Pela Liderança durante a 193ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Apoio às ações do Governo Federal diante a crise econômica mundial; e outro assunto. (como Líder)

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ECONOMIA INTERNACIONAL. HOMENAGEM.:
  • Apoio às ações do Governo Federal diante a crise econômica mundial; e outro assunto. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2011 - Página 43557
Assunto
Outros > ECONOMIA INTERNACIONAL. HOMENAGEM.
Indexação
  • ANALISE, AGRAVAÇÃO, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, RELAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO, EXPECTATIVA, ALTERAÇÃO, HEGEMONIA, NATUREZA ECONOMICA, MUNDO, APREENSÃO, SITUAÇÃO, BALANÇA COMERCIAL, BRASIL, DEPENDENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, ESTADO DE RONDONIA (RO), ELOGIO, ATUAÇÃO, ATIVIDADE PROFISSIONAL.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Crivella, do Estado do Rio de Janeiro, Srªs e Srs. Senadores, neste segundo semestre, sinais inquietantes sobre a saúde da economia mundial sugeriram que a atual crise não constitui mero repique da crise de 2008. Especialistas emitem juízos pessimistas sobre o futuro do Globo, sugerindo que o debate atual manifesta-se de forma menos abrupta, porém mais permanente.

            Nos últimos meses, a crise tem-se manifestado nas economias mais antigas do continente europeu. A incapacidade de os países do euro vislumbrarem saídas efetivas fez com que o período crítico se alongasse no tempo e estendesse o raio de ação, abrangendo outras áreas da região.

            A crise não é apenas econômica, mas comporta dimensões políticas claras. As ferramentas existentes para remediar a situação falharam sistematicamente, desnorteando os economistas. Concebidas na Era de Ouro da economia capitalista, no período do pós-guerra, quando o Estado-Nação ainda era a referência básica de articulação econômica, estão defasadas no momento atual, que se caracteriza por uma economia mundial única, cada vez mais integrada e universal, operando, em grande medida, por sobre as fronteiras de Estado, ou seja, “transnacionalmente”.

            A globalização alcançou novo estágio, trazendo consigo a alteração dos centros dinâmicos da economia do mundo. O desenvolvimento crescente das economias emergentes revelou o fenômeno chinês, que ameaça a hegemonia norte-americana. De forma que, nesse contexto de falência das tradicionais nações europeias e da alongada depressão japonesa, os sinais emitidos pelas economias chinesa e americana constituem os vetores principais de análise da situação mundial.

            E o que temos visto nos últimos meses, Srª e Srs. Senadores?

            Sinais perturbadores de desaquecimento da economia chinesa. A desaceleração do crescimento econômico passou de 9,7%, no primeiro trimestre, em relação a igual período de 2010, para 9,5% no segundo e 9,1% no terceiro.

            O economista Antônio Machado, em coluna publicada no Correio Braziliense de 19 de outubro de 2011, chama atenção para os dados da queda do superávit comercial da China, que passou de US$31,5 bilhões em julho para US$17,8 bilhões em agosto e US$14,5 bilhões em setembro, com reflexos na desinflação nas cotações das commodities, de minério de ferro, em especial.

            As exportações brasileiras dependem cada vez mais da demanda chinesa. De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em 2010, 28,1% das exportações brasileiras tinham por destino a China. De janeiro a setembro deste ano, a proporção aumentou para 30%, alcançando a marca histórica de mais de US$57 bilhões. Ainda de acordo com Machado, que destaca nossa relação de dependência, metade do saldo da balança comercial do Brasil corresponde, nos últimos 12 meses, ao aumento de preço do minério exportado para aquele país.

            Nuvens carregadas aparecem no horizonte. Ora, neste contexto, esperamos das nossas autoridades monetárias ações calibradas que nos permitam manter as expectativas mais otimistas dos brasileiros com relação ao futuro do País, reveladas em várias pesquisas de opinião recentes.

            Cabe ressaltar, Sr. Presidente, em conclusão, que as medidas anticíclicas tomadas até então pelo atual Governo, sobretudo pelo Banco Central e Ministério do Planejamento, a despeito das críticas generalizadas, na sua maior parte originadas no mercado, mostraram-se extremamente adequadas para o momento que estamos vivendo.

            Contam, portanto, com nosso voto de aplauso para as autoridades monetárias do nosso País, que, no meu entender, estão fazendo a coisa certa.

            Sr. Presidente, encerro aqui essa parte do meu pronunciamento, mas gostaria aqui de fazer agora uma homenagem a um grande jornalista do meu Estado de Rondônia.

            É com profundo pesar que registro da tribuna o falecimento do jornalista Nelson Townes de Castro, ocorrido na manhã de domingo, dia 23, no Hospital Prontocor, em Porto Velho, em virtude de problemas de saúde.

            Nelson trabalhou nos principais veículos de comunicação do Estado de Rondônia e foi correspondente de jornais do Sul e Sudeste do País, tendo se destacado pela forma correta e ética nas suas apurações jornalísticas.

            Consagrado por todos no Estado, por seu trabalho crítico em suas matérias jornalísticas, Nelson foi um dos pioneiros na área de comunicação, em Rondônia e pertencia a tradicional família “Townes de Castro”. O sepultamento do jornalista ocorreu na manhã de hoje, em Porto Velho.

            Em meu nome e da Deputada Federal Marinha Raupp, transmito à família e amigos enlutados os nossos sentimentos de dor e tristeza e rogamos ao Criador para que o tenha em um bom lugar.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2011 - Página 43557