Discurso durante a 160ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao pronunciamento oficial feito pela Presidente Dilma Rousseff na véspera do dia 7 de setembro. (como Líder)

Autor
Demóstenes Torres (DEM - Democratas/GO)
Nome completo: Demóstenes Lazaro Xavier Torres
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Críticas ao pronunciamento oficial feito pela Presidente Dilma Rousseff na véspera do dia 7 de setembro. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 16/09/2011 - Página 37593
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • CRITICA, PRONUNCIAMENTO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ASSUNTO, SITUAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, COMBATE, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA SOCIAL, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, POLITICA INDUSTRIAL, POLITICA DE EMPREGO.

            O SR. DEMÓSTENES TORRES (Bloco/DEM - GO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, os dias se passaram e ninguém do Governo veio a público retificar as aleivosias ditas pela Presidente Dilma Rousseff na véspera do 7 de setembro. A capacidade de sobrevivência do ser humano faz com que seu organismo suporte o calor do Saara e o frio do Alasca. Só não tentem dizer para quem caminha no deserto que aquilo em que ele está pisando é gelo. No Brasil, o Governo avalia erroneamente que a população aguenta qualquer coisa e, por isso, tenta iludi-la com golpes publicitários. A Presidente Dilma apresentou aos brasileiros o país de Leibniz, o melhor dos mundos possíveis.

            Num pronunciamento escrito por Pangloss, Dilma zombou dos difíceis momentos econômicos capazes de derrubar bolsas, prestígios e chefes de Estado ao redor do mundo. Segundo a Presidente, lendo as linhas entortadas por Pangloss, "a crise atual é mais complexa que aquela de 2008, da qual nós nos saímos muito bem". E voltou à tona afirmando que "a crise não nos ameaça fortemente porque o Brasil mudou para melhor".

            Dilma, como se sabe, é uma invenção de Lula. Pangloss, como se sabe, é criação de Voltaire no livro Cândido ou o Otimismo. O otimismo, como Voltaire fez seus leitores saberem, é patrocinado por Leibniz. Criadores e criaturas identificados, faz-se necessário traçar-lhes os perfis.

            Dilma foi a terceira alternativa de Lula para sua sucessão, após as quedas de José Dirceu e Antonio Palocci, defenestrados por malfeitorias. Durante a campanha, Dilma abriu mão de suas convicções para pensar pela cabeça dos marqueteiros e, de uma hora para outra, virou crente em Deus, militante contra o aborto e gerentona do dia a dia do Planalto.

            Pangloss e Cândido, entre outras peripécias, encontram o Eldorado na América do Sul, um país idêntico ao que Lula vendeu durante dois mandatos e ao que Dilma pintou na TV.

            Há, no livro, passagens hoje clássicas, como Pangloss impedindo Cândido de salvar um amigo com um argumento no nível dos lidos por Dilma: provou "que a enseada de Lisboa havia sido formada expressamente para que aquele anabatista nela se afogasse". Ou seja, os portugueses aportaram no Brasil expressamente para cinco séculos depois Lula iniciar sua dinastia.

            A catilinária da Presidente merece análise por estar recheada de sinais acerca do futuro do Brasil. Segundo Dilma, "nossas reservas internacionais estão mais sólidas do que nunca". Existem diferenças entre o temor da crise e o presente do Governo para os agiotas internacionais. O Brasil tem 350 bilhões de dólares em reservas, mas não se trata exclusivamente de prevenção. A preocupação não foi com a solidez da economia, mas com a valorização do real. Para segurar o fortalecimento da moeda, o Banco Central já comprou em 2011 mais de 60 bilhões de dólares. Isso é um Papai Noel antecipado para os especuladores, pois os juros brasileiros fazem a festa da banca.

            Embutidos na frase da Presidente estão números astronômicos que, ditos à queima-roupa, podem nem dar a dimensão do que representam. Dos 350 bilhões de dólares em reservas, 300 são em títulos e 200 deles americanos. Repito: 200 bilhões de dólares em títulos dos Estados Unidos, economia que enfrenta terremoto seguido de tsunami e incêndio. Só para manter as reservas, o Brasil torra 30 bilhões de dólares por ano, quantia superior à soma dos investimentos do Governo em infraestrutura. Melhor seria para o Brasil se Dilma tivesse anunciado que iria investir no setor ao menos parte das reservas, pois uma maneira inteligente de se preparar para a crise é aplicar nas condições de a economia crescer, resistir, competir. A Presidente evitou explicar tal omissão, pois aplica em infraestrutura na faixa de 2% do PIB. O ideal seria triplicar. Pelo que diz a Presidente, o mundo inteiro está errado e só o Brasil navega em águas mansas. O FMI informa que apenas China, Japão, Rússia, Arábia Saudita e Taiwan guardam mais recursos que o Brasil. Respeitadas as características individuais dos lugares, nossas reservas subiram o dobro da elevação das chinesas. O Japão é a terceira maior potência do Planeta, os sauditas foram assentados sobre petróleo e Taiwan é um dos tigres asiáticos. Sobrou a Rússia, que não é exatamente o que se pode chamar de bom parâmetro.

