O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, no último dia 8 de outubro, o mundo inteiro noticiou, com grande destaque, a morte do empresário norte-americano Steve Jobs, co-fundador e presidente da companhia Apple de computadores.

            Não é comum, Sr. Presidente, que o falecimento de um homem de negócios atraia tanta atenção e desperte tanta comoção. Que Jobs tenha recebido tanta atenção em sua morte é um sinal inequívoco da importância que veio a assumir não só no meio dos negócios e das empresas, mas no seio da cultura contemporânea, de um modo geral.

            Steve Jobs, de fato, mais do que qualquer outro, ficou associado com a grande revolução da informática, que transformou todo um conjunto de nossas relações - com o mundo, com a informação, com a tecnologia, sem falar de nossas relações recíprocas. Foi a empresa que criou com Steve Wozniak, em meados dos anos 70, que conseguiu realizar o feito decisivo de levar às pessoas comuns a tecnologia que revolucionaria o mundo, e que, até então, era acessível apenas a um grupo seleto e restrito de especialistas.

            A partir dos anos 1990, depois de um período afastado da empresa que ajudou a fundar, Jobs, demonstrando sua grande capacidade como empreendedor, lança sucessivos produtos que, valendo-se das possibilidades abertas pela popularização da computação pessoal - que tornou realidade, por exemplo, a rede mundial de computadores -, transformaram-se em verdadeiros ícones de nossa época e, mais uma vez, revolucionaram nossa maneira de lidar com a tecnologia. Os reflexos dessa revolução são múltiplos, manifestando-se não apenas em hábitos e gostos de consumo, mas também na indústria cultural, na forma como nos relacionamos com produtos culturais - desde livros a filmes e música - e na forma como nos comunicamos.

            Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, o exemplo de Steve Jobs nos faz ver a importância que pode assumir o grande empreendedor. O grande empresário - assim como os grandes criadores, os grandes artistas, os exploradores, os desbravadores, os descobridores - tem um potencial transformador que não pode, de forma alguma, ser negligenciado. Sua atuação pode fazer uma diferença capital, transformando radicalmente a experiência que as pessoas têm do mundo. Assim foi com homens como Henry Ford, Thomas Edison e Steve Jobs.

            Homens como esses, Sr. Presidente, que abriram à experiência humana novos horizontes, são imprescindíveis e merecem nosso reconhecimento e admiração. Fica aqui minha homenagem à memória de Steve Jobs como registro desse meu reconhecimento e admiração.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.