Discurso durante a 194ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio às reivindicações dos funcionários do Banco do Nordeste; e outros assuntos.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CONGRESSO NACIONAL.:
  • Apoio às reivindicações dos funcionários do Banco do Nordeste; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2011 - Página 43928
Assunto
Outros > CONGRESSO NACIONAL.
Indexação
  • ANUNCIO, OCORRENCIA, MUNICIPIO, ARACAJU (SE), ESTADO DE SERGIPE (SE), CONGRESSO NACIONAL, RADIALISTA, DEBATE, DEMOCRACIA, COMUNICAÇÕES, TECNOLOGIA, REGISTRO, ORADOR, HISTORIA, PROFISSÃO.

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Sr. Senador Paulo Paim, o assunto que me traz à tribuna desta Casa é a greve ainda mantida, em alguns Estados, pelos servidores do Banco do Nordeste (BNB). Mesmo após as outras instituições financeiras terem retornado a suas atividades, os funcionários do Banco do Nordeste, em vários Estados, ainda mantêm a greve.

            É preciso ter um olhar especial com as reivindicações dos funcionários. A nova proposta, apresentada após reunião da direção do banco com o Ministério da Fazenda para discutir a greve e as soluções para findá-la, foi, mais uma vez, não correspondida, no todo, pela categoria.

            Essa nova proposta, Srª Presidente, continua inferior à do Banco do Brasil e muito aquém do que era esperado pelos funcionários do Banco do Nordeste. Ela não atende às expectativas da categoria e não corrige as pendências históricas.

            Nela, foram mantidas as distorções nos três primeiros níveis da carreira. A curva do Plano de Cargos e Remuneração, bem como o seu melhoramento, não foram, sequer, mencionados. A proposta não contempla a isonomia e, desta maneira, continua tratando seus funcionários de maneira diferenciada. A proposta apresentada também não garante a proteção dos grevistas, e a greve, todos nós sabemos, é um direito legítimo dos trabalhadores.

            Daqui, solidarizo-me com os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), por saber que suas reivindicações são justas e, por isso mesmo, precisam ser acatadas. E rogamos para que uma solução seja encontrada o quanto antes em todos os Estados do Nordeste. Em alguns Estados, tenho notícias recentes de que já findou a greve, mas em outros ainda persiste.

            O segundo tema, Sr. Presidente, pelo qual venho a esta tribuna, é para aproveitar a oportunidade para falar do 9o Congresso Nacional dos Radialistas, categoria de suma importância para nós, brasileiros, pela sua relevância na informação, no dia a dia, e que será aberto amanhã, dia 26, seguindo até o dia 29 de outubro, em Aracaju, a nossa capital.

            Este importante evento será promovido pela Federação dos Radialistas e pelo Sindicato dos Radialistas de Sergipe, que tem, na figura do seu Presidente, o amigo Fernando Cabral, um grande batalhador e defensor incansável desta categoria profissional, sobretudo no nosso Estado.

            Na pauta do congresso, serão discutidos temas de extrema relevância, tais como: o impacto das novas tecnologias nas empresas de radiodifusão, a democratização da comunicação e a posição dos radialistas frente ao novo mercado regulatório, temas que serão foco de debates durante o evento, que conta com importantes palestrantes nacionais e internacionais.

            A primeira transmissão de rádio no País aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, durante a exposição comemorativa do Dia da Independência. O discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, além de ser ouvido no recinto da exposição, chegou também em Niterói, Petrópolis e São Paulo, graças à instalação de uma retrotransmissora no Corcovado e de aparelhos de recepção naqueles locais.

            Contudo, a primeira emissora de rádio foi fundada no País em abril de 1923. Em Sergipe, a criação oficial do rádio aconteceu no dia 7 de fevereiro de 1939, por meio do Interventor Federal Eronildes de Carvalho, através do Decreto-Lei n° 171, publicado no Diário Oficial em 8 de fevereiro do mesmo ano. O Decreto criava o Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda, o Deip. Como garantia do funcionamento do Deip, foi criada também a rádio Aperipê de Sergipe ZYD2. A rádio tinha por função divulgar as notícias oficiais e fomentar a produção de programas culturais.

            Hoje são milhares de rádios espalhadas por todo o País, e várias dezenas delas, sejam AMs, FMs ou comunitárias, em Sergipe.

            No meu Estado, Srª Presidente, entre as inúmeras ferramentas de que a comunicação dispõe, o rádio tem, por intermédio do radialista, exercido um papel preponderante para o seu desenvolvimento.

            É muito comum, Srª Presidente, as famílias saírem de suas casas para irem ao trabalho ou à escola ouvindo o rádio ainda hoje, no nosso Estado.

            É através dos vários programas de cunho jornalístico, seja nas manhãs, seja nas tardes, que, com a maciça participação da população, os debates são fomentados e, a partir daí, possibilita-se a construção de projetos e de políticas públicas que melhorem a vida da comunidade, além de estreitar a relação e diminuir a distância entre o povo e o gestor.

            Destaco aqui o trabalho de grandes jornalistas, como o amigo Chiquinho Ferreira, que ali está, com sua vida dedicada ao rádio e jornalismo, além do trabalho, no meu Estado, de outros jornalistas, de outros radialistas, que se esmeram, que se dedicam, que investem o seu tempo em prol do rádio, como o grande amigo e radialista de todas as manhãs, o radialista Flávio Foster, um grande amigo.

            Com milhares de bons radialistas espalhados pelo Brasil - e em Sergipe não é diferente -, o rádio continua sendo uma riquíssima ferramenta de comunicação, oferecendo boas opções para aqueles que merecem todo o nosso respeito: os ouvintes. O radialista é um sonhador, um apaixonado que faz parte do cotidiano de todos nós - que o diga o meu grande amigo Flávio Foster, todas as manhãs na FM Ilha, em Aracaju.

            Por tudo isso, eu gostaria de saudar todos os participantes do 9º Congresso Nacional dos Radialistas. Um forte abraço a todos os radialistas, a todos que irão participar e a todos que fazem radiodifusão não só no meu Estado de Sergipe, mas que prestam, com certeza, um grande serviço à Nação.

            Srª Presidente, quero também aqui parabenizar o médico e amigo Dr. José Luiz Gomes do Amaral, que, no dia 15 passado, assumiu a Presidência da maior entidade médica do Planeta, a Associação Médica Mundial.

            É a terceira vez, na história da medicina mundial e brasileira, que um médico brasileiro assume a Presidência daquela associação. É um fato histórico, já que o último fato como esse aconteceu em meados da década de 70, em pleno regime militar, quando o dermatologista Pedro Kassab, pai do atual Prefeito de São Paulo, assumia também a presidência da Associação Médica Mundial.

            É um fato histórico e, para nós, médicos, eu diria que é uma grande conquista, motivo de grande comemoração. Eu estava lá no Uruguai, Montevidéu, participando desse momento histórico na medicina mundial e, sobretudo, na medicina brasileira.

            Parabenizo também o grande amigo Dr. Petrônio Gomes, pela sua recondução diante da Sociedade Médica Sergipana, no último dia 18, bem como do Dr. João Augusto, que reassumiu recentemente o sindicato dos médicos do meu Estado.

            Senhora Presidente, era só o que tínhamos a relatar.

            Mais uma vez, parabenizo todos os radialistas nesse 9º Encontro que irá se iniciar amanhã em nossa capital, Aracaju.

            É só, Srª Presidente. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2011 - Página 43928