O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é para registrar, enquanto se processa a votação, que se discute a nova política antidrogas do Brasil. E faz muito bem a Presidente Dilma em fazê-lo.

            Amanhã, participo de um encontro, às 10 horas da manhã, indicado pela Presidente, com a Ministra Gleisi, para poder expor minhas ideias - e fico muito honrado com isso -, com vistas a essa nova concepção de política de combate às drogas no Brasil, uma vez que Deus me deu a oportunidade, Sr. Presidente, com minha família, Senador Renan, de recuperar drogados no País, há 30 anos. E a minha experiência de investigação na CPI do narcotráfico me dá um horizonte de como devemos proceder.

            Penso que o Governo não pode tomar para si e dizer: ”Estamos fazendo um projeto para combater o crack.” Isso é uma idiotice porque Governo não sabe fazer isso. O Governo tem que gestar os instrumentos, chamar a sociedade civil, chamar aqueles que sacerdotalmente estão na ponta: a escola, as ONGs, principalmente a família, e dar a eles a condição de fazer prevenção no Brasil, porque sairemos desse imbróglio com a prevenção. Sem prevenção, não sairemos, com uma política de guardar as fronteiras do Brasil. Então, não é um projeto para o crack, porque o oxi é pior do que o crack. Faremos um projeto para o oxi?

            Já se prendeu um carregamento de brita. A brita é pior do que o oxi. É um negócio de maluco, a cada dia que se passa.

            Então, o que precisamos fazer é tratar de prevenção, a partir da família, e não o Governo - e os governos que não sabem fazer -, o Poder Público tirar o direito da família, porque tudo começa na família. Trata-se de prevenção para, a partir da família, repercutir para a escola, para as ONGs. E penso que esse é o nosso caminho, a médio e longo prazo, para combatermos a violência no Brasil.