            Como o Banco Central explica esses dados escabrosos? Segundo a Folha de S.Paulo, o Banco Central admite R$ 68 bilhões com o custo do seguro em seis anos, o que evitaria prejuízos de R$ 600 bilhões com a fuga de dólares em eventual pico de crise. Trata-se de um chute, por ser impossível prever a força do golpe, onde será aplicado e qual a receita para cambalear sem beijar a lona. Em vez de brincar de adivinhação, o Governo deveria capacitar às diversas áreas e uma ótima iniciativa seria construir, reformar e manter portos, aeroportos, rodovias e ferrovias de qualidade.

            A Presidente ia falando e, na TV, surgiam em letras garrafais expressões caras ao marketing oficial. Tudo farsa! Apareciam bem grandes na tela: “Inflação sob controle”. Para se ter uma ideia, peguei um dado que saiu agora nesse exato momento: IGPM, 0,43%. Na primeira prévia de setembro. No total do ano, 7,23%, acumulado nos últimos dois meses, com o centro da inflação, a meta dela em 4,5% e 6,5% de teto.

            Então, a inflação, ao contrário do que diz a Presidente da República, não está sobre controle.

            Vinha em seguida: “Estabilidade garantida, melhor educação, melhor saúde, melhor segurança, combate à corrupção”, além de outras palavras de ordem cabíveis numa passeata, não no tórax da Presidente da República. Sobretudo, são texto publicitário, que merece reunião do Conar por iludir o consumidor. A inflação parece tão sob controle que exibiu a unha do polegar, e o Governo se mostra incapaz do mínimo para anulá-la. A estabilidade foi garantida pelo saudoso Itamar Franco e seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso. Lula e Dilma são herdeiros e mantenedores.

            Conforme pularam no sofá da casa de milhões de famílias, educação, saúde e segurança estão melhores. Ficção barata! Os seguidos resultados de exames nacionais e dos vestibulares concorridos deveriam envergonhar as autoridades, em vez de fazê-las soltar foguetes.

            No mais recente Enem, entre as mil melhores escolas, apenas 74 são públicas, resultados de anos seguidos de prédios caindo, merenda desviada, livros pornográficos, conteúdo doutrinário, salários ruins e mazelas de lotar sala. A saúde é o caos completo, a segurança nacional convive com o sucateamento das Forças Armadas e a segurança pública padece com o abandono generalizado.

            A fala de Dilma segue se assemelhando a manifestação de diretor de sindicato. Diz a Presidente:

            "A saúde, a educação e a segurança têm que deixar de ser motivo de insônia dos brasileiros para ser motivo de um novo despertar desta Nação”.

            E Dilma retoma o assunto:

            "Ampliar o acesso de todos os brasileiros a uma melhor educação, saúde e segurança são as armas mais decisivas contra qualquer tipo de crise".

            Está tudo certo, só que quem está falando é a Presidente da República.

            Ora, se ela não pode tomar nenhuma atitude, a quem nós vamos nos socorrer? Daqui a pouco eu tenho a impressão de que verei a Presidente Dilma em passeata, reclamando contra a violência!

            Ora, é o papel da Presidente, foi eleita para isso e disse que iria resolver um monte de problemas, entre eles o de segurança pública!

            Compreensível, portanto, se fosse um representante de categoria na porta da fábrica ou do órgão público exigindo melhorias. Mas trata-se da própria Presidente da República em rede nacional, reclamando com a população da qualidade dos serviços.

            Deu a entender que na manhã seguinte ela iria para a Esplanada dos Ministérios não para compor o palanque dos bacanas, mas para a caminhada contra a corrupção organizada por populares nas redes sociais.

            A técnica de tomar as bandeiras é antiga, a novidade está em uni-la a táticas de guerrilha. Misturem-se as infiltrações de Gramsci e o ideário de Pangloss e se materializa na TV a Pollyanna menina com o jogo do contente assegurando que vivemos no melhor dos mundos possíveis. Não o que ela classifica de "mundo desenvolvido", pois este, a seu ver, "piora". Realmente, o ensino na Suíça e na Inglaterra está atrasado em relação à universidade de Garanhuns.

            Pelo texto de Pangloss, "nossa situação é, de fato, privilegiada em relação a muitos países do mundo". É verdade, principalmente os dirigidos por ditadores amigos do Governo brasileiro atual e anterior. São nações com as quais é vergonhoso até ser comparado, quanto mais se regozijar em suplantá-las. A Presidente divide o mundo em dois pólos, o dos paupérrimos, que se satisfaz em sabê-los piores que o Brasil, e o dos desenvolvidos, dos quais nem fica vermelha ao desdenhar. Para ela, países como os do G-7 já estão procurando fossas submarinas para ser enterrados, e o Brasil surfa durante suas exéquias.

            Dilma disse que o Brasil está se transformando em ilha de prosperidade, porém, está mais para ilha de Cuba. Em tempos de globalização, deseja se isolar. Novamente, reproduzo suas palavras: "No caso da crise internacional, nossa principal arma é ampliar e defender nosso mercado interno, que já é um dos mais vigorosos do mundo". Em outro trecho, Dilma elogiou "o mercado interno e o poder de consumo de sua gente".

              E continua a Presidente: "Meu Governo não irá permitir ataques às nossas indústrias e aos nossos empregos. Não vai permitir, jamais, que artigos estrangeiros venham concorrer, de forma desleal, com os nossos produtos".

            São frases tão errôneas quanto perigosas.

            Sobre o mercado interno, a Presidente deseja repetir o receituário de Lula, gozando de um sucesso que vem desde a URV. Sua tarefa é evitar a ampliação da bolha, notadamente no caso do crédito. Mesmo com o vigor que a Presidente ressalta, ela sabe ser impossível se bastar com o consumo doméstico. A bonança da economia tem link direto com a alta das commodities brasileiras no exterior, mas, em caso de hecatombe internacional, é apenas exercício de retórica valer-se da situação interna.

            A Presidente se refere a "ataques às nossas indústrias", como se houvesse risco de invasão alienígena. Ora, o maior ataque que elas sofrem é da falta de investimento em infraestrutura. Como se viu pelos dados oficiais, o Governo gasta mais no serviço do seguro que com toda a estrutura viária do País. As fábricas são vítimas também da carga tributária extorsiva, da educação capenga, do apagão constante no setor elétrico, da legislação trabalhista que faz o dinheiro sair da conta do patrão e, antes de chegar ao contracheque do funcionário, ser desviado para os cofres do Governo.

            Os empresários brasileiros têm criatividade e preparo suficiente para concorrer com produtos estrangeiros, basta ao Governo não atrapalhar. Na parte civilizada do Planeta, xenofobia é apenas uma palavra que enfeia os dicionários, que sobrevive somente nas fronteiras, graças a comandantes do lado grotesco, figuras do nível de Chávez e dos irmãos Castro.

            O discurso em rede nacional de rádio e televisão, que de tão eleitoreiro pode ter sido gravado durante a campanha de 2010, tem dez minutos de promessas e balanços e pouquíssimo sobre a independência, Entre as autolouvações a si e a seu antecessor, Dilma incentivou o consumo como panaceia para a crise. Revivendo a máxima "Plante que o João garante", dos tempos esquecíveis de Figueiredo, parece estar em gestação o "Compre que a Dilma paga". Quase comemorou com um soco no ar ao dizer com entusiasmo: "O crédito continua crescendo" e "Vamos continuar consumindo".

            O brasileiro está com o pescoço na forca dos carnês. Pesquisa encomendada pela Fecomércio de São Paulo, em todas as capitais, constatou que sete em cada dez famílias estão acossadas pelas contas. No sul, as prestações aprontam o terror em 90% dos lares. Aumentou o número dos pendurados e também o valor médio dos débitos, já na casa dos 1.600 reais. O total das dívidas domésticas fechou 2009 com R$485 bilhões e no primeiro semestre deste ano já alcançava R$700 bilhões.

            Se trabalhando e recebendo em dia está complicado para o cidadão acudir os compromissos, imagine se houver dispensas. A Presidente pintou um cenário róseo, mas, em vez de atendê-la e sair do shopping carregado de sacolas, é aconselhável observar as nuvens carregadas de expectativas. Nesta quarta-feira, o Ministério do Trabalho divulgou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados relativo a agosto. Comparado com igual mês de 2010, a queda foi brutal: 36,3%. Ainda que os números tenham sido mais elevados que os de julho, é preferível manter o receio, porque desde janeiro a diferença a menor é de 16,8%, tendo como base o ano passado. O Ministério dá ciência de um fracasso exatamente uma semana após Dilma comemorar um simulacro de triunfo. Disse a Presidente: "Vivemos a melhor época do emprego da história do Brasil!".

            Então, o País que havia sido descoberto em 1º de janeiro de 2003, tem de mudar a certidão de nascimento. Até porque, segundo o discurso da Presidente redigido por Pangloss, Lula deixou-lhe de herança não apenas um ministério que se dissolve com manchetes, mas também um continente de desvalidos. Dilma falou textualmente que está tirando 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema. Em maio, quando o IBGE veio a público com o número exato de miseráveis, 16 milhões 267 mil e 197, parte dos governistas, inclusive aqui no Senado Federal, se apressou em desmentir, que não era bem desse jeito, que depende do conceito e da definição etc. Agora, seis meses depois de a pesquisa ser concluída, a Presidente reconhece os dados e admite sua inépcia para minorá-los.

            Pelo visto, Dilma vai postergar para seu sucessor a resolução do problema. Em todo o discurso, se manteve fiel ao estilo reivindicador, como se fosse um integrante a mais na marcha dos excluídos e não chefe de estado e de governo. Para isso, usou mais de uma vez até o trocadilho gasto "círculo virtuoso" em oposição ao jargão círculo vicioso. Ouçam a frase da Presidente, ipsis litteris:

“O círculo virtuoso que precisamos implantar no nosso País é o da qualidade dos nossos serviços públicos, pois já implantamos o grande círculo virtuoso do crescimento com inclusão social e distribuição de renda".

            Novo equívoco da Presidente. O trocadilho é o contrário. Os programas sociais, que em outro momento do pronunciamento ela assegurou estarem "a todo vapor" dão guinadas de 360 graus, crescem para baixo iguais a rabo de cavalo.

(Interrupção do som.)

            O SR. DEMÓSTENES TORRES (Bloco/DEM - GO) - Agradeço a V. Exª.

            Dilma se esqueceu de um axioma dos projetos de transferência de renda: seu sucesso é provado com a extinção, seu fracasso se demonstra com o crescimento. Assim, deveria lamentar que o Bolsa Família esteja inflando, com gente na fila para se inscrever, a pouco tempo de completar uma década. Aos beneficiários, Dilma disse no discurso que reserva ensino técnico no Pronatec, que seria capaz de chegar a "8 milhões de brasileiros", na contagem da Presidente. É um sonho, pois o pêndulo da realidade balança em direção diferente. Na verdade, os cursos já são oferecidos, a maioria se recusa a fazê-los e a reprimenda é nenhuma, porque o objetivo dos programas é distinto: o Pronatec capacita para o trabalho, o Bolsa Família capacita para a eleição.

            Acerca da Independência do Brasil, a Presidente se referiu timidamente, talvez por Pangloss considerar a data máxima do Eldorado algo entre o dia do nascimento de Lula, a entrada de Dilma na Casa Civil ou a chegada de Cesare Battisti com passaporte falso. Foi clara antecipação da campanha de 2014 ou obscura continuidade do pleito de 2010. Era a Presidente falando e, abaixo de seu rosto, os letreiros piscando com os detalhes do paraíso: Rede Cegonha; mais UPAs e UBC; combate ao crack; controle das fronteiras; Brasil sem miséria; PAC; Minha casa, minha vida; Supersimples.

            Enfim, programas que se revelaram fiascos se misturam a criações de governos passados e outros que nem sequer saíram do papel. Ela própria fala em "anunciar", caracterizando o crime eleitoral. Mais que o otimismo panglossiano, a Presidente incorreu em práticas tipificadas como delituosas. Mas não há crime maior do que ressuscitar a tese do Brasil Grande, diante do qual as nações poderosas se curvam e as mixurucas copiam. A distribuição de remédios é a maior do mundo. O PAC é o maior do mundo. O Minha casa, minha vida é o maior do mundo. Enfim, Pangloss está na ativa. À procura de personagem dos clássicos da literatura para caracterizar a Lula, recusei a sugestão de um amigo que sugeriu o general Ardalion Ivolguin, de "O idiota", dos grandes livros de Dostoiévski. Quando li "O idiota" na juventude, não me vinha à mente a figura do militar. Busquei no Google e encontrei algumas definições: "Patriarca da família"; "Foi para a reserva, mas continua dando palpites"; "É amigo da bebida e tem uma necessidade compulsiva de mentir".

            Portanto, percebe-se, recusei a oferta porque se vê notadamente que nada tem a ver com Lula nem com o jogo do contente da Pollyanna escrito por Pangloss.

            Muito obrigado, Sr. Presidente, inclusive pela tolerância.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/09/2011 - Página 37593