O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - Rr. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, com a chancela do Congresso Nacional, está previsto para esta quinta-feira o levantamento de âncora da fragata União, navio da Marinha do Brasil, em direção a Beirute, com o propósito de integrar a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil). Sem dúvida, trata-se de um compromisso internacional de enorme envergadura, do qual os brasileiros só têm motivos para orgulho.

            De acordo com o cronograma divulgado, o navio desatracará da base naval do Rio de Janeiro por volta do meio-dia, e bem provavelmente chegará a seu destino final em 14 de novembro, com escalas em Recife, Las Palmas e Nápoles. Seu retorno ao Brasil está estimado para meados de 2012.

            Nesse intervalo de tempo, a fragata União desempenhará papel essencial como principal embarcação no grupo multinacional, composto por navios alemães, gregos, turcos, indonésios e bengaleses. No entanto, a todos caberá cumprir as tarefas que envolvem prestar assistência ao Governo do Líbano no exercício da autoridade estatal no território sob sua jurisdição.

            Ao lado disso, outras atribuições estão previstas, tais como a garantia da paz e da segurança no Sul do Líbano, o apoio às Forças Armadas daquele país, o auxílio no reforço da segurança das fronteiras e o combate ao ingresso ilegal de armas e materiais correlatos. 

            Sr. Presidente, não seria irrelevante recordar, uma vez mais, que a Unifil foi criada em 1978 dotada do objetivo de manter a estabilidade na região, durante a retirada das tropas israelenses do território libanês. Sob o comando de um general espanhol, possui atualmente um contingente de aproximadamente 14 mil pessoas, entre militares e civis de mais de 30 diferentes países.

            O componente especificamente naval da Unifil foi somente estabelecido em 2006 e serve para sustentar programas relativos à Missão de Manutenção de Paz da ONU. Para nossa satisfação, a Força-Tarefa Naval é comandada, hoje, pelo Contra-Almirante Luiz Henrique Caroli, oficial da Marinha do Brasil, acompanhado por um staff integrado por quatro oficiais e quatro praças brasileiros.

            Enfim, mergulhado nesse espírito, nosso País cumpre, quando menos, mais uma etapa imprescindível ao projeto de integração permanente no Conselho de Segurança da ONU. Em resumo, estamos todos de parabéns por mais um empreendimento brasileiro de inquestionável contribuição ao processo acelerado da Nação rumo ao disputadíssimo panteão das superpotências. 

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado.