O SR. MAGNO MALTA (PR - ES. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, público presente, autoridades religiosas, aqueles que nos assistem em casa pela TV Senado, que nos ouvem por meio dos veículos de comunicação desta Casa, este é um momento importante e significativo para a vida da sociedade brasileira.

            É importante. E falo aqui do alto da minha vida de militância em favor de valores da família. Fico muito à vontade, apesar de professar minha fé no segmento evangélico. A Canção Nova, ao longo dos seus 33 anos... Não vou fazer a bobagem de querer relatar a história da Canção Nova, até porque aqui já foi relatado. E nem saberia fazê-lo, como outros fizeram.

            Aliás, em sessão solene, o sujeito que não assistiu ao início da sessão, lê um discurso preparado por um assessor que pediu ajuda para o Dr. Google e repete tudo o que os outros já tinham falado. Não vou fazer nada disso.

            A Canção Nova, a que também assisto, discute e trata com seriedade valores de família. Tem um incisivo trabalho dos mais significativos deste País com a juventude brasileira. Fico vendo os encontros musicais da Canção Nova, porque sou músico. Fico atraído sempre. Os acampamentos, os retiros envolvem milhares de jovens. Quando vejo esses milhares de jovens, repito para mim: “Ali estão milhares de possibilidades a menos de arruaça na sociedade, de gente atropelada, de gente alcoolizada, possibilidades a menos de rave, de uso de drogas na madrugada.” Esses jovens respeitam pai e mãe, estão nas escolas e, amanhã, serão pais e mães de família decentes, honrados, em função de um trabalho feito com a juventude de forma incisiva, verdadeira, plantando saúde para a saúde da sociedade brasileira.

            As lutas que lutei aqui e que venho lutando ao longo da minha vida desde que cheguei ao Congresso Nacional, o enfrentamento ao narcotráfico, ao uso e ao abuso de droga têm grande ressonância na Canção Nova. A parceria é muito grande. Falamos a mesma coisa. Não existe sociedade boa com família ruim. O bem ou o mal nasce na família. A água boa ou a água suja nasce na família. A sociedade está mal porque a família está mal. Arrebentaram valores de família.

            No enfrentamento às drogas, a prevenção é muito melhor que a recuperação, porque, se é para recuperar, o sujeito já está na UTI e você não sabe se morre ou vive. As mazelas de legalização de drogas, a posição do Supremo de liberar a marcha da maconha, esse famigerado PL nº 122...

            Quero dizer à sociedade brasileira que não há acordo com o PL nº 122. Temos, na Canção Nova e naqueles que a representam com mandato, como o Eros Biondini aqui, que as nossas mãos estão dadas, e esse PL nº 122 já foi para o esgoto há muito tempo. Mas a Canção Nova tem sido a grande parceira dos interesses da família, de valores da família, na luta contra o abuso de crianças neste País.

            Há dois ícones importantes. Refiro-me a este Deputado que está em todas as reuniões, o Eros Biondini, e ao Fábio, esse ícone da música que comprou essa briga junto, em nome da Canção Nova e dos seus valores em defesa da criança do Brasil.

            Por isso, este momento é muito importante para mim, é ímpar. Fico muito à vontade, porque a Canção Nova é como que a ressonância que faz reverberar os interesses da família brasileira, por meio do seu canal de televisão.

            E quando vejo muita gente com propostas, e algumas vezes o próprio Governo, tentando cercear o direito dos canais de televisão, de suas programações religiosas, de gente fazendo força para tirar essas programações do ar, a minha indignação cresce. Conclamo aos Srs. Senadores da República e aos Srs. Deputados: ai do Brasil se não existissem as igrejas, sejam elas católicas, evangélicas; os canais religiosos que não propagam aborto, que não propagam legalização de droga, que não propõem nas suas programações casamento homossexual, enfrentamento a valores de família, novelas que degradam os interesses e desrespeitam aquilo que pai e mãe ensinam ao filho para a vida. Eles se juntam porque eles querem ver debaixo do tapete, escondidos e massacrados, esses canais que foram abertos para que ensinos religiosos e fundamentos de família fossem dados à sociedade brasileira.

            Quero dizer uma coisa à Canção Nova hoje: contem com o meu esforço, com as minhas energias. Peço que contem conosco, com o Presidente, com os Senadores que aqui estão, com aqueles que amam a família e que querem seus filhos sadios, longe das drogas e longe das prisões, e muito mais: longe dos cemitérios de forma precoce, por conta de drogas. A programação da Canção Nova, a exemplo de todas elas, vai permanecer e, se depender de nós, melhorará.

            O Governo e o Poder Público aplicam os seus recursos para tentar mostrar à sociedade aquilo que estão fazendo; fazem de forma tão ínfima, tão debochada. E vocês que lidam com a dificuldade do dia a dia sabem onde estão os recursos desses ministérios, desses governos, onde estão os recursos que entram nas grandes redes? E por conta de quê? Os recursos que entram na hora da publicidade, por exemplo, do Rock in Rio. Vamos esperar os resultados do Rock in Rio. Quantos abortos ficarão? Quantas moças grávidas, estupradas? Quantos mortos ficarão? Quantos atropelamentos ficarão?

            Essa proposta que não existe na programação da Canção Nova e daqueles que respeitam valores de família. Para tanto, contem com a minha energia, com a minha disposição de servir e fortalecer sempre valores de família.

            Há 30 anos, eu tiro drogado da rua. Sei exatamente o que a Canção Nova faz na luta em favor do jovem brasileiro, quando lhes oferece todas as oportunidades de ter uma vida sadia, tanto espiritual quanto moral e familiar.

            Parabéns por esses 33 anos! É uma data emblemática, porque o homem de verdade morreu aos 33. (Palmas.)