Discurso durante a 188ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso, no dia 12 do corrente, do Dia da Criança, do aniversário de Descobrimento da América e do dia de Nossa Senhora Aparecida.

Autor
Cyro Miranda (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Cyro Miranda Gifford Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem pelo transcurso, no dia 12 do corrente, do Dia da Criança, do aniversário de Descobrimento da América e do dia de Nossa Senhora Aparecida.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2011 - Página 42463
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, DESCOBERTA, AMERICA, SANTO PADROEIRO, IGREJA CATOLICA, BRASIL, CRIANÇA, DEFESA, INVESTIMENTO, MELHORIA, QUALIDADE, EDUCAÇÃO.

            O SR. CYRO MIRANDA (Bloco/PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, amanhã comemoramos três datas de importante significado para a América, para o Brasil e para a nossa sociedade, embora nem sempre nos lembremos de todas elas:

            12 de outubro é a data do Descobrimento da América;

            12 de outubro é a data em que se encontrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil;

            12 de outubro é o Dia da Criança.

            A saga de Colombo começa em 1492, quando o navegador genovês pôde finalmente realizar o acalentado sonho de explorar os mares, com o aval dos Reis de Aragão e Castela - Fernando II e Isabel I.

            Colombo ganhara total liberdade para lançar as velas em mais um movimento da expansão marítima.

            Mudaria a concepção prevalecente no mundo e faria o homem buscar as terras de além mar e novos caminhos até as Índias. Tratava-se do início de uma nova era.

            Assim é que, no dia em 03 de agosto de 1492, a esquadra de Colombo, constituída pelas caravelas Santa Maria, Pinta e Nina sai do porto espanhol de Palos.

            No dia 12 de outubro, ancora em uma ilha denominada pelos índios de Ilha de Guanahani, porém batizada por Colombo com o nome de San Salvador.

            No dia 12 de outubro, em 1717, conta-se que três pescadores, Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso tentavam a sorte no rio Paraíba.

            Depois de sucessivas tentativas, sem um único peixe nas redes, acabaram por pescar o corpo da imagem de uma santa sem cabeça.

            Jogaram a rede mais adiante do ponto inicial e acabaram por resgatar, também, a cabeça da imagem, que se tratava de Nossa Senhora da Conceição.

            Mais tarde, com os inúmeros milagres contados por fiéis, que começaram pelas próprias redes repletas de peixes depois de os pescadores acharem a imagem, a santa passou a ser chamada Nossa Senhora Aparecida.

            Diante do crescimento de fiéis que acorriam à cidade de Aparecida, em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha.

            Em 8 de setembro de 1904, foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil.

            Em 1946, inicia-se a construção da atual Basílica de Aparecida, um dos símbolos da Fé do povo brasileiro.

            Mas, Sr. Presidente, no dia 12 de outubro, comemora-se, também, o Dia da Criança.

            Como pai e avô, entendemos que é uma data para nós refletirmos sobre o futuro do Brasil.

            Nossos pequeninos são uma semente valiosa, mas demandam extremo cuidado.

            Precisam ser regados com carinho, zelo, atenção e educação de alta qualidade.

            Se não forem bem cuidados, não frutificam.

            Crescem sem desenvolverem o potencial acadêmico, artístico e cultural.

            E, ao zelar de nossos pequeninos, no contexto da sociedade tecnológica, precisamos igualmente preservá-los da violência que lhes rouba a infância das mais diversas formas.

            Senhoras e Senhores Senadores, neste Dia da Criança, temos de refletir sobre o que pretendemos oferecer as gerações do amanhã.

            Com a educação de baixa qualidade das escolas públicas brasileiras, dificilmente conseguiremos desenvolver tecnologia e conhecimento aplicado.

            Os insumos que fazem frutificar a infância, conduzindo a criança ao caminho do bem, passam necessariamente pelo jardim do conhecimento, da cultura e do saber.

            Hoje, não creio que o Brasil esteja no caminho para construir um futuro promissor, porque, ao contrário de experiências, como a da Coréia, por exemplo, continuamos a investir apenas 5% do PIB em educação.

            O Brasil não pode ficar acomodado com os feitos da inclusão escolar, que chega a quase 100%.

            Decerto, a escola que nossas crianças encontram, no dia a dia neste Brasil afora, está bem longe de lhes proporcionar as bases para se desenvolverem de forma plena e cidadã.

            Por isso, Sr. Presidente, neste Dia 12 de outubro, a tarefa maior é pensar no futuro de nossas crianças, pensar no futuro do Brasil.

            Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2011 - Página 42463