Discurso durante a 191ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da visita da Ministra Eliana Calmon, Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ao Estado do Amapá.

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO AMAPA (AP), JUDICIARIO.:
  • Registro da visita da Ministra Eliana Calmon, Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ao Estado do Amapá.
Publicação
Publicação no DSF de 21/10/2011 - Página 43298
Assunto
Outros > ESTADO DO AMAPA (AP), JUDICIARIO.
Indexação
  • REGISTRO, VISITA, ELIANA CALMON ALVES, MINISTRO, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), LOCALIDADE, ESTADO DO AMAPA (AP), OBJETIVO, PRESIDENCIA, AUDIENCIA PUBLICA, REFERENCIA, AVALIAÇÃO, SERVIÇO, JUDICIARIO, REGIÃO.

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, peço o registro nos anais desta casa, de um acontecimento que muito nos orgulha e muito nos estimula.

            Trata-se de uma visita das mais especiais que o Amapá recebeu esta semana, na pessoa da Ministra Eliana Calmon, autora da célebre frase "no Brasil existem bandidos atrás da toga".

            Mulher de coragem, mulher de opiniões firmes e contundentes, a ministra Eliana Calmon é hoje, indiscutivelmente, a personagem mais polêmica do Poder Judiciário brasileiro.

            Pois muito bem, a Ministra, que é a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, visitou nosso Estado para participar de uma audiência pública histórica no plenário do Tribunal de Justiça do Amapá, em sessão naturalmente por ela presidida.

            Na portaria datada do dia 7 de outubro, em que Eliana Calmon resolveu realizar essa audiência pública, a ministra diz "que somente a verificação in loco permitirá uma avaliação consistente sobre o funcionamento dos serviços judiciários da Justiça Comum do Amapá, a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias para aumentar a eficiência do serviço judiciário".

            E assim ela o fez, honrando-nos com sua presença e brindando-nos com sua sapiência, sua experiência, seu tirocínio.

            Poucos são aqueles que têm coragem de cortar na própria carne. A Ministra teve essa coragem, enfrentando a corrupção com uma altivez impressionante, enquanto parte da magistratura preferiu se omitir, num claro e indesejável comportamento corporativista, como se o Judiciário brasileiro estivesse acima do bem e do mal.

            Ela mostrou que não está.

            E não ofendeu a magistratura. Pelo contrário. Em suas recentes declarações, a Ministra tem sustentado de forma clara e límpida que "a quase totalidade dos 16 mil juizes do pais é honesta, os bandidos são minoria.

            Mas essa pequenina minoria faz estragos, Senhores, e precisa ser contida.

            E a população, que diariamente recorre aos tribunais, precisa dessa atitude de coragem que a ministra teve, sobretudo para preservar a imagem do Judiciário.

            São palavras dela: "Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas".

            Todos nós reconhecemos no Conselho Nacional de Justiça o verdadeiro parceiro dos tribunais, com sua linha pedagógica e punitiva naquilo que lhe cabe orientar.

            De tal sorte, que ao fazer hoje este breve registro, eu quero selar aqui nossa honra e nossa alegria pela visita da ministra Eliana Calmon à nossa terra, rogando a Deus que a mantenha com muita saúde, muita disposição e determinação em fazer do judiciário brasileiro um exemplo de virtudes e dignidade.

            Era a nossa palavra.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/10/2011 - Página 43298