Discurso durante a 193ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentários acerca da inauguração da ponte que interliga os Municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins; e outros assuntos.

Autor
João Ribeiro (PR - Partido Liberal/TO)
Nome completo: João Batista de Jesus Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA DE TRANSPORTES. HOMENAGEM.:
  • Comentários acerca da inauguração da ponte que interliga os Municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2011 - Página 43551
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA DE TRANSPORTES. HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, INAUGURAÇÃO, PONTE, LIGAÇÃO, MUNICIPIO, LAJEADO (TO), MIRACEMA (RJ), ESTADO DO TOCANTINS (TO), IMPORTANCIA, OBRA PUBLICA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, SANTA FE DO ARAGUAIA (TO), ESTADO DO TOCANTINS (TO).
  • APOIO, CONSTRUÇÃO, FERROVIA NORTE-SUL, HIDROVIA, RIO TOCANTINS, RIO ARAGUAIA, OBJETIVO, MELHORIA, TRANSPORTE, PRODUÇÃO AGROPECUARIA, ESTADO DO TOCANTINS (TO).

            O SR. JOÃO RIBEIRO (Bloco/PR - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, abordei aqui, na quinta-feira, a inauguração da ponte sobre o rio Tocantins, que interliga os Municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins, que foi a primeira capital provisória do Estado do Tocantins.

            Na verdade, na sexta-feira, ocorreria a inauguração da ponte Imigrantes Nordestinos Padre Cícero. Realmente, um nome muito sugestivo, que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do nosso Estado, que é de autoria do ilustre Deputado Stalin Bucar, do meu Partido, o PR, e que teve a aprovação unânime da Assembleia Legislativa, a concordância e a sanção do Governador do Estado, Siqueira Campos.

            Então, realmente, lá estivemos com o Ministro Fernando Bezerra, na sexta-feira, quando participamos, por volta das 15h30, da inauguração dessa obra tão importante, que se iniciou no Município de Lajeado. Depois, fomos a pé até o outro lado da ponte, no Município de Miracema, uma extensão de 1,7 mil metros, com o aterramento. Enfim, a ponte, realmente, tem essa extensão, incluindo-se o vão do rio e também a parte de aterramento.

            Quero deixar registrada aqui, Sr. Presidente, Senador Ciro Nogueira - V. Exª que conhece tão bem o nosso Estado e que também é um parceiro do Tocantins -, a alegria da população, das pessoas que ali estavam. Uma multidão de mais de 10 mil pessoas dos Municípios vizinhos da capital, Palmas, e da região central e norte do Tocantins.

            Ali estavam o Prefeito de Miracema, Júnior Evangelista; o Vice-Prefeito, Alberani; ex-prefeitos; o Rainel e os vereadores daquela cidade; assim como o Prefeito Abrahão Costa, de Miranorte; os vereadores, o vice-prefeito e a população daquela cidade; a Prefeita Márcia, de Lajeado, com seus vereadores e vice-prefeito; nós, da classe política, Parlamentares, tanto eu quanto o Senador Vicentinho e vários Deputados Federais; e o Ministro Fernando Bezerra, representando a Presidenta Dilma Rousseff, que, já que ela chegava da África naquele dia, não pôde estar presente na inauguração daquela obra tão importante, que foi construída com recursos federais na sua grande parte, por meio de emendas de bancada.

            E o que quero deixar registrado não é apenas a importância do evento, mas também o que essa ponte representa, uma ponte de integração entre a região central do Brasil, a Região Amazônica, e a Região Norte do Brasil. E também a beleza daquela obra, que se parece com esta terceira ponte de Brasília, a ponte espraiada. Realmente, uma obra belíssima, uma obra de arte muito bonita, que deixou todos nós muito orgulhosos, até porque a nossa bancada teve uma participação decisiva nessa obra, já que os recursos foram provenientes de emendas de bancada ainda no Governo do Presidente Lula, uma grande parte, complementados pela Presidenta Dilma Rousseff.

            A ponte foi lançada no mandato tampão do Governador Carlos Henrique Amorim, o Carlos Henrique Gaguinho, e nós estivemos lá para o lançamento dessa obra tão importante, mas foi paga e concluída na sua grande parte pelo Governador Siqueira Campos, que, como eu disse, já governa o Tocantins pela quarta vez.

            Mas o que me chamou a atenção foi o fato de o Governador mandar colocar na placa de inauguração o nome de todos os Parlamentares que contribuíram para a construção daquela ponte, ou seja, todos os Deputados Federais, Senadores, que estavam no mandato passado e que não puderam estar ali, naquele momento. Alguns porque não tinham mais o mandato; outros, por motivos particulares.

            Mas é importante fazer o registro da bancada tocantinense. Tenho dito sempre, já que sou o coordenador desta bancada aqui, no Congresso Nacional, que temos uma das melhores bancadas de todos os Estados brasileiros, pois é uma bancada firme, corajosa, que atua conjuntamente com o interesse do Estado do Tocantins, visando àquilo que é direito do nosso Estado.

            Então, o registro é este: estavam ali presentes a bancada estadual, os Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa, os Prefeitos e Vereadores de toda a região - a bancada federal, como eu já disse. O Ministro Fernando Bezerra fez lá, a exemplo do Governador Siqueira Campos, um belíssimo discurso. Quero deixar registrado - fui com ele para Palmas, juntamente com os Deputados Federais Laurez e Lázaro Botelho - o homem público que é o Ministro, já que tem vários mandatos de Deputado Federal, foi Secretário de Estado, enfim, foi praticamente tudo na vida pública.

            O Ministro é um homem que realmente dedica sua vida à causa pública, como nós também nos dedicamos, o Governador Siqueira Campos, nossa bancada federal e todos nós, em benefício da população do querido Estado do Tocantins.

            Neste fim de semana, fiquei na sexta-feira em Palmas, atendendo a lideranças e despachando na nossa capital. Mas, no sábado, fui ao Município de Santa Fé do Araguaia - o segundo registro que desejo fazer -, para participar da comemoração do 18ª aniversário da cidade, aniversário de sua emancipação política. A minha alegria foi muito grande também. Estive participando com o Prefeito Valtenis Lino; com a Primeira-Dama, Vicência, que é Subsecretária de Estado; com o Vice-Prefeito, Joãozinho do Abraão; vereadores e lideranças daquela cidade e da região. Lá esteve o Governador Siqueira Campos, no sábado à noite. Fomos participar de uma solenidade de casamento comunitário. Casaram-se, naquela noite, 85 casais. Havia até um casal muito interessante, pois o homem tinha mais de 85 anos, e a mulher, não sei se tinha a mesma idade. Foi muito interessante. Já participei de outros casamentos comunitários, inclusive na nossa capital, mas, como padrinho, participei lá, no Município de Santa Fé, numa festa belíssima. O ginásio de esportes estava lotado. Por sinal, um ginásio que revi depois de muitos anos, porque foi recurso que levei como emenda minha, individual.

            No domingo, Sr. Presidente, participei de uma cavalgada no Município de Santa Fé, onde estavam lideranças da região toda, da população, mas sobretudo cavaleiros e amazonas.

            A cavalgada já se tornou uma festa extremamente importante. Faz parte do nosso folclore no Estado do Tocantins. Em quase todos os Municípios, sobretudo nos que têm uma pecuária forte, como é o caso do Município de Santa Fé, a cavalgada marca firmemente a presença da população rural na cidade. E, nessas festividades, quando existe alguma comemoração importante, ou no período da exposição agropecuária, da festa do peão ou de vaquejada, sempre acontece a nossa tradicional cavalgada, Senador Mozarildo. Não sei se no seu Estado também tem, mas, no Tocantins, essa é a maior festa popular que temos hoje.

            Para se ter uma ideia, Santa Fé é um Município pequeno. Emancipou-se quando eu era Prefeito. Eram distritos: Santa Fé do Araguaia, Muricilândia, Aragominas, Carmolândia e Araguanã. Esses cinco distritos se emanciparam há 18 anos. Então, é um Município relativamente novo, um Município pequeno. Havia mais de 500 cavaleiros e amazonas montados em animais, em cavalos ou burros, ou até em bois. Achei muito interessante.

            Eu não montei porque não sou um bom cavaleiro, Senador Ciro! De vez em quando, quando não tem jeito, eu participo, mas dessa vez fiquei num mini trio elétrico com o prefeito e com outras lideranças. E o que me impressionou foi a quantidade de pessoas na cidade, a alegria da população por estar naquele momento participando daquela festa, uma festa, realmente, de confraternização, de comemoração do aniversário de uma cidade que cresce de forma assustadora e que tem um grande rebanho bovino.

            Portanto, deixo aqui este registro.

            Meus cumprimentos, mais uma vez, ao Prefeito Valtenis Lino, que é um líder extremamente importante. A ele e à sua esposa, Vicência, que faz um excelente trabalho como Subsecretária de Ação Social do Estado do Tocantins. Deixo meus cumprimentos também às lideranças que lá estavam, à população, aos vereadores, registrando a alegria de poder, naquele momento, participar da Virada, do show na praça pública, com a presença de mais de 10 mil pessoas. O Município não tem essa população, mas os Municípios vizinhos foram para participar dessa grande confraternização, da comemoração desse grande evento.

             Sr. Presidente, como ainda me restam cerca de sete minutos mais ou menos, vou aproveitar para falar de outro assunto, que considero muito importante para todos nós, tocantinenses. Já falei centenas de vezes desta tribuna e vou continuar falando sempre que houver oportunidade sobre a nossa ferrovia Norte-Sul, que integra a região Norte do Brasil com as regiões Sul e Sudeste, já que ela vai a São Paulo e, depois, ao Paraná.

            Apesar de todos os problemas, foi uma luta constante, permanente da nossa bancada federal. Cheguei a colocar várias vezes emendas, até individual, sobre essa ferrovia, para demonstrar o meu interesse, o meu desejo, porque, às vezes, colocamos para marcar posição.

            Lembro-me da questão das eclusas. Temos que resolver o problema das eclusas no Brasil.

            Quando se vai construir uma usina hidrelétrica e se já se coloca no projeto a construção da eclusa, a sua obra fica 30%, 40%, às vezes até 50% mais barata. E, se se fizer a eclusa depois da hidrelétrica pronta, é muito difícil.

            Sei que isso é algo extremamente complicado, porque, na verdade, a eclusa é feita com recursos públicos. Tem que ser o Governo Federal a construir. E quem faz as hidrelétricas, normalmente, é a iniciativa privada, são as concessionárias.

            De qualquer forma, temos projetos tramitando aqui, no Congresso Nacional, e precisamos resolver essa situação. Temos a eclusa do Lajeado.

            Conversei com o Presidente Lula - aí que entra a questão da eclusa - sobre a ferrovia muitas vezes. E um dia o Presidente me disse: “Senador, o senhor quer, na verdade, a hidrovia do Tocantins-Araguaia ou o senhor quer a Ferrovia?” Eu disse: “Presidente, eu quero os dois”. “Os dois eu não tenho jeito de fazer. O País não tem dinheiro para fazer os dois”. Respondi: “Então, quero a ferrovia, primeiro”.

            É aí que se encaixa o meu pronunciamento neste momento. Já que a ferrovia está praticamente pronta, daqui a pouco nós vamos começar a cobrar as eclusas do Lajeado, do Estreito. Já que o derrocamento do rio Tocantins... Para aqueles que não conhecem esse termo, eles vão ter que dinamitar as pedras que existem no meio do rio, abrir o canal para haver a navegação de Tucuruí para o Tocantins. Não viabilizaríamos - e não adiantaria construir - a eclusa do Lajeado se não fizer a do Estreito, se não fizer a de Marabá e se não fizer esse derrocamento, que, na verdade, seria para abrir o canal e poder haver uma navegação de pelo menos de 800 a 1.000 quilômetros para compensar e para dali fazer a exportação através do porto de Belém.

            Portanto, quando falo da ferrovia Norte-Sul, refiro-me exatamente à importância dessa obra depois de pronta. Ela funcionará, Senador Ciro, como uma âncora para puxar, de forma bastante positiva, a produção do nosso Estado, já que o Tocantins é um Estado agropastoril, que, na verdade, funcionará m

            Eu tenho sempre dito aos produtores de lá, aos proprietários de terras, que nós só vamos ser competitivos lá fora, nos grandes mercados consumidores, a partir do momento em que nós tivermos a competição através de um frete mais barato, do transporte dos produtos produzidos ali, ou seja, o milho, o arroz, o feijão, a soja, a carne de boi, o peixe. Porque o Tocantins, para quem não sabe, é o primeiro Estado brasileiro, hoje, que tem Embrapa Pesca. O centro de pesquisa do Tocantins, da Embrapa, é sobre pescado. Então, nós vamos produzir muito peixe, já que o clima é favorável, há muita água, e as águas são propícias para isso. Portanto precisa produzir.

            Nós vamos ter a plataforma multimodal. Já temos a do Estreito, a de Araguaína, que é minha cidade, onde fiz carreira política - fui Vereador, fui Deputado Estadual, Prefeito, Federal duas vezes, duas vezes Senador, enfim -; a de Colinas, da minha querida cidade de Colinas, a plataforma de Colinas; a plataforma de Guaraí, a plataforma de Porto Nacional, que está ali próximo de Palmas, a nossa capital; e a plataforma de Gurupi.

            Portanto, em todas essas plataformas, em todas essas cidades terá que haver um anel viário para fazer a integração dos modais de transporte. Por isso a minha alegria por se ter a infraestrutura do meu querido Estado do Tocantins funcionando, e as coisas avançando, pontes sendo construídas.

            Virei depois para falar, numa próxima oportunidade, talvez amanhã ou depois, sobre outras pontes que pretendemos fazer. Foi inclusive acertada alguma coisa com o Ministro Fernando Bezerra e com o Governo Federal sobre o projeto rio Formoso, que é outro assunto sobre o qual virei para discutir, que já está no PAC, que nós colocamos há dois anos. Virei para discutir isso aqui.

            Mas, em linhas gerais, era isso, Sr. Presidente.

            Muito obrigado pela oportunidade.

            Agradeço a V. Exª pela paciência.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2011 - Página 43551