparação da Copa do Mundo.

            Sabemos que o futebol atrai as atenções de milhares de pessoas durante a realização dessa competição internacional. O Brasil vai realizar, pela segunda vez, a Copa do Mundo em nosso território. É um acontecimento ímpar, que merece não apenas ser comemorado, como também assinalado perante a nossa história como um dos grandes eventos que o Brasil conseguiu atrair com sua economia pujante, com sua organização na área desportiva, com a solidariedade do seu povo.

            Eu gostaria de fazer um pequeno relatório, Sr. Presidente, de algumas providências efetivas que o Governo Federal está tomando para realização da Copa do Mundo.

            Nove estádios estarão concluídos até o final de 2012. A partir de amanhã, já poderemos fazer a contagem regressiva dos mil dias que faltam para a Copa do Mundo. Os projetos desses nove estádios, que serão entregues em 2012, estarão concluídos, mas o restante será entregue em 2013.

            O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contribui com R$400 milhões para cada estádio, perfazendo um total de R$2,3 bilhões de investimentos com a participação desse Banco.

            Para atender não só aos torcedores, que poderão se hospedar até em navios, mas também à demanda crescente de cruzeiros no litoral brasileiro, sete novos terminais turísticos estarão em funcionamento no ano de 2013, com investimentos da ordem de R$898 milhões.

            O conforto e a segurança dos passageiros é preocupação do Governo, que, na construção e melhoria de seus aeroportos, investirá R$6,5 bilhões. Treze aeroportos estão sob a atenção do Governo. Desses treze aeroportos, oito já estão em obras, e um deles, o Viracopos, já está pronto para a Copa do Mundo.

            Das doze cidades onde serão realizados os jogos, cinco já iniciaram a reformulação do transporte coletivo necessário. Todos os 49 projetos estão dentro do cronograma, que demanda um investimento de R$12 bilhões.

            Sr. Presidente, sete aeroportos, onde o investimento, como falei, é de R$898 bilhões - os de Fortaleza, de Manaus, de Natal, de Recife, do Rio de Janeiro, de Salvador e de Santos -, estão nas preocupações do Governo. Os aeroportos atraem investimentos privados, como é o caso do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, o que prova e denota o interesse da iniciativa privada em participar dos investimentos da Copa do Mundo.

            É impressionante o montante de investimentos que o Governo está fazendo, neste momento, para a Copa do Mundo!

            O emprego é muito importante para um país em desenvolvimento, sequioso de ocupação. A juventude, a cada dia, bate à porta do nosso mercado de trabalho. A Copa deve gerar 700 mil empregos e movimentar nada menos do que R$183 bilhões, e a estimativa é de que o impacto sobre o PIB seja de 0,4% até o ano de 2019.

            De acordo com o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, será lançado, em setembro, edital para a produção da campanha de promoção do Brasil no exterior. Isso vai repercutir, sem dúvida alguma, sobre a vinda de turistas para a Copa, os quais conhecerão de perto as belezas naturais do Brasil, a solidariedade do seu povo, a sua culinária, os seus restaurantes, os seus hotéis, as suas praias. O campeonato mundial é um evento que se autopromove, mas devemos aproveitar a oportunidade para promovê-lo.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Sr. Presidente, já estou encerrando. V. Exª poderia me conceder mais dois minutos?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - V. Exª será atendido.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Agradeço a V. Exª.

            A meta é a de que, no Brasil, haja nada menos do que 7,2 milhões de visitantes em 2014. Que beleza! O Brasil, um País continental, de praias belíssimas, de um povo generoso, recebendo 7,2 milhões de visitantes no ano da Copa!

            O Brasil vai aproveitar a Copa para subir no patamar de participação do País no mercado de turismo internacional. A meta é a de que tenhamos US$10 bilhões em divisas com essa visitação maciça de estrangeiros em nosso País durante a realização da competição da Copa do Mundo.

            Portanto, Sr. Presidente, é motivo de orgulho para nós, brasileiros, sermos a sede da Copa do Mundo, ainda mais porque o Governo Federal, a Presidenta Dilma, demonstra seu espírito de engajamento com o orgulho nacional, com a força do espírito da juventude, que adora o futebol. Não só a juventude, mas pessoas de todas as idades e de todos os segmentos sociais têm o futebol como a matéria-prima de seu lazer, de suas alegrias, de seus entusiasmos e de suas comemorações.

            Esperamos que, na Copa do Mundo, possa surgir um novo Pelé, possa surgir uma nova “Seleção canarinho”, como a de 1970, com os “92 milhões em ação”. Aquela música emocionou todos nós, com a vitória do Brasil no México.

            É um momento, Sr. Presidente, de orgulho, não de desfazimento desse orgulho. A Copa do Mundo é um evento que atrai multidões não só para a televisão, mas também para os estádios. Mas o mais importante é que nossa economia vai ganhar muito com isso. São US$10 bilhões, no mínimo, que serão injetados em nossa economia no ano da realização da Copa do Mundo.

            Receberemos muita gente de todas as partes deste Planeta e mostraremos, acima de tudo, nossa cortesia e nossa solidariedade. Nosso espírito é o de receber nossos visitantes com alegria e com entusiasmo em nossas faces.

            Portanto, Sr. Presidente, o Brasil já comemora, por antecipação, esse grande evento que vai colocar o nosso País entre os primeiros na era do turismo internacional, entre os primeiros no futebol e entre os primeiros como campeão da simpatia, da correção e do trabalho.

            Obrigado, Sr. Presidente